2Co.1.1-7
Introdução: Já na primeira carta Paulo havia dito que entrou na comunidade em muita tristeza. Quem pensa que o homem de Deus não passa por aflição está enganado. Alias quando se fala em pastor, é o pastor que sempre tem que ter um sorriso, uma palavra amiga, uma presença imprescindível; um estímulo forte; mas, quando o pastor, ou qualquer outro líder que labuta na causa do mestre, se ás vezes são alguns poucos amigos que consolam, mas e quando faltam? É justamente aqui que a nobreza da carreira cristã nos encanta; pois, quando pensarmos que estamos á sós; Ele está conosco, Seu socorro é presente, sua voz é mansa e delicada, seu consolo ninguém supera; por isso que Paulo o chama de “Pai das misericórdias” e “Deus de toda a consolação”.
1. UMA SAUDAÇÃO ESPECIAL E INSPIRADORA
1.1 Sua identificação pessoal e os destinatários: “Paulo” Em outras palavras “o vivo”; o que muitos pensavam que não suportaria devido o quanto se dava á Cristo. Ele se identifica aos santos em Corinto que Deus esteve com ele e lhe deu vitória. Paulo, o doutrinador, mas também o sofredor pela causa, Paulo, o que amina; mas que também sofre aflições; Paulo o que consola aquele que pode; mas que também é consolado Por Aquele que tudo pode! Ainda que fosse uma minoria contraria, ele se dirige á “igreja de Deus” e “os santos que estão em toda a Acaia”. Ele sabia que um grande numero de “santos” oravam ainda por ele, e Deus ouvia vossas orações; se há uma coisa que Paulo não tinha vergonha de fazer era de suplicar as orações dos santos (Ef.6:19); mas ele mesmo também não deixava de orar. “ITs.5:17”.
1.2 O apostolado Paulino e a vontade de Deus: Deus ao escolher Paulo, estava cumprindo sua boa, perfeita e agradável vontade. Quem o chamou foi Cristo é isto ele não tinha dúvidas. Sabe todo cristão deveria ter esta certeza de quem o chamou (Jo.15:16)
1.3 Sua saudação especial: Debaixo do favor de Deus Paulo se sente totalmente investido de autoridade em ministrar os presentes de Deus a igreja: “graça a vós e paz,...” Ele sabia que tudo em sua vida era pela graça do Senhor Deus e de Jesus. Só a sua separação mostra o que é graça. A paz de Deus que excede todo o entendimento permeava a vida deste homem em meio aos percalços da lida ministerial. Graça e paz uma saudação especial para uma igreja, para uma família, para um ministério.
2. AFLIÇÃO E CONSOLO
2.1 Paulo, sua fé e gratidão: Paulo escreve aos tessalonicenses que “em tudo daí graças”. Este homem tinha a capacidade de aperfeiçoar o seu senso de gratidão das mais abruptas situações; ainda que no seu interior a tristeza quisesse imperar. Ao dizer: “Bendito seja o Deus e Pai...” Bendito, é o que sai de um homem aflito. Não seria está uma lição para praticarmos? Jó, prostou-se ao chão e adorou? Habacuque disse ainda que....não....nem haja...todavia eu....!
Deus tem um profundo senso de gratidão pelas pessoas que lhe são gratas. Faltar-nos-ia tempo, contando de Abraão, do ex-leproso, de Paulo. A fé nos leva á agradecer e nos afasta da semelhança de Satanás, o eterno mal agradecido.
2.2 O consolo divino e o consolo comunitário: Não é de nos admirarmos as inúmeras vezes que passamos por uma aflição, e nos perguntamos o porque, e vemos que um pouco á frente alguém; chega até nós, com o mesmo problema, ou parecido e dizemos “em passei por isso e venci”. É exatamente o que diz o texto do versículo 4. “...nos consola em toda a tribulação...” Não estamos só na tribulação ele vem como um bálsamo em nossa dor, nos sara; tudo isto para: “...para...” vamos parar no “para”! Se pararmos nos “para” da Bíblia....quantas lições!
A tribulação, a aflição vem, acontece, “para” um propósito. Deus tem um propósito naquilo que passamos. É plano de Deus muitas situações de aflições, porque Ele tem um “para” , ou “propósito”.
Veja “...para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação...” Não esperemos que a tribulação que passou sobre nossa vida não servirá para consolação de alguém. Alguém Deus estará deixando para passar pelo nosso caminho, e a consolação Dele em nós servirá para alguém.
2.3 A afliçao na experiência Cristã: É inevitável; seremos afligidos de diversas formas, pois se para Cristo queremos abundar em glória, em sua obra, muito mais aflição passaremos. Ser pastor nunca foi fácil; Davi já dizia que “tua vara e teu cajado me consolam”. O crente que não experimenta aflição em virtude de pagar um grande preço para isto, o que terá de consolo á alguém? Paulo foi incisivo contra os falsos que não queriam sofrer por amor á Cristo e sua causa. Bem aventurado os que sofrem; tende grande gozo, quando cairdes em varias provações, pelo que sinto prazer nas injurias, etc.. são parte da vida de uma crente que nasceu de novo.
3. AMARGURA E LIBERTAÇÃO
3.1 Paulo enfrenta uma terrível tribulação: A ponto de quase morrer. No capitulo 11 ele traz uma lista de perigos em muitas vezes, mas está do versículo oito é muito forte. Eles quase se desesperaram da vida; mas, uma fé imbatível é aflorada: Deus ressuscita dos mortos. Por diversas vezes também passamos por perigos de terrível tribulação. Saiba que em meio a uma tempestade, quando não sente uma mão segurar a sua, saiba que nem por isso; a mão do Todo-Poderoso te alcança. Louvamos a Deus pelos inúmeros irmãos que já venceram terríveis tribulações. Você também vai vencer.
3.2 Paulo confia em Deus para sua libertação: Em Rm. 8 vemos uma lista de que Paulo não tinha medo, inclusive da“morte”. Mas quem quer morrer logo? Ao escrever 1Ts.4:13ss ele diz “depois nós” Ele agradece a Deus por não chegar naquele momento a sua hora; pois confiava na ajuda do Senhor para o livrar. Em outra ocasião agradeceu ao Senhor por tê-lo livrado “da boca do leão”.
3.3 Paulo confiou e foi liberto: Deus o conservou para esperar de Tito; boas notícias. Qualquer que seja tua amargura; se pensas que está uma situação de beco sem saída; Deus ainda “nos livra de todas as nossas angustias; amarguras”. Não que nunca mais passaremos; mas que sempre Ele nos ajudará.
Conclusão: As abundantes aflições na vida de Paulo, o forjaram para a ajuda de outras vidas. Nunca desprezemos por menor que seja uma aflição; pois o Consolador Amado nos confortará, fortalecerá e confirmará a obra de Deus em nós, sobre nós e por nós.
Pb. Fernando Cardoso