O Fruto Mais Precioso do Paciente Lavrador


“Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra” (Tg 5.7).

Na verdade, espiritualmente falando, somos todos lavradores. A Bíblia usa freqüentemente exemplos tirados da agricultura. Todos nós trabalhamos no campo que nos foi designado, o local onde Deus nos colocou. Nós “semeamos” e “colhemos”, “plantamos” e “regamos”, “arrancamos as ervas daninhas” e “cuidamos das plantas”, seja no casamento, na família, na educação dos filhos ou no trato com nossos semelhantes. E vivemos na esperança de uma boa colheita no fim da nossa vida.

Tiago usou a figura da agricultura em sua carta: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas. Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5.7-11).

Essa parábola apresentada por Tiago transmite três verdades profundas para a Igreja:1. A iminência da volta de Jesus.
2. A postura interior dirigida para a Sua volta.
3. O efeito prático em vista da Sua volta.

1. A iminência da volta de Jesus
Com certeza é significativo que esse texto relativamente curto fale três vezes a respeito da iminente volta do Senhor:

Tiago 5.7: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor”.

Tiago 5.8: “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima”.

Tiago 5.9: “Eis que o juiz está às portas”.

O apóstolo e meio-irmão de Jesus insta seus leitores a esperarem pela volta do Senhor, e não por alguns sinais que a precederiam. O próximo grande sinal que a Igreja deve esperar é a volta do Senhor para buscar a Sua Igreja. Precisamos compreender com clareza que o Arrebatamento pode acontecer a qualquer momento, de forma repentina e totalmente surpreendente. Se há 2.000 anos o Espírito Santo já inspirou Tiago a contar com a volta do Senhor ainda durante sua própria vida, esse fato sublinha a iminência do Arrebatamento como o evento que devemos esperar para qualquer momento. Analisemos em seqüência os trechos dos versículos 7, 8 e 9, que se referem à volta iminente:

“Sede pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (v.7, Almeida Corrigida Fiel – ACF).

Qual é a atitude de expectativa correta?
Esperar por um evento anunciado significa que fixo meus pensamentos nesse evento, que espero por esse e apenas por esse evento. Fica claro que a Igreja não está esperando pelos sinais da volta de Jesus em glória, nem pela Tribulação, nem pelo Anticristo ou pela ira do Senhor que se derramará nos juízos – mas pelo Senhor arrebatando Sua Igreja.

Meu sobrinho estudou gastronomia. Quando ele tinha terminado a prova final, foi-lhe dito que esperasse para breve os resultados dessa prova. As notas seriam enviadas pelo correio. Cada vez que eu o encontrava, conversávamos sobre os resultados que estavam sendo aguardados. Tanto ele quanto os que lhe eram próximos ficaram esperando com grande expectativa pelo boletim. A mãe dele contou-me que todos os dias ele ia logo cedo até a caixa do correio, na esperança de encontrar a carta prometida. Não passou pela cabeça de ninguém esperar pelo envio de um aviso anterior a ela. É claro que era possível que alguma outra correspondência viesse antes pelo correio, mas isso não era necessário. Também teria sido possível que o boletim demorasse alguns dias a mais, mas não era preciso que fosse assim. Ele não esperava nada além do resultado da prova! Da mesma forma, gerações antes de nós já aguardavam pelo Senhor, e não por alguns sinais em seu próprio tempo de vida, e Jesus realmente poderia ter voltado.

“...porque já a vinda do Senhor está próxima” (v.8, ACF).
O que significa “está próxima”?
A expressão “está próxima” dá a entender que um acontecimento está por se realizar. Se o Arrebatamento não poderia ter ocorrido já na época de Tiago, se ainda fosse necessário que se cumprissem outros sinais, o Espírito Santo não teria inspirado as palavras de Tiago dessa forma. A escolha das palavras mostra que o Espírito Santo está se referindo ao Arrebatamento. É verdade que a volta visível de Jesus em glória será precedida por determinados sinais, mas Tiago não fala sobre eles. Ele se dirige a “irmãos” (v.7), isto é, à Igreja, e fala da volta do Senhor para a Igreja, a saber, do Arrebatamento.

“Eis que o juiz está à porta” (v.9, ACF).
O que significa dizer que Jesus está à porta como Juiz?
Quando um visitante anunciado já está diante da nossa porta, não há mais nada que possa anteceder essa visita. O que esperar além de que ele entre a qualquer momento? Quem ou o quê ainda teria espaço entre ele e a porta? Depois do Pentecostes e da edificação da Igreja, o Arrebatamento (e o tribunal do galardão logo depois dele) será o próximo evento no Plano de Salvação. Por isso, com a volta de Jesus também o Juiz está diante da porta.

Em 2 Coríntios 5 encontramos um paralelo claro e uma explicação para isso. Primeiro, Paulo fala do Arrebatamento e o exemplifica pelo ser revestido: “Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito... Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (v.4-5,10). Paulo fala de quatro coisas essenciais:

1. “Não... ser despidos” = significa não ter de morrer;

2. “Mas revestidos...” = transformação no Arrebatamento. O que é mortal será “absorvido pela vida”.

3. Para isso recebemos o Espírito Santo como penhor (sinal, garantia). Ele levará a Igreja ao céu no Arrebatamento – o Pentecostes invertido (2 Ts 2.6-7).
4. Logo depois do Arrebatamento virá a revelação diante do trono do julgamento do galardão de Cristo.
Você está esperando por Jesus? Você O espera para qualquer momento? Você ainda O espera hoje? Uma das maiores negligências da Igreja de Jesus é que essa atitude de expectativa foi abandonada. Conseqüentemente, diminuiu também a importância dada às verdades bíblicas e à santificação. Ouvi a respeito de um homem que vivia numa expectativa tão grande a respeito da volta de Cristo que sempre acabava comendo a sobremesa antes da refeição. Agir assim pode ser um exagero, mas por que não exagerar, se isso serve de motivação?

2. A postura interior dirigida para Sua volta
O exemplo que acabamos de mencionar é uma imagem crassa, mas muito bonita da atitude interior que deveríamos assumir em relação à volta do Senhor. Devemos amar a Sua vinda. O amor, porém, não suporta nenhuma interferência. Há algum tempo, uma de minhas filhas disse durante um jantar em nossa casa: “Já faz quatorze horas que não vejo meu marido, tomara que ele chegue logo!” A volta de Jesus, junto com o conseqüente Arrebatamento da Igreja, será o maior acontecimento histórico e político do futuro. Ele vai superar qualquer evento natural, qualquer descoberta científica, simplesmente tudo! Por isso, a Igreja deveria fazer de tudo para expressar a sua esperança pela volta de Jesus. É justamente o que Deus aponta por meio de Tiago. Devemos ter uma atitude interior de prontidão e expectativa. Devemos ser pacientes e fortalecer os nossos corações: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.7-8). A ênfase dessa parábola está na expressão de paciência e no fortalecimento do coração na esperança pela volta de Jesus.

O que o lavrador faz em seu trabalho? Ele espera pacientemente pelo fruto precioso e não se deixa desanimar. Ele trabalha esperando esse fruto, ele vive para esse fruto, ele investe nesse fruto. Ele sabe do trabalho duro, que virão mau tempo, ervas daninhas, secas e estiagens, e ainda assim espera somente pelo fruto. Essa imagem é usada em vista da nossa atitude de expectativa pela volta de Jesus. Devemos superar todas as dificuldades, todas as provações – “mau tempo”, “ervas daninhas” – até mesmo a perseguição, tendo em vista a volta do Senhor. Precisamos olhar por cima de todas as coisas e ver somente Jesus e Sua volta. Paciência significa que o Senhor não tem de voltar hoje, mas que Ele pode e, com certeza, vai voltar a qualquer momento! A espera pela volta de Jesus é um “fruto precioso” (valioso). Não há nada de exagerado ou fanático nisso, pois se trata de algo precioso.

Paciência (persistência) gera firmeza e estabilidade interiores: “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (v.8). O que é uma boa base para a estabilidade interior, para superar e persistir, para fortalecer e consolar? A certeza da volta de Jesus. No trecho sobre o Arrebatamento em 1 Tessalonicenses 4, a Bíblia afirma algo parecido com o que Tiago diz: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (v.18).

3. O efeito prático em vista da Sua volta
Qualquer postura interior também tem um efeito prático. O americano Mark Hitchcock já escreveu 15 livros, todos dedicados ao tema da profecia bíblica. Sobre o Arrebatamento ele escreve: “Esse ensino é tão poderoso que nunca mais pude me desligar dele. Penso nele quase todos os dias. Ele impactou maciçamente a minha vida... e me influencia ainda hoje”.

Quais são os efeitos práticos?
Abandonar a ira
“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9). A Almeida Corrigida Fiel diz: “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta”.

Essa afirmação é interessante em vista da volta de Jesus, não é mesmo? Não são mencionados os pecados “graves”, como mentira, ocultismo, luxúria, imoralidade ou roubo. Tiago enfatiza que não devemos dar lugar à insatisfação irada a respeito de nossos irmãos na fé. Não devemos nos queixar, nem mesmo suspirar por causa deles. Por que justamente esse alerta? Porque a ira custa muita energia, ela absorve e consome totalmente. Ela divide, distrai-nos do que é essencial e torna-nos incapazes de fazer aquilo que realmente dá frutos. “Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Ec 11.4).

É interessante que o texto não apresenta nenhum motivo para os lamentos, pois os murmúrios negativos são, por si só, errados. Quando nos irritamos com alguém que espiritualmente é nosso irmão ou irmã, a discussão sobre quem tem razão perde qualquer valor. A ira é, por princípio, errada e carnal. Paulo escreve: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4.30-32).

John Wesley disse certa vez: “Muitas vezes me arrependi de ter julgado com muita dureza, mas raramente de ter sido misericordioso demais”. É bem possível nos irritarmos muito com outra pessoa, resmungar sobre ela, fazer insinuações a respeito da insatisfação ou até mesmo provocar uma forte discussão. Mas muitas vezes é a própria insatisfação, a falta da influência do Espírito Santo em nossa própria vida que se revela em críticas e implicâncias. Nesse texto a Bíblia não fala a respeito de quem tem razão ou não, apenas diz: “...não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados”. Irmãos que se acusam mutuamente estão igualmente sob o julgamento de Deus.*

“...o juiz está às portas!”. O Juiz que está diante da porta terá a última palavra. Ele determinará a sentença. Em vez de nos consumirmos uns aos outros, deveríamos usar nossas forças para trabalhar nos campos no Senhor, na expectativa da Sua volta. Também devemos levar em conta que cada um tem seu próprio campo, onde foi colocado e pelo qual é responsável. Não devemos invadir o campo alheio com intenções negativas, mas cuidar para que o nosso próprio campo seja devidamente lavrado.

Suportar sofrimento
“Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes” (Tg 5.10-11).

Hoje elogiamos profetas sofredores, como Isaías, Jeremias ou Daniel. Chamamo-los de bem-aventurados.
• De acordo com a tradição, Isaías foi serrado ao meio por ordem de Manassés.

• Jeremias provavelmente foi apedrejado por seus conterrâneos.

• Daniel foi jogado em uma cova de leões, mas Deus o guardou.

Nestes tempos duros e desagradáveis é preciso persistir. Trata-se de não desistir, mas de continuar, continuar a crer, a orar e a confiar. Trata-se de cumprir a incumbência recebida a despeito das dificuldades. Você está a ponto de desistir, de resignar e de largar tudo? Por meio desse trecho da carta de Tiago Deus quer encorajar a você e a mim a não fazer isso.

Olhar para o fim
“Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5.11).

Sabemos que Jó tinha suas fraquezas, falhas e queixas. Mas ele permaneceu firme na fé. Perdas familiares e materiais, torturas de todo tipo, ataques de Satanás, doença, críticas, isolamento, tudo isso pesou muito sobre Jó. Mas também vemos o fim que o Senhor tinha preparado para ele. Somente o fim conta, somente o alvo. A palavra grega usada aqui para fim é “telos”, que significa alvo. No fim Jó ganhou mais do que tinha perdido. Sua história foi eternizada na Bíblia e serve de bênção para milhões de pessoas em todos os continentes. A sua e a minha vida têm um alvo. É esse alvo que importa. Não vamos nos deixar obscurecer por impaciência, murmúrios ou fugas.

O sofrimento de Jó também nos mostra não um Deus cruel, mas Sua compaixão e misericórdia. Deus não abandonou a Jó. Ele transformou tudo em bem e demonstrou Sua compaixão e misericórdia. Quando chegarmos ao objetivo das nossas vidas também reconheceremos que foi a compaixão de Deus que nos levou até lá. Por isso, vamos persistir até que Ele volte! Então só nos restará admiração!


Autor: Norbert Lieth
Fonte: estudogospel.com.br 
Por Antonio Wilmar


Sinais Gerais da Segunda Vinda de Cristo



Em primeiro lugar, os sinais que mostram a graça (Mt 24.14 E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.)

A tribulação (Mt 24.9,10, 21,22 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.).

A apostasia (Mt 24.4,5-23-26 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa, não acrediteis.). Falsos messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso evangelho. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé verdadeira. O engano religioso vai estar em alta.

A depravação moral (Mt 24.12) E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. A iniquidade se multiplicará e o amor esfriará EX O homossexualismo é aplaudido e incentivado. A pornografia tornou-se uma indústria poderosa. O narcotráfico afunda a juventude no pântano das drogas. A depravação moral pode ser vista?

As guerras (Mt 24.6,7) E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Ao longo da História, houve treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, 50% de todos os cientistas do mundo estão trabalhando em pesquisas de armas de destruição. Quase 40% dos recursos das nações são destinados à pesquisa e fabricação de armas. Falamos de paz, mas procuramos a guerra. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), trinta milhões de pessoas foram trucidadas. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou sessenta milhões de pessoas. Atualmente falamos em armas atômicas, nucleares, químicas e biológicas.

Os terremotos (Mt 24.7,29). Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. De 1890 a 1930 — houve apenas oito terremotos medindo 6.0 nos escala Richter. De 1980 a 1996— houve mais de duzentos terremotos dramáticos. Tudo o que é sólido balançará. Não haverá refúgio nem esconderijo seguro para o homem em nenhum lugar do universo.

As fomes e epidemias (Mt 24.7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares). A fome é um subproduto das guerras. A fome hoje mata mais do que a guerras. A fome é um retrato vergonhoso da perversa distribuição das riquezas. Enquanto uns acumulam muito, outros passam fome.

A descrição da Segunda Vinda de Cristo
Em primeiro lugar será repentina (Mt 24.27) Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem. Quando o noivo chegar, será tarde demais para encher as lâmpadas de azeite. Os homens estarão envolvidos com suas atividades, sem levar Deus em conta.

Em segundo lugar, será Gloriosa (Mt 24.30) Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. A segunda vinda de Cristo será pessoal, física, visível, audível e pública.

Será imprevisível (Mt 24.36) Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Ninguém pode decifrar esse dia. Ele pertence exclusivamente à soberania de Deus.

Será inesperada (Mt 24.37-39) E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Será para o juízo (Mt 24.40,41) Duas estarão trabalhando no moinho. Uma será tomada e a outra deixada. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro. Tomados para Deus, deixados para o juízo eterno.

ESTÁS TU PREPARADO?




Autor: Sidnei Alves da Silvae.
Fonte: estudogospel.com.br




Pontos-chave na Interpretação Bíblica!!


A


Bíblia é a Palavra de Deus. Mas, algumas das interpretações derivadas dela não são. 

Existem muitas seitas, cultos e grupos cristãos que usam a Bíblia declarando que as suas interpretações são as corretas. 

Muito freqüentemente, no entanto, as interpretações não apenas diferem dramaticamente umas das outras, como são claramente contraditórias. Isto não significa que a Bíblia seja um documento contraditório. 

Antes, o problema está naqueles que a interpretam e/ou nos métodos que eles usam. Como nós somos pecadores, somo incapazes de interpretar perfeitamente a palavra de Deus todo o tempo. O corpo, a mente, a vontade e as emoções são afetadas pelo pecado e tornam a interpretação 100% exata uma impossibilidade. Isto não significa que entender corretamente a palavra de Deus seja impossível. 

Mas que devemos nos aproximar à Sua palavra com cuidado, humildade e razão. Adicionalmente, nós precisamos o que de melhor nós poderíamos necessitar: a direção do Espírito Santo na interpretação da Palavra de Deus. 

Além do mais, a Bíblia é inspirada por Deus e dirigida ao Seu povo. O Espírito Santo nos ajuda a compreender o que a Palavra de Deus significa e como aplicá-la em nossas vidas. No nível humano, para minimizar os erros que possam advir das nossas interpretações, nós precisamos conhecer métodos básicos de interpretação da Bíblia. Eu irei listar alguns destes princípios na forma de questões e então aplicá-los a uma passagem da Escritura. 

Eu sigo os seguintes princípios como linhas-mestras para examinar uma passagem. Elas não são exaustivas e nem absolutas.
Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada?
O que a passagem diz?
Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada? 


Qual é o contexto imediato?
Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro?
Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta?
Qual é o fundo histórico e cultural?
Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem?
As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram esta passagem?
O que eu posso aprender e aplicar à minha vida? 


A fim de ajudar a entender como estas questões podem afetar a sua interpretação de uma passagem, eu escolhi uma que, quando examinada atentamente, pode fazer você chegar a conclusões muito diferentes. 

Eu deixarei que você determine a exatidão da minha interpretação. A passagem que eu vou usar é Mt 24:40, "Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado" (NIV). 1. Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada? Jesus pronunciou as palavras e elas foram registradas por Mateus. Jesus falou aos Seus discípulos em resposta a uma pergunta, que iremos ver mais tarde.

 2. O que a passagem diz? A passagem diz simplesmente que um dos dois homens que estão fora, no campo, será levado. Ela não diz onde, porque, quando, ou como. Ela só diz que um será levado. Ela não define que o campo pertença a alguém ou a algum lugar em particular. 

3. Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada? Nenhuma palavra, nesta passagem em particular, realmente necessita que nós a examinemos cuidadosamente, mas para seguirmos este exercício, eu usarei a palavra "levar". 

Usando uma Concordância de Strong e um Dicionário de Palavras do Novo Testamento, eu posso verificar qual é a palavra grega e aprender a respeito dela. A palavra no Grego é "paralambano". Ela significa: "1) tomar, tomar para si mesmo, trazer para junto de si, 2) receber alguma coisa por transmissão." Um ponto que vale a pena mencionar acerca do estudo das palavras é que o seu significado pode mudar de acordo com o seu contexto. 

Assim, examinando como a palavra é usada em múltiplos contextos, o seu significado pode reveber novas dimensões. Por exemplo, a palavra "amor", no grego é "agapao." Ela geralmente refere-se ao "amor divino." Isto pode parecer óbvio, já que esta é a palavra usada em Jo 3:16 com este significado. 

No entanto, a mesma palavra é usada em Lc 11:43, onde Jesus diz: "Ai de vocês, fariseus, porque amam os lugares de honra nas sinagogas e as saudações em público!" (NIV). A palavra usada aqui é "agapao." Parece que o significado da palavra pode tornar-se alguma coisa na linha de "totalmente comprometido com." No entanto, nós devemos tomar o cuidade de não usar o significado de uma palavra em um contexto em outro contexto. Por exemplo: 1) Este novo cadete é verde. 2) A árvore é verde. O primeiro verde significa "novo ou inexperiente." O segundo significa a cor verde. Poderíamos impor o significado de um contexto em outro? Sim, mas não seria uma boa idéia. 4. Qual é o contexto imediato? É o lugar onde a passagem está inserida. 

O contexto imediato da nossa passagem é o seguinte, Mt 24:37-42, "Como foi nos dias deNoé, assim também será na vinda do Filho do Homem. 

38 Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; 

39 e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do Homem.

 40 Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro será deixado. 

41Duas mulheres estarão moendo num moinho: uma será levada e a outra deixada. 

42 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor" (NIV). 

Imediatamente podemos perceber que a pessoa levada no verso 40 é comparada a pessoa levada no verso 39. Isto é, que as pessoas que foram "levadas" são do mesmo tipo. Uma pequena questão precisa ser feita agora.

 Quem foi levado no verso 39? Foi Noé e sua família ou foram as pessoas que estavam comendo e bebendo? A resposta a esta pergunta pode nos ajudar a entender melhor a passagem original. O próximo passo na interpretação da passagem nos ajudará a entendê-la ainda mais.

5. Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro? Uma passagem deve ser sempre examinada dentro do seu contexto. Não apenas no contexto dos versos imediatamente antes e depois dela, mas também no contexto do capítulo e até do livro na qual ela está escrita.

O discurso de Jesus do qual esta passagem foi tirada, começa com uma pergunta. Jesus tinha acabado de sair do templo e no verso 2 disse aos Seus discípulos que "..não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas." Então no versículo 3, os discípulos perguntam a Jesus: "Dize-nos quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da sua vinda e do fim dos tempos?" (NIV). Então, Jesus começa a profetizar acerca das coisas que viriam no fim dos tempos. Ele falou de falsos Cristos, tribulação, do sol se escurecendo, do Seu retorno e dos dois homens no campo onde um será levado e outro será deixado.

O contexto é escatológico. Isto signiufica que ele está tratando das últimas coisas, ou do tempo próximo ao retorno de Jesus. Muitas pessoas acham que este versículo de Mt 24:40 refere-se ao arrebatamento mencionado em 1 Ts 4:16-17. Pode ser. Mas é interessante notar que o contexto do versículo sugere que o mau é que será levado, e não o bom.

Neste momento você pode estar pensando que este método de interpretação da passagem não é bom. Depois de tudo, o verso "um será levado e o outro deixado" é realmente acerca do arrebatamento. Certo? Bem, pode ser. Como você pode ver, nós todos chegamos à Bíblia com idéias pré-concebidas. Algumas vezes elas estão certas, outras, erradas. Nós sempre deveríamos estar prontos a ter a nossa compreensão da Bíblia desafiada pelo que é dito. Se nós não estivermos dispostos, então somos presunçosos. E Deus está distante do soberbo (Sl 138:6).

6. Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta? Acontece que existe uma passagem relacionada, na verdade, paralela, encontrada em Lc 17:26-27. "Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do Homem. 27O povo estava comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e destruiu a todos." (NIV). Rapidamente, nós descobrimos que estes versos relacionados sem dúvida afetam a nossa maneira de entender a passagem inicial. Está claro nesta passagem de Lucas que aqueles que foram levados pelo dilúvio eram aqueles que estavam comendo, bebendo e se dando em casamento . Em outras palavras, não foram as pessoas boas que foram levadas, foram as más. 


Como você pode ver, isto tem um profundo impacto na maneira como compreendemos nossa passagem em Mt 24:40. O contexto não sugere que aquele que está no campo que será levado não é o mau? Como este contexto afeta as minhas idéias pré-concebidas acerca deste verso? Vamos ler o versículo novamente, mas agora dentro do seu contexto imediato: 

Mateus 24:37-42, "Como foi nos dias deNoé, assim também será na vinda do Filho do Homem. 

38 Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; 

39 e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. 

40 Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro será deixado. 

41Duas mulheres estarão moendo num moinho: uma será levada e a outra deixada. 

42 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor" (NIV). O que é que você acha agora? Quem foi levado, o bom ou o mau? Então, este verso faz referência ao arrebatamento ou não? Só perguntando. 

De interesse correlato é uma passagem em Mt 13:24-30 onde Jesus conta a parábola do semeador que semeou a boa semente no seu campo e alguém, depois, semeou joio. Os servos perguntaram se eles deveriam ir imediatamente e arrancar o joio. Mas, no verso 30, Jesus diz "Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro." (NIV) O ponto digno de nota aqui é que o primeiro a ser ajuntado é o joio, e não o trigo. 

Isto fica ainda mais interessante quando Jesus explica a parábola em Mt 13:36-43 e estabelece que eles serão atirados à fornalha. Adicionalmente, quando nos voltamos para Lc 17, que é a passagem paralela de Mt 24, nós descobrimos que os discípulos fizeram a Jesus outra pergunta por causa da resposta de Jesus que dizia "dois estarão no campo e um será levado." No verso 37 eles perguntam, "Onde, Senhor?" perguntaram eles. Ele [Jesus] respondeu, "Onde houver um cadáver; ali se ajuntarão os abutres." Eles serão levados a um lugar de morte. 

7. Qual é o fundo histórico e cultural? Esta é uma questão mais difícil de responder. Ela requer um pouco mais de pesquisa. Um comentário é digno de ser examinado aqui, já que ele usualmente provê um pano de fundo histórico e cultural para ajudar a desvendar o texto. 

Neste contexto, Israel estava debaixo da lei romana. Eles estavam proibidos de exercer a punição capital (pena de morte) e de custear uma guerra. 

Roma estava dominando a pequena nação. O judaísmo era tolerado apesar da liderança romana. Além de tudo, Israel era um pequeno país oriental com um povo que era fanático pela sua religião. 

Então, Roma permitiu que Israel fosse governado por políticos judeus marionetes.

O templo era o lugar de adoração da comunidade israelense. Ali os sacrifícios de sangue eram oferecidos pelo sumo sacerdote para a expiação dos pecados da nação. Levaram 46 anos para contruí-lo (Jo 2:20). Jesus disse que o templo seria destruído; o que gerou a pergunta que O levou a fazer o discurso que contém a passagem examinada. 8. Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem? Desde que o contexto da passagem sugere que o mau é que será levado, eu estou concluindo que aquele que será levado no campo não será o bom, mas sim o mau. 

Eu também sou tentado a concluir que o maus serão levados ao lugar de julgamento. 

9. As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram a esta passagem? Eu já apresentei outras passagens que me permitem chegar a conclusão que cheguei. 

No entanto, isto não está de acordo com todos os comentários que eu tenho lido acerca deste verso. Neste ponto eu necessito apresentar minha conclusão a outros para ver o que eles pensam.

Só porque eu estudei a Palavra e cheguei a uma conclusão não significa que ela esteja correta. Mas não significa que esteja errada, no entanto. 

Consultar outras pessoas, examinar a palavra de novo e buscar a Deus humildemente e a sua iluminação. Eu só posso ter a esperança de chegar à melhor conclusão possível acerca da passagem. 

10. O que eu posso aprender e aplicar à minha vida? A Interpretação da Escritura tem um propósito: 

Entender a Palavra de Deus mais exatamente. Com um melhor entendimento da Sua palavra, nós poderemos aplicá-la à área a que ela se destina. 

No nosso caso, a passagem revela uma área do futuro e uma época de julgamento. 

A aplicação, então, é que Deus executará o julgamento sobre os injustos no fim dos tempos. 

Concluindo:

 Este artigo é somente uma demonstração. Ele é básico e não cobre todos os pontos da interpretação bíblica. 

Mas isto já dá uma direção e um exemplo de como você deve aplicar. Como eu disse antes, ore. Leia a Sua Palavra. Examine as Escrituras o melhor que você puder para um melhor entendimento e melhor preparo. 

Seja humilde na sua abordagem e teste tudo o que concluir pela própria Bíblia.


Jesus e os Discípulos a Caminho de Emaús



"Jesus, fica conosco." Lc 24:29

"E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem." Lucas 24:13- 16.

Emaús atualmente é uma cidade de localização incerta. Seu nome significa “riacho quente” e alguns arqueólogos a identificam com Qubeibeh, cerca de 11 km a noroeste de Jerusalém. Quando os Cruzados chegaram nesta localidade em 1099, encontraram ali um forte do período romano denominado Castellum Emaús. Conhecer a localização da cidade de Emaús é importante, porém, não conhecê-la não abala a veracidade dos fatos ali ocorridos. O que está escrito, é lição para todos os tempos, lugares e circunstâncias. Digamos que Emaús seja mesmo esse território desconhecido e misterioso para a arqueologia, como misterioso e incerto é o terreno do nosso coração. Emaús faz todo sentido para quem quer ouvir Jesus, seguir seus ensinamentos e ser salvo para eternidade.

Eles não reconheceram Jesus
Jesus havia ressuscitado e a cidade de Jerusalém estava em alvoroço ainda por ocasião da crucificação. O Messianismo de Jesus estava sendo questionado por conta de Sua crucificação e morte. A esperança de um libertador para Israel, havia sido frustada, o que fazer? A caminho de Emaús, Cléopas discutia justamente isso com um companheiro quando Jesus se aproxima e pergunta: “Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? Eles pararam entristecidos” e um tanto aborrecidos pela “desinformação” do “desconhecido” retrucam: “És o Único que não sabes o que está acontecendo nessa região, mataram Jesus, varão poderoso em obras e em palavras”. (24:17-19).

O que mais chama atenção no texto é o fato deles, sendo discípulos de Jesus, tendo convivido com Ele, não O reconhecerem. Por que isso acontece? Voltando ao inicio do relato, logo no verso 16, lemos: “seus olhos estavam como que impedidos de O reconhecer”. Diríamos: “não o reconheceram porque ainda não era o momento certo, não era da vontade de Deus, de outra forma, por que vedar-lhes os olhos?”. Mas esse aspecto do texto, merece mais aprofundamento e conferindo Evangelho por Evangelho, toda narrativa pós ressurreição de Jesus, encontraremos explicação sobre Jesus e os discípulos em Emáus, lá no livro de Marcos 16:12-13:

“Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. E indo eles, anunciaram aos demais, mas também a estes não deram crédito”.

Os dois homens, de caminho para o campo, eram os dois discípulos a caminho de Emaús. Jesus apareceu para eles em aparência diferente da que havia vivido e morrido. Ele era o Jesus ressuscitado e para que se cumpra em nós os mesmos sinais que se cumpriram em Cristo, convém que os que ressuscitam, tenham um novo corpo de glória. Filipenses 3:21:” O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que Ele tem de subordinar a Si todas as coisas.” Em I Cor 15:35, se lê que “o corpo seja semeado em corrupção, ressuscitado em incorrupção. Semeado em desonra, ressuscitado em glória. Semeado em fraqueza, ressuscitado em poder. Semeado corpo natural, ressuscitado corpo espiritual”.

Jesus agora tinha um corpo de glória. A aparência cansada, sofrida e ferida, do servo humilhado Is 53:2, já não se via. Agora ele era corpo espiritual, tanto que agora poderia facilmente atravessar paredes e portas fechadas, Aparecer e desaparecer em qualquer ambiente de forma miraculosa, João 20:19: “Ao cair daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas de casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: paz seja convosco”. Era também o primeiro dia da semana, pós ressurreição, o mesmo dia em que apareceu no caminho de Emaús. Ele entrou no recinto onde os discípulos estavam reunidos à portas trancadas. Ele não bateu na porta, tocou a campainha, saltou janela ou coisa parecida, Ele atravessou as paredes. Para que se cumprisse o que há cerca da ressurreição está escrito.

Nesse mesmo dia, Jesus também aparece a Maria Madalena. Ela estava chorando próximo ao túmulo Jo 20:15 “Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela pensando ser o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se disse Raboni! Que quer dizer meste”. Madalena, demorou um pouco a discernir quem era. Porém, tanto ela como os discípulos de Emaús, em dado momento não têm mais dúvida de que o que lhes fala é Jesus.

O diálogo em Emaús.
Por que eles demoram tanto a reconhecer Jesus? Porque estavam preocupados, aflitos, descrentes, amedrontados. A crucificação havia acabado com a fé deles. A esperança do Messias Salvador, tinha se esvaído, como fumaça. Eles foram capazes de descrever para Jesus todos os últimos acontecimentos de Jerusalém, da conversa sobre ressurreição, mas o coração estava endurecido. Para eles, tudo já não passava de uma fábula, um engano. Se Jesus fosse mesmo o Messias teria triunfado em vida, sobre a morte. E Jesus repreende os dois: “ Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Por ventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E Jesus lhes contou sobre as Escrituras” Lc 24:25-27.

E o coração dos dois começa a arder pela autoridade de Jesus, pela verdade da Palavra: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

O Convite: fica conosco
E os dois discípulos a caminho de Emaús, enfim acalmam os ânimos, descansam os corações, sentem paz e segurança. Convidam Jesus: “Fica conosco” Lc 24:29. E quando estavam à mesa, Jesus abençoa o pão e divide com eles, então, os olhos dos dois são abertos. É interessante, que apesar de ter um novo corpo, Jesus ressuscitou conservando as marcas da crucificação. Ele as mostrou para Tomé em João 20:26. Para os discípulos reunidos em Jerusalém. João 20:20. Para os discípulos em Emaús no partir do pão e para tantas outras pessoas com quem esteve nos 40 dias que ficou ainda na terra como ressuscitado Atos 1:3.

Lições a caminho de Emaús
Ansiedade gera incredulidade e vice-versa. Quando estamos nesse estado, é impossível enxergarmos a presença de Jesus, acreditarmos em Sua providência. Os discípulos mesmo mantendo diálogo com Jesus, não O reconheceram. Apenas quanto ouviram a Palavra e viram as marcas da crucificação. Mas foi no ouvir da Palavra que os corações foram transformados. Não há outra maneira de se alcançar a Salvação a não ser crendo na Palavra de Deus que é o Próprio Jesus. Ele é o Único e verdadeiro caminho que conduz a eternidade com Deus; João 14:6. E essa Salvação, não apenas pós morte, é a algo que acontece bem aqui nesse mundo. Veja, um dos sentidos da Palavra Salvação na Bíblia é “marpe” (dicionário Strong 14832) = restauração de saúde, remédio, cura, medicação, tranquilidade. Marpe, vem de Rapha , verbo curar, sarar, restaurar. Jesus é nossa cura completa, do corpo e do espírito, para séculos sem fim, amém!

É possível que muitos de nós, mesmo tendo um diálogo com Jesus, não O reconheça. Isso é assustador, mas acontece. Foi o caso daquele jovem rico, descrito em Marcos 10: 17-22. Ele ouviu Jesus, mas se negou a segui-Lo porque o coração era avarento. O amor às riquezas era maior que o amor por Jesus. Triste. Os discípulos em Emaús, ouviram a Jesus e disseram: “Fica conosco”. Eles convidaram Jesus a cear não apenas à mesa deles, mas a fazer morada em seus corações. Essa é escolha que Deus quer de nós, que convidemos Jesus a morar em nós. E o mais incrível de tudo isso é: Ele não rejeita um convite desses. Ele nunca diz: não vou, não posso, fica para outro dia, esqueça, jamais!. Ele pode aparecer em qualquer lugar, nas mais adversas circunstâncias. Apareceu para Paulo a caminho de Damasco Atos 9:3-6. Para Pedro na praia. Para Zaqueu embaixo de uma figueira Lucas 19:1-7. Onde você estiver Ele vai ao seu encontro. Ele não resiste a um coração humilde e cheio de fé.

Os salvos ressuscitarão em corpo de glória. Nosso corpo abatido será transformado. Deus nos dará um novo nome (Apocalipse 3:12) e uma corpo que não poderá ser corrompido (I Cor 15:35)

Que esse encontro de Jesus com os discípulos no caminho de Emaús, seja como lição para alcançar os perdidos em preocupações, ansiedades, aflições e incredulidade. Que “no partir do Pão”, almas sejam saciadas pelo Pão da vida que é Jesus. Que Jesus de nossos lábios ouça o convite: “Fica conosco amado Mestre, precisamos de Ti que é nosso Bálsamo.”

Em O Nome do que Ressuscitou e é a nossa paz: Jesus.




Autor: Wilma Rejane 




IBGE - Mapa religioso do Brasil Censo 2010


Caro amigo, fiz uma compilação de dados de 27 gráficos das estatísticas oficiais  da religiosidade brasileira, disponibilizados pelo IBGE na data de hoje: 29/06/2012.  Quero informar que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística não fez uma contagem física pessoa por pessoa, pois no questinário padrão não havia o item  religião. Tal como todas as estatísticas oficiais dos censos anteriores, os dados foram obtidos e tabulados por um processo estatístico científico de amostragem.

Minha tabela é inédita  e  foi ordenada a partir dos estados com maior percentagem de crentes.

Mapa 1
Mapa Religioso Oficial do Brasil - Censo IBGE  2010
.
Os dados estão em ordem decrescente, a partir do Estado com maior porcentagem de evangélicos - Rondônia (com 35%), até chegar ao Estado com menor participação, o Piauí, (9,7%).  O Estado que está exatamente dentro da média nacional de 22,1% é o Paraná.

A população católica, que segundo o IBGE era de 73,6%  no Censo 2000, caiu   para 64,6% no Censo de 2010. Os Evangélicos eram 15,4%  agora são 22,2%  da população brasileira contada no Censo de 2010.  O IBGE levou 19 meses para apresentar o Mapa Religioso do Brasil em 2010.

Os católicos romanos eram  124.976.912 fiéis em 2000. Pelo IBGE,  123.280.173 em 2010. Queda de 1,4%.

Os evangélicos eram 26.166.930 em 2000 e  42.275.437 em 2010. Crescimento de  61,6%. Taxa anual média (composta) de 4,91%  ao longo de 10 anos. Mantendo esta mesma taxa de crescimento anual,  evangélicos e católicos estarão em torno de 50%  lá pelo ano 2033.

A população brasileira em 2000 era de  169.799.170. No Censo atual é de 190.755.799.

Os que se declaram sem religião eram  12 milhões em 2000 e  15 milhões em 2010.

Em abril de 2009, fiz uma projeção do crescimento dos Evangélicos estimando em 19% a população evangélica no final do ano seguinte. Cerca de 36,5 milhões de 192 milhões. Errei por 6 milhões. Mas minhas projeções foram mais realistas do que os dados do SEPAL  divulgados na Internet de 57 milhões em 2011 e o dobro disso em 2020. 

No ano passado, com base nas tabulações de dados da FGV/CPS sob a supervisão do Economista Marcelo Neri, refiz os cálculos utilizando as taxas de evangélicos por Estado  vezes a população brasileira de cada @Estado do site do IBGE. Os números chegaram a 21,3%, ou 40 milhões de crentes.

Com a publicação de hoje, já temos os dados oficiais do IBGE e um dado novo e relevante surgiu deste Censo 2010: O número das pessoas que se declaram sem religião já são 8% da população brasileira. 

O termo "Outras Religiões" do IBGE, creio que sejam das Igrejas Adventistas, Testemunhas de Jeová e Mormons, predominantemente.

Espero que tenha gostado da análise.


João Batista Cruzué.
Fonte:Blog Olhar Cristão
Por Antonio Wilmar


Pastor com Cheiro de Ovelhas!


Dízimos, ofertas, prosperidade com um mundo melhor, mais rico e sem enfermidades.

Cada vez mais, novos títulos, para os diversos cultos em cada dia da semana, produzidos pelo desejo em atrair mais ovelhas ao seu pasto.

Grandes, gigantescos, pequenos ou minúsculos eventos, como festas e mais festas, com cantores e cantoras, artistas de diversas áreas do cinema e televisão, que se convertem, e por loucura de alguns líderes, os consagram imediatamente aos cargos bíblicos, mas sem a orientação contida na Bíblia.

Vários artistas sentem o “impulso de Deus”, para lançarem os seus CD’s nos Estados Unidos da América.

Desejam ganhar sua especial fama nos EUA, pois, é boa propaganda dizer: Fui convidado ou convidada, para cantar nos EUA. Mesmo que a unção não exista, e as letras de suas músicas sejam sem nenhum interesse real na adoração a Deus. Ou seja um simples “Show evangélico”. Que pena!!!

Os preços de seus CD’s, normalmente são bem superiores ao valor adequado para a igreja. Querem reunir lucros imensuráveis ao seu negócio.

Vergonha! Esta é a receita de muitos para uma riqueza fácil, e produzida pelo interesse somente financeiro. Onde está a unção do Espírito e a beleza da letra na sua adoração? Hoje é comum a valorização de muitos “artistas” que não vivem uma vida reta perante Deus.

A solução para os problemas é o assunto principal, na maioria das igrejas, enquanto a Bíblia, promete perseguição, principalmente, aos que forem contra a mentira.

Muitos, dentro da igreja, dizem ou pensam, e têm vergonha, de falar que praticam a mentira branca, a mentira quebra-galho ou a mentira para resolver certos probleminhas. Aí está a grande armadilha. Toda a mentira, garante a qualquer um: o título não tão nobre, de ser chamado filho do diabo. Pois, ele é o pai da mentira. E nele, o diabo, não há verdade.

Neste momento exato, o Senhor nosso Deus nos alerta sobre os últimos tempos e a falta de fé, o mundo não necessita de novos apóstolos(?), bispos(?), e pastoras(?), que surgiram à pouco tempo, como novidade nesta última geração. Mas, de valentes pastores de ovelhas e mulheres de Deus, sem a necessidade do título exigido ou elaborado por alguns.

Há pouco tempo, não havia tantos títulos disponíveis. E nem pastoras em profusão. Deus mudou?

Novos tempos. Tempos modernos. Onde está o pastor com cheiro de ovelhas, e não com o cheiro de sua coleção de perfumes em suas atitudes Hollywoodianas.

Os pastores de hoje, querem ser empresários do evangelho em suas suntuosas mansões e magníficos automóveis, e alguns, até mesmo com seguranças para proteger a sua vida, ou com suas coleções de ternos de acordo com cada moda. Relógios em coleção exagerada e caríssimos, fazem par com a quantidade de gravatas além da necessidade. E muita fé, bastante fé, exagerada fé, na fé das ovelhas.

Que Deus levante homens de valor, com cheiro de ovelhas e com verdadeiro amor ao evangelho.


Newton Carpintero
O menor de todos os menores.
Do blog: http://www.pastornewton.com


O Nome Pode Influenciar o Caráter?



Já vem de longe a superstição de que o nome pode exercer influência no caráter e no destino da pessoa, ou seja, do seu portador. É bem conhecida de todos a expressão proverbial dos romanos que diz: nomen est omen, isto é , “o nome é um algúrio”.

A importância que os antigos conferiam aos nomes próprios foi, a princípio, muito razoável, porém, degenerou-se bem depressa numa idéia supersticiosa. Persuadidos de que havia um poder misterioso em cada nome e de que os nomes tinham uma influência direta sobre aqueles que os usavam, começaram a ter um grande cuidado para escolher alguns cujas significações fossem de feliz sorte”.

A Igreja Romana, com base nessas superstições, exerceu influência considerável sobre os fiéis no momento em que estes buscavam um nome para impor aos seus filhos: “Ela [a igreja católica] empenhou-se sempre, desde os primeiros tempos, para que seus fiéis tivessem nomes santificados”.

Sobre esse assunto, assim se expressa R. Bluteau: “No sacramento do batismo, a imposição do nome é uma espécie de advertência para a perfeição da vida, à qual os padrinhos devem dispor os afilhados, para que um dia tenham seus nomes escritos no livro da vida e componham o número daqueles citados pelo apóstolo Paulo, cujos nomes estão no livro da vida...”

Infelizmente, essa crendice tem sido amplamente propagada até mesmo no meio evangélico. Muitos cristãos sinceros, por desconhecerem as doutrinas basilares do cristianismo e ignorarem seus textos áureos (2Co 5.17; Gl 3.10-13; Ef 1.3), têm aceitado, passivamente, essa heresia supersticiosa.

Segundo os apologistas dessa “superstição”, existem nomes próprios que trazem prognósticos negativos pelo fato de estarem carregados de maldição. Nomes como Jacó, Mara, Cláudia e Adriana são comumente citados pelos supersticiosos como sinônimo de mau presságio. Crêem que os mesmos trazem consigo um prognóstico negativo para o seu portador, por conta da carga de maldição que carregam. Jacó, justificam, significa “enganador”; Mara, “amarga, amargura”; Cláudia, “coxa, manca”; e Adriana, “deusa das trevas”.

Essas declarações iniciais são bastante significativas para conhecermos melhor essa prática antibíblica, cujas raízes estão nos cultos e crenças do paganismo. É bem verdade que existem alguns nomes que, por causa de sua conotação ridícula, devem ser evitados, a fim de que o seu portador não seja exposto a situações vexatórias, irônicas, depreciativas. Mas evitar um nome por atribuir-lhe um poder misterioso, que lhe anda anexo, capaz de prever o futuro do seu portador, é cair no engano da superstição e mergulhar num mar de conceitos antibíblicos.

O FATOR ETIMOLÓGICO
A palavra “nome” vem do vocábulo hebraico shem e do grego, onoma. E, segundo o Dicionário Aurélio, é oriunda do latim nomen, “vocábulo com que se designa pessoa, animal ou coisa”.

Na opinião de Cícero, “nome é o sinal característico que faz com que se conheçam individualmente as coisas”.

Para Mansur Guérrios, “os antropônimos [nomes próprios de pessoas], quando surgiram, levavam consigo um significado que, em geral, traduzia qualquer realidade condizente com os indivíduos, seus portadores”.

Já Aristóteles, numa abordagem mais filosófica, procurava a verdade das coisas na propriedade dos nomes. Para ele, o nome possuía a capacidade de traduzir o caráter da pessoa ou coisa que o traz.

De acordo com os babilônios, “não ter nome era um sinal de não existir”. De fato, criam os antigos que “o nome é inextricavelmente vinculado com a pessoa do seu portador”. Era tal essa crença na antiguidade que tanto “na Mesopotâmia como no Egito, o conhecimento do nome era tido por sagrado”.

Na lenda de Ísis, no Egito, vemos o deus Rá, mordido por uma serpente, suplicar à deusa — Maga — que o cure. Mas a deusa, em primeiro lugar, exige-lhe que pronuncie o seu nome secreto, o da sua força”. Conforme a crença egípcia, conhecer o nome de um deus era tê-lo à sua disposição.

O FATOR BÍBLICO-TEOLÓGICO
A Bíblia é radicalmente contra todo e qualquer tipo de adivinhação (Lv 20.27; Dt 18:9-15). E todos os crentes sabem que o ato de prever o destino das pessoas, por meio de seus nomes, é um tipo de adivinhação conhecida como “onomatomancia”, cujo significado é: “adivinhação fundada no nome da pessoa”.

Os nomes bíblicos eram, em sua maioria, impostos ou mudados com o objetivo de espelhar ou traduzir o caráter ou o atributo do seu portador. Um claro exemplo dessa assertiva são os chamados “teónimos”, ou seja, os nomes de Deus. Eles exprimem, de modo singular, um traço do caráter divino. Nomes como: El-Eliom (Deus Altíssimo); El-Shadai (Deus Todo-Poderoso); Jeová – Jiré (O Senhor proverá); etc., falam da transcendência, da onipotência e do cuidado providencial de Deus.

Contudo, ainda mais incisivos são os nomes chamados “teóforos”, isto é, os que trazem consigo um elemento divino (Yeshua, “Jeová é salvação”; Eliyahú ou Eliyah, “Jeová é Deus”; entre outros), pois exprimem confiança filial, gratidão, respeito para com os atributos da divindade, voto ou bênção.

A Bíblia não faz alusão a nenhum personagem cujo caráter ou destino tenha sido alterado por conta da imposição do nome, porque os nomes não eram impostos com essa finalidade. Deus mudou o nome de Abrão, “pai elevado”, para Abraão, “pai de uma multidão”, apenas para reafirmar a promessa feita ao patriarca vinte e quatro anos, aproximadamente, antes dessa mudança (Gn 12.1-3; 17.5).

O nome de Salomão, que quer dizer “pacífico”, por exemplo, foi escolhido por Deus antes mesmo de ele ter nascido. Seu nome prenunciava o caráter do seu reino de paz e prosperidade, assim como prefigurava o reinado messiânico. O nome Ismael, “Deus ouviu”, foi imposto sob a orientação de Deus para exprimir sua atenção à aflição de Agar.

O nome de Isaque, que significa “riso, ele ri”, também foi escolhido pelo próprio Deus para lembrar o riso de Sara, sua mãe.

Já o nome Benoni, “filho da minha dor”, traduzia perfeitamente o sofrimento de Raquel no momento de dar à luz.

Mas de todos esses, o exemplo mais clássico é o de Jesus (forma grega do nome Josué, oriunda do hebraico Yeshua, que significa “Jeová é salvação”). Seu nome foi previamente escolhido por Deus a fim de proclamar a sua graça salvífica a todo aquele que crê.

Entretanto, a despeito de todos esses exemplos, o nome bíblico mais convocado para a defesa daqueles que atribuem poder de maledicência aos nomes é o de Jacó, por isso dedicaremos a esse nome uma consideração especial.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SIGNIFICADO DE ALGUNS NOMES BÍBLICOS
Jacó
Jacó recebeu esse nome por conta das circunstâncias do seu nascimento. Logo após o nascimento de Esaú, Jacó aparece segurado ao seu calcanhar, razão pela qual seus pais lhe chamaram Jacó, do hebraico Yaakov (preso à raiz akêb: “calcanhar”), cujo significado é: “o que segura o calcanhar”. Mas, então, de onde nos veio o significado “enganador”, tão comumente conferido ao nome Jacó?

Veio da ira, da mágoa e da revolta de Esaú, seu irmão que, ao ver-se privado das bênçãos da primogenitura, disse: “Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou?” (Gn 27.36).

Nessa expressão de Esaú, o nome Jacó está preso à raiz akob, com o sentido de “enganar”, passando a significar “enganador”. Mas essa etimologia é extremamente suspeita, pois está relacionada à expressão de alguém que ficou irado até a morte (Gn 27.41). Além disso, a acusação de Esaú, ao qualificar seu irmão como enganador, também não é totalmente apropriada, e dependendo do prisma em que se analisa a contenda familiar, pode até mesmo se constituir em uma inversão de papéis. Esaú estava reclamando pelo direito à primogenitura que ele próprio havia vendido para Jacó. Logo, não foi enganado. Ao contrário, vendeu seu direito para Jacó de livre e espontânea vontade (Cf. Hb 12.16,17).

Por outro lado, dizer que Jacó enganava Labão, seu sogro, enquanto trabalhava para ele, e justificar, com isso, sua prosperidade, é excluir o agir de Deus em todo aquele acontecimento (Gn 30.27-43; 31.9-16). Sua prosperidade foi fruto da bênção de Deus que, milagrosamente, interveio na sua causa, porque, muito antes de seu nome ser mudado, a bênção divina já repousava sobre Jacó (Gn 25.19-23; 28.10-15; 27.26-29; 28.1-4).

Um outro equívoco bastante difundido é o de que a bênção de Deus na vida de Jacó surgiu a partir do seu encontro com o anjo do Senhor em Peniel, onde teve o seu nome mudado para Israel. Em verdade, naquele encontro Jacó colheu três significativos resultados. Vejamos:


• Uma deficiência física (Gn 32.25,31).
• A mudança do seu nome de Jacó para Israel, que significa: “campeão com Deus, o que luta ou prevalece com Deus” (Gn 32.28).
• Recebeu a bênção que havia pedido (Gn 32.9-12,29).

MAS EM QUE CONSISTE A BENÇÃO QUE JACÓ RECEBEU?
Em primeiro lugar, tanto as bênçãos espirituais quanto as financeiras Jacó já as havia recebido conforme Deus lhe havia prometido (Gn 27.27-29; 28.1-4,10-14; 30.27-43; 32.9,10; 33.11). Em segundo lugar, Jacó não recebeu a cura física, pois, mesmo depois da mudança do seu nome e de ter recebido a referida bênção, ele continuou manquejando de uma coxa (Gn 32.25,31). Posto isso, resta-nos apenas a última alternativa para ser analisada.

Pois bem. Esaú, logo após Jacó ter tomado a sua bênção, disse: “Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então matarei a Jacó, meu irmão” (Gn 27.41). A continuação da narrativa bíblica deixa claro que essa promessa deixou Jacó receoso de tal maneira que, quando soube que Esaú vinha ao seu encontro, “teve medo e se perturbou” (Gn 32.6-11).

Consideremos que Jacó, no seu temor e perturbação, ora ao Senhor Deus, pedindo-lhe livramento da morte pelas mãos de seu irmão, Esaú. E, na primeira oportunidade que teve, de estar frente a frente com Deus, reiterou o seu pedido que, felizmente, foi alcançado (Gn 32.26,29). Após esse acontecimento, recobrou o ânimo e foi ao encontro Esaú (Gn 33.1-3), que o recebeu em paz (Gn 33.4-11).

O QUE PODEMOS JULGAR DE TUDO ISSO?
Que a bênção que Jacó recebeu em Peniel tinha a ver apenas com aquilo que ele mais ansiava: não morrer pelas mãos de Esaú, seu irmão, a quem tanto temia.

O fato de o patriarca se chamar Jacó ou Israel não causou nenhuma alteração em sua vida. A aliança de Deus com Jacó não estava condicionada a uma mudança de nome, antes, estava condicionada, única e exclusivamente, à inefável graça divina.

Logo, dizer que o nome Jacó pode trazer influências negativas à pessoa do seu portador é fechar os olhos para todas essas verdades espirituais, fundamentadas em provas irrefragáveis, e mergulhar no mais profundo abismo da superstição.

Mara
Por seu turno, o significado do nome Mara, diante de tudo o que é dito pelos onomatomantes, não passa de mera especulação. Em primeiro lugar, o nome Mara é aplicado a uma fonte de águas amargas no deserto de Sur. Depois, a uma pessoa. Então, perguntamos: “Por que razão o nome Mara seria aplicado a alguma fonte? Para que as suas águas se tornassem amargas ou por que elas já eram amargas?”. O texto bíblico responde: “Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara” (Êx 15.23). Essa explicação, por si só, dispensa comentários.

Como nome de pessoa, a única Mara encontrada na Bíblia é a que aparece no texto do livro de Rute. Na verdade, ela não recebeu esse nome de seus pais. Ao contrário, o impôs a si mesma, pelo fato de não entender o plano de Deus para a sua vida e por não conhecer o caráter bondoso e gracioso de Deus, a quem ela atribuiu toda a causa de seu infortúnio.

Disse Mara aos belemitas que, indagando, diziam: “Não é esta Noemi?”. Ao que ela respondeu: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar; por que, pois, me chameis Noemi?...” (Rt 1.19-21).

"BONS" NOMES E MAUS COMPORTAMENTOS
Joel, Abias e Zedequias

Os filhos do profeta Samuel chamavam-se Joel (“Jeová é Deus”) e Abias (“Jeová é Pai”). No entanto, não andaram nos caminhos de seu pai e se inclinaram à avareza, aceitaram suborno e perverteram o direito (1Sm 8.1-3).

O nome Zedequias significa: “Jeová é justo ou justiça de Jeová”. Mas, embora possua bons significados, encontramos na Bíblia um personagem com esse nome que era falso profeta. E o pior. Ele se uniu aos profetas de Baal e esbofeteou o profeta Micaías, homem de Deus, praticando a maior injustiça. E outro profeta chamado Zedequias era imoral e mentiroso (1Rs 22.11,12,24,25; Jr 29.21-23).

Absalão, Judas, Alexandre e Tobias
Absalão significa: “Pai da paz”. Todavia, mandou assassinar Amnom, seu irmão (2Sm 13.32). Traiu seu próprio pai, promovendo rebelião, guerra e destruição em Israel. Mas acabou morrendo tragicamente, com o pescoço pendurado no galho de uma árvore (2Sm 15 a 18).

O significado do nome Judas Iscariotes é: “louvor, louvado”, mas nem por isso Judas deixou de trair Jesus.

Quanto ao personagem Alexandre, cujo nome quer dizer: “defensor ou protetor dos homens”, Paulo diz o seguinte: “Causou-me muitos males” (2Tm 4.14). E referindo-se a outro personagem com o mesmo nome, o apóstolo afirma, em 1Timóteo 1.20: “Entre esses encontram-se Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”.

O nome Tobias significa: “Jeová é bom”. Mas, no Antigo Testamento, esse personagem foi opositor de Esdras e Neemias (Ne 2.10,19). Jeroboão, cujo nome significa: “o que aumenta o povo”, dividiu a nação, mergulhando-a na idolatria e conduzindo-a à destruição (1Rs 13.33).

Se por um lado esses personagens, com nomes de significados tão aprazíveis, não viveram de acordo com aquilo que os seus nomes representavam, por outro lado temos pessoas que, apesar de possuírem nomes com significados negativos, viveram de um modo digno da Palavra de Deus.

“MAUS" NOMES BONS COMPORTAMENTOS
Paulo, Apolo e companheiros

Paulo, por exemplo, significa “pequeno”. Não obstante, foi o maior dos apóstolos, um baluarte da fé, e o maior expoente do pensamento cristão. Foi ele quem lançou as bases doutrinárias da Igreja, difundiu o evangelho em quase todo o mundo conhecido de sua época.

Apolo, apesar de o seu nome ser de um deus da mitologia grega, e significar “destruidor”, foi “poderoso nas Escrituras”, ganhador e edificador de almas, e tido como um grande homem de Deus, ao lado de Paulo e Pedro (At 18.24-26; 1Co 1.12; 3.4-6,22; 4.6).

Entre os companheiros de Paulo, por exemplo, temos:
Hermes - Nome de um deus mitológico. Hermas, nome derivado de Hermes, o intérprete dos deuses do panteão grego.
Herodião - Nome derivado de Herodes que, do siríaco, significa: “dragão em fogo”.
Ninfa - Não obstante possuir o nome de uma deusa da mitologia grega, tinha uma igreja em sua própria casa.
Narciso - Nome de um deus mitológico amante de sua própria beleza.
Nereu - Nome do deus marinho, esposo da deusa Dóris (ninfa marinha e mãe das cinqüenta nereidas).
Febe - Um epíteto de Artemisa, a Diana dos efésios e deusa da Lua.
Epafrodito - Nome derivado de Afrodite, deusa da fertilidade.
Zenas - Derivado de Zeus, o deus supremo do panteão grego.

Todos esses personagens, não obstante seus nomes estarem diretamente ligados aos deuses pagãos, foram homens e mulheres abençoados por Deus. Viveram uma vida pia, santa e justa na presença do Senhor, pois não sofreram as influências negativas das divindades às quais seus nomes estavam ligados. Textos bíblicos que devem ser conferidos: Romanos 16.1; 16.11; 16.14,15; Filipenses 2.25-30; Colossenses 4.15; e Tito 3.13.


Temos, ainda, por exemplo, os quatro jovens hebreus: Daniel, Hananias, Misael e Azarias, que viveram numa corte pagã e tiveram seus nomes mudados por outros ligados às divindades babilônicas. Todavia, não deixaram de ser fiéis ao seu Deus. Pelo contrário, andaram de tal maneira na presença do Senhor que fez que o monarca da Babilônia baixasse um decreto em que todos deviam temer e tremer diante do Deus de Israel (Dn 1.7-21; 2.46-49; 3.1-30; 6.25-28).


Daniel e companheiros
Nome bíblico e o seu significadoDaniel - Deus é meu juiz
Hananias - Jeová é gracioso
Misael - Quem é o que Deus é?
Azarias - Jeová é auxílio, socorro


Nome pagão e o seu significadoBeltessazar - Bel protege o rei
Sadraque - Amigo do rei
Mesaque - Quem é como Aku (o deus da Lua)
Abednego - Servo de Nego ou Nebo


UM NOVO E SECRETO NOME
Acreditamos que os depoimentos aqui apresentados são provas incontestáveis de que os nomes em nada podem contribuir com a pessoa do seu portador no sentido de lhe trazer boa ou má sorte, bênção ou maldição. Pois, independente dos nomes, qualquer pessoa que estiver vivendo distante da comunhão com Deus estará debaixo de maldição e, ao contrário disso, todo aquele que estiver em Cristo Jesus, mesmo que o significado do seu nome seja “destruição ou maldição”, estará debaixo da bênção, porque a bênção não vem pelo nome que a pessoa possui, mas por meio de Cristo e da sua Palavra (2Co 5.17; Rm 8.1; Ef 1.3; Jo 15.1-5,7).

Finalmente, para coroar nosso raciocínio, evocamos do livro do Apocalipse uma passagem que nos assegura que, seja qual for o nome que venhamos a ter nesta vida, na eternidade receberemos um novo nome, compatível com a nova vida que estaremos vivendo no céu, junto do nosso amado Deus, Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).


Notas:1 BETTENCOURT, Estêvão D. Para entender o Antigo Testamento. São Paulo, 1959.
2 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
3 NUNES, J.J. Nomes de batismo. Lisboa, 1936.
4 BLUTEAU R. Vocabulário de nomes próprios. Lisboa, 1936.
5 COSTON, Bom de. Noms Propres. Paris, 1867.
6 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
7 GUÉRRIOS, Rosário Farani Mansur. Nomes e sobrenomes. São Paulo, 1994.
8 Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova
São Paulo, 2000.
9 ROPS, Daniel. O povo bíblico. Porto: 1950.
10 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
11 Dicionário Hebraico - Português, Aramaico – Português. Sinodal: São Leopoldo, 1988.



Autor: Elias Soares de Morais
Fonte:http://www.estudogospel.com.br

Ressurreição X Reencarnação



Quando disserem a vocês: consultem os médiuns, necromantes e os advinhos que chilreiam e murmuram, acaso será que o povo não irão consultar o Senhor seu Deus? Será que a favor dos vivos, irão consultar pessoas que já morreram?

Passarão este povo pela terra duramente se assim fizerem, serão oprimidos e famintos...olharão para a terra e verão angústia, escuridão e sombras de ansiedade e serão lançados para as densas trevas porque não buscaram a Palavra do Senhor. Is 8:19-22.

Assim morreu Saul porque pecou contra o Senhor consultando um medium. 1cron. 10:13.

Quem morre, não aparece entre os vivos, e quem está no inferno não tem mais perdão para o céu. Quem está no céu, não ver mais a terra e seus caos, não se entristece mais, não há choro porque Deus limpa dos seus olhos toda a lágrima(Ap.21:4). Agora, para quem vai para distante de Deus por não conhecer o caminho que é Jesus através de conhecer a sua Palavra, irá se lembrar de tristezas, o sofrimento será constante além de suas forças porque forças não terá mais, preocupações...podemos ver isso no capítulo de Lucas 16:19-31, porque a Nova Aliança nos foi dada a conhecer por Jesus Cristo e ele disse que o sofrimento seria eterno( ele diz: eu sou o Caminho a Verdade e a Vida e ninguem vem ao Pai ao não ser por mim .Jo 14:6, porque a minha palavras são espírito e vida Jo 6:63)separado de Deus depois da morte, será um eterno tormento.

Ressurreição X Reencarnação
- O Espiritismo afirma ser João Batista a reencarnação do Profeta Elias, perguntaram certa vez a João Batista: És tu Elias? Ele disse: Não sou.(Jo 1:21).

- Se reencarnar é encarnar novamente em outra vida depois que se morre(é isso que afirma ser reencarnar, encarnar duas ou mais vezes) como que João Batista seria a reencarnação de Elias se o profeta Elias ainda não morreu? Ele foi levado pelos mistérios de fogo de Deus na frente de várias pessoas como testemunha deste fato e está ele guardado em Deus para ser uma de suas poderosas testemunhas no dia do juízo final. Onde ele está, não sabemos mas se Deus segura o mundo pela Palavra do seu poder como não teria lugar para guardar um homem criado por ele? As coisas que Deus revela é para que saibamos, as que não revelou...são para ele. Dt 29:29.

Reencarnar- quando morremos e voltamos a terra em outro corpo como uma forma de aperfeiçoamento. Afirma-se que cada vez que voltamos a terra é para que possamos terminar uma missão interrompida ou pagarmos algo errado feito por nós em vidas passadas (isso funciona como forma de evolução do espírito humano).

*Então, seria envão Deus Ter vindo ao mundo como homem, para aperfeiçoar o homem pelo que ele fez na cruz, e ele morreu e ressuscitou para perdão dos nossos pecados. Se nós podemos nos aperfeiçoar, nos purificar sozinho sem o nosso criador? Se ele mesmo disse que sem ele nada podemos fazer Jo.15:5.

Se Deus afirma que precisamos dele para nos aperfeiçoar então de onde vem essa doutrina de auto-aperfeiçoamento e de vidas onde na Palavra de Deus diz que depois da morte o juízo daquela pessoa já é definido por Deus, se céu ou fogo de tormento sem paz. ( ler Heb.9:27).

E satanás é especialista em deturpar a Palavra de Deus e espalhar falsas doutrinas, pois os tais são falsos obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois que os seus próprios enviados se transformam em ministros de justiça; e o fim deles será conforme suas obras. 2Cor 11:13-15.

Perguntaram a Jesus se uma mulher que havia ficado viuva 7 vezes, quando ela morresse e chegasse no plano espiritual, no outro lado da vida, de quem ela seria esposa? Porque eles ouviram falar sobre essa terrível doutrina de que quando uma pessoa morre e tem um amor e esse amor for interrompido por uma morte antes do tempo ou coisa parecida, em outra vida ela poderia voltar como mãe, irmã ou até mesmo esposa(o) da mesma pessoa para que a obra entre essas pessoas fosse concluída. Mas Jesus aboliu todas essas mentiras dizendo: Vocês erram porque não conhecem as Escrituras nem o Poder de Deus. Mc. 12:23-27.

Ressurreição
Quando o homem foi criado, foi feito perfeito a imagem e semelhança de Deus sem defeito, sem pecado e nem faltas, mas, esse homem pecou e esse pecado não nasceu no coração de Deus. Ez.28:11...Is 14:...o pecado que corrompeu o homem para viver contra a Palavra de Deus veio do coração de Lúcifer para o coração do homem para que este caia do céu ou seja, não alcance o céu, porque aquele que antes era Lúcifer (filho da Alva) hoje se denomina Satanás, querendo destruir o povo de Deus e espalhar vingança contra Deus nos corações das pessoas, vingança esta que está no seu coração porque foi lançado por Deus do céu .Lc 10:18.

O homem que antes era semelhante a Jesus, quando pecou, contaminou o corpo perdendo a forma de Deus(ficando assim o corpo humano sujeito a doenças, vermes e enfermidades de todos os tipos e formas) porque ele (o homem) deixou que a morte entrasse no seu ser, deturpando a mente com sentimentos de medo, dúvida e inseguranças porcausa da separação do seu criador.

Então, quando o homem recebe a Palavra que está em Jesus, Deus tem como objetivo recuperar a sua imagem no homem através do processo de regeneração. Jo.16:8-10.
*Através deste processo o homem transforma a sua alma dia após dia pela sua mente renovada nos pensamentos e conhecimento da vida eterna e abundante que Deus tem para ele.

*O Homem ganha um coração novo, temente a Deus porque passa a conhecer quem Deus é e quem o homem é em Deus e para Deus, para que no ultimo dia, quando Jesus voltar para revelar os segredos dos corações das pessoas, esses corações regenerados sejam para glória e semelhança dele, então haverá Ressurreição, corpos novos sem pecados, não nascidos de carne humana mas transformados por Deus para que todo o nosso corpo de pecado seja destruído.
Dois tipos de ressurreição:

Da morte para vida, que foi o caso de Lázaro que adoeceu, morreu para Jesus ressuscitar e ser reconhecido como Filho do Deus que se revela. Jo 11.

Ressurreição do último dia quando aquele que estava morto irá levantar com outro corpo dado por Deus, transformado em glória assim como Jesus quando ressuscitou. 1Tes. 5:23.
*Temor= amor + respeito. 







Autor: Surama Costa
Fonte:http://www.estudogospel.com.br





A Maldição do Discurso Motivacional




No último domingo, um jovem veio falar comigo após o culto. Ele é o tipo de pessoas que aparece na igreja de vez em quando e desaparece por um longo período. Imagino que ele anda pelas igrejas experimentando sermões e procurando por respostas. Nessa vista, ele pediu que eu o ajudasse a superar uma falha em sua vida, e era uma falha em progredir. Ele disse que seu maior problema é que não acreditava em si mesmo. Como eu poderia ajudá-lo a acreditar em si mesmo de tal forma que ele se tornasse bem-sucedido?

Eu perguntei se ele era cristão. Sua resposta foi “Eu realmente preciso a fim de ser bem-sucedido? Você está me dizendo que todas as pessoas bem-sucedidas por aí são cristãs? Não existem princípios gerais que eu possa aplicar a minha vida – quer eu seja cristão ou não – que podem me alavancar ao sucesso?”. Eu o desafie a responder ele mesmo a essas perguntas. Afinal, eu tinha certeza de que ele tinha já passado bastante tempo entre palestrantes motivacionais para ter a resposta.

“Esse é o problema”, ele disse, “Me ensinaram que esses princípios existem e tentei colocá-los em prática. Eles parecem funcionar por um tempo e então eu volto ao meu antigo eu. Quero que você me ajude a encontrar uma fórmula que me ajudará a seguir adiante e nunca voltar a não acreditar em mim mesmo”. Para encurtar a história, finalmente o persuadi da necessidade de reconciliação com Deus antes que alguém possa libertar-se da rotina de frustração onde Deus acorrenta pecadores irreconciliados.

Eu o entreguei um livro para ler, chamado O que é um Cristão Bíblico? Quando nos encontramos no dia seguinte, ele foi honesto o bastante para me dizer que estava decepcionado com o que leu, pois não o estava ensinando o que ele queria ouvir. “O que eu quero saber é como posso ser bem-sucedido. Esse livro não diz nada sobre isso”. Repeti o que já tinha dito. O que ele precisava não era acreditar em si mesmo, mas crer em um Salvador enviado pelo céu. Ele precisava de perdão como fundamento de sua vida.

Ontem, um membro da igreja me contou que encontrou aquele jovem em um mercado. O rapaz tinha dois livros em suas mãos. O primeiro era aquele que eu o dei e o segundo era um de Joel Osteen. Ele disse a nosso membro: “Pastor Mbewe me deu esse livro, mas eu não gostei porque me faz sentir culpa. Prefiro o do Joel Osteen porque me anima, me motiva”. Fiquei muito preocupado com isso, então decidi apresentar alguns pensamentos sobre a maldição do discurso motivacional.

Infelizmente, o discurso motivacional tornou-se a dieta básica de muitos púlpitos evangélicos. A mensagem ouvida é “Deus te deu potencial e tudo o que você precisa para liberar esse potencial é acreditar em si mesmo. Tenha uma grande visão e viva essa grande visão. Você deve ser um homem ou uma mulher de futuro e o céu não será o limite para você. Não deixe que seus fracassos passados obstruam seu caminho para o sucesso. Olhe além deles, como Jesus olhou além da cruz e, portanto, a superou. Você é cabeça, não cauda”.

À luz dos excessos do discurso motivacional, fica a questão: “É dessa forma que os pregadores do Antigo e do Novo Testamento pregavam?”. Se resumirmos a pregação de Noé, Moisés, Elias, Isaías, Jonas, Paulo, Pedro etc., na Bíblia, é esse o tipo de mensagem que encontraremos? Eu acho que não. Certamente os palestrantes motivacionais pegam algumas palavras emprestadas, mas emprestar as palavras de alguém não é dizer o mesmo que essa pessoa diz. “Um texto sem contexto é pretexto.

Minha principal discordância com o discurso motivacional é que reduz Deus a um meio ao invés de o fim. Homens e mulheres não são capazes de perceber que a natureza do pecado se encontra no “eu”. O discurso motivacional, por outro lado, alimenta esse mesmo ego e aponta para Deus como aquele que pode mimá-lo a ponto de intoxicar-se. Isso é uma mentira! É somente Deus quem deve ser o centro de nossas vidas. O cristianismo exige a morte do ego, carregar a sua própria cruz, seguir um Salvador sofredor.

Sempre que ouço o discurso motivacional, parece que ouço a mensagem “Paz, paz” onde não há paz. Me parece um médico assegurando a um paciente com câncer terminal nos estágios finais de que ele não precisa se preocupar porque tudo ficará bem se ele apenas acreditar em si mesmo. Ele está morrendo, avise-o! É o cúmulo da insinceridade um pregador saber que o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23) e fazer aqueles que caminham para o matadouro apenas sentirem-se bem.

O discurso motivacional faz as pessoas sentirem-se bem, enquanto o Evangelho faz primeiro as pessoas sentirem-se mal – até que elas encontrem seu tudo em Cristo. A verdadeira pregação deve fazer as pessoas encararem o fato de que estão vivendo em rebelião contra Deus e que precisam arrepender-se ou perecerão. É somente quando as pessoas reconhecem isso e clamam “O que devemos fazer para sermos salvos?” (At 2.37, 16.30) que a verdadeira pregação as dá boas notícias: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13).

O discurso motivacional é um tentativa de matar um leão ameaçador com uma pequena zarabatana de feijão, usando como munição feijões recentemente cozinhados, preparados com os temperos mais aromáticos. O cheiro pode até atrair o alvo, mas será inútil para derrubar aquela fera selvagem. Homens e mulheres fora de Cristo estão MORTOS em transgressões e pecados. Estimular seus sentidos com frases de efeito banais não lhes dera vida. Eles precisam da Lei para matar seus egos caídos e do Evangelho de Jesus Cristo para receber vida.

Eu sei que o discurso motivacional está enchendo nossas igrejas até que elas pareçam com estádios de futebol. Em um mundo de miséria e melancolia, todos nós precisamos de algum encorajamento. Mas isso é tudo para o que fomos chamados como pregadores? Quem bem há se homens se sentem inspirados e motivados, e então voltam para casa vivendo uma vida de pecado e egoísmo? Infelizmente, essa é a norma em muitas igrejas evangélicas. As igrejas estão lotadas de pessoas determinadas a beber o pecado como água por toda a semana.

Discurso motivacional não é pregação bíblica. É uma praga na paisagem do verdadeiro evangelicalismo. Está enchendo as igrejas com pessoas mortas que estão sendo ensinadas a viver como se estivessem vivas. Precisamos retornar ao bom e velho Evangelho que verdadeiramente dá vida aos mortos e liberta homens e mulheres. Como Paulo fazia, cada púlpito verdadeiramente evangélico deve soar a clara mensagem do “arrependimento para com Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 20.21). Fujamos dessa maldição do discurso motivacional!


por Conrad Mbewe
Fonte: iPródigo