Aula 14 - A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES



Texto Básico: Fp 4:10-13

"Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4:12,13)

INTRODUÇÃO


Vivemos num mundo onde só há uma certeza: a presença de momentos de aflição. Jesus, deixou claro que no mundo teríamos aflições(João 16:33b) e, ao anunciar a edificação da sua Igreja, já foi logo dizendo que ela teria de enfrentar as portas do inferno(Mt 16:18).

Vimos ao longo deste trimestre situações difíceis que o cristão está propenso a passar, tais como: dramas biológicos – enfermidades na vida do crente(vimos nas lições 1, 2 e 3); dramas sociais (lição 4 e 5); dramas familiares (lições 7 e 8); dramas materiais (lições 9 e 10); dramas de relacionamento ( lições 11 e 12). Para onde nos viramos contemplamos o clamor das pessoas, o desespero tomando conta dos corações, famílias enfrentando problemas os mais sérios possíveis; assim caminham os povos do mundo inteiro. São momentos de dores, de guerra, de conflitos, de incompreensão, de sofrimento contínuo, a que tudo chamamos de aflições do presente século, confirmando as palavras do Apóstolo Paulo.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, diz: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm 8:38,39). A convicção firme e inabalável de Paulo é que nem a crise da morte, nem as desgraças da vida, nem poderes sobre-humanos, sejam eles bons ou maus(anjos, principados, potestades), nem o tempo(presente ou futuro), nem o espaço (alto ou profundo), nem criatura alguma, por mais que tente fazê-lo, poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Temos vida plena como a de Paulo nos momentos de aflições?

Quando as aflições nos cercarem a ponto de pretenderem nos levar à morte ou nos proporcionar impiedoso sofrimento, quando forças opositoras do presente século nos proporcionarem insuportável fardo, quando as expectativas sombrias de um futuro incerto nos assustarem, lembremo-nos: há um amor imensurável, aconchegante, ilimitado, incondicional que pode nos proporcionar incomparável alívio. Esse amor é o Amor de Deus. Lancemos, pois, mão desse trunfo e vençamos todas as aflições que eventualmente nos sobrevierem. O próprio Senhor Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições. Todavia, Ele conclui dizendo: “…mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”(João 16:33).

I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA

Depois de Jesus, uma das pessoas que mais experimentou aflições por amor a Cristo foi o apóstolo Paulo. Ouça-o: “...eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2Co 11:23-28). Durante toda a sua dor e o seu sofrimento, Paulo podia dizer em triunfo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18).

Além dos cruentos sofrimentos exarados em 2Co 11:23-33, Paulo padecia de uma aflição contínua, que o acompanhou a vida inteira: uma enfermidade, que ele denominou de “espinho na carne”. No início de 2Coríntios 12, Paulo descreve seu arrebatamento ao terceiro céu e sua visão gloriosa. Viu coisas que não é lícito ao homem referir. Depois da glória, porém, vem a dor; depois do êxtase, vem o sofrimento. Em 2Coríntios 12:7-10, Paulo faz uma transição das visões celestiais para o espinho na carne. Que contraste gritante entre as duas experiências do apóstolo! Passou do paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Provou a bênção de Deus no céu e sentiu os golpes de Satanás na terra. Paulo passou do êxtase do céu à agonia da terra. Vamos examinar alguns pontos importantes:

1. O sofrimento é inevitável. Paulo dá seu testemunho: "E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte" (2Co 12:7). Não há vida indolor. É impossível passar pela vida sem sofrer. O sofrimento é inevitável. O sofrimento de Paulo é tanto físico quanto espiritual.

2. O sofrimento é indispensável. Por que o sofrimento é indispensável?

a) Porque evita a soberba. O espinho na carne impediu que Paulo inchasse ou explodisse de orgulho diante das gloriosas visões e revelações do Senhor. O sofrimento nos põe em nosso devido lugar. Ele quebra nossa altivez e esvazia toda nossa pretensão de glória pessoal. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do sofrimento. O propósito de Deus não é nossa destruição, mas nossa qualificação para o desempenho do ministério. O fogo da prova não pode chamuscar sequer um fio de cabelo da nossa cabeça; ele só queima nossas amarras. O fogo das provas nos livra das amarras, e Deus nos livra do fogo. O apóstolo Paulo diz que o espinho na carne era um mensageiro de Satanás. Mas o campo de atuação de Satanás é delimitado por Deus. Satanás intenciona esbofetear Paulo; Deus intenciona aperfeiçoar o apóstolo.

b) Porque gera dependência constante de Deus. "Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim" (2Co 12:8). O sofrimento levou Paulo à oração. O sofrimento nos mantém de joelhos diante de Deus para nos colocar de pé diante dos homens. Paulo sabe que Deus está no controle, não Satanás. Se Satanás realizasse seu desejo, ele teria preferido que o apóstolo Paulo fosse orgulhoso em vez de humilde. Os interesses de Satanás seriam muito melhor servidos se Paulo fosse se tornar insuportavelmente arrogante.

c) Porque mostra a suficiência da graça. "Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo" (2Co 12.9). A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus é que nos capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus é o tônico para a alma aflita, o remédio para o corpo frágil, a força que põe de pé o caído. A graça de Deus é a provisão de Deus para tudo de que precisamos, quando precisamos. A graça nunca está em falta; ela está continuamente disponível. Não devemos orar por vida fácil; devemos orar para sermos homens e mulheres capacitados pela graça.

3. O sofrimento é pedagógico. A vida é a professora mais implacável: primeiro, dá a prova e, depois, a lição. A dor sempre tem um propósito, mais que uma causa. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Se Deus não remove o espinho é porque ele está trabalhando em nós, para depois trabalhar por meio de nós.

4. O sofrimento pode ser um dom de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós, e não por nós. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque, por meio desse incômodo, Deus protegeu Paulo daquilo que ele mais temia: ser desqualificado espiritualmente (1Co 9:27). Ele sabia que o orgulho destrói. Viu-o como algo que Deus fez a seu favor, e não contra ele.

5. Satanás pode ser o agente do sofrimento. Espere um pouco: é Satanás ou Deus quem está por trás do espinho na carne de Paulo? Como é que um mensageiro de Satanás pode cooperar para o bem de um servo de Deus? Parece uma contradição total. A inferência é que Deus, na sua soberania, usa os mensageiros de Satanás na vida dos seus servos. As bofetadas de Satanás não anulam os propósitos de Deus, mas contribuem para eles. Até mesmo os esquemas satânicos podem ser usados em nosso benefício e no avanço do reino de Deus. O diabo intentou contra Jó para afastá-lo de Deus, mas só conseguiu colocá-lo mais perto do Senhor.

6. Deus nos conforta em nossas adversidades. A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava nem a que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus respondeu a Paulo que ele não o havia abandonado. Não sofria sozinho. Deus estava no controle da sua vida e operava nele com eficácia.

7. A graça de Deus é suficiente nas horas de sofrimento. Deus não deu a Paulo o que ele pediu; deu-lhe algo melhor, melhor que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. O nosso Deus é o Deus de toda a graça (1Pe 5:10).

8. Finalmente, o sofrimento é passageiro. O sofrimento deve ser visto à luz da revelação do céu, do paraíso. O sofrimento do tempo presente não é para se comparar com as glórias porvir a serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória (2Co 4:14-16). Aqueles que têm a visão do céu são os que triunfam diante do sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras inefáveis do paraíso são os que não se intimidam com o rugido do leão.

O sofrimento é por breve tempo; o consolo é eterno. A dor vai passar; o céu jamais! A caminhada pode ser difícil. O caminho pode ser estreito. Os inimigos podem ser muitos. O espinho na carne pode doer. Mas a graça de Cristo nos basta. Só mais um pouco, e nós estaremos para sempre com o Senhor. Então o espinho será tirado, as lágrimas serão enxugadas, e não haverá mais pranto, nem luto, nem dor.

II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO

O contentamento é um aprendizado, e não algo automático. O aprendizado do contentamento cristão, porém, se dá pelo exercício da confiança na providência divina.

1. Apesar da necessidade não satisfeita. A vida de Paulo não floresceu num paraíso de arrebatadoras venturas. Ele passou por grandes necessidades. Sabia o que era fome, sede, frio, nudez, prisões, açoites, tortura mental e perseguições(cf 2Co 11:23-27). Ele teve experiências de alegrias e aflições, mas na urdidura dessa luta aprendeu a viver contente. Seu contentamento, porém, não emanava dele mesmo, mas de outro, além de si mesmo. A base de seu contentamento é Cristo. Humilhação ou honra, fartura ou fome, abundância ou escassez eram situações vividas por ele, mas no meio delas, e apesar delas, aprendeu a viver contente, pois a razão do seu contentamento estava em Deus, e não nas circunstancias.

O que determina a vida de um indivíduo não é o que lhe acontece, mas como reage ao que lhe acontece. Não é o que as pessoas lhe fazem, mas como responde a essas pessoas. Há pessoas que são infelizes tendo tudo; há outras que são felizes não tendo nada. A felicidade não está fora, mas dentro de nós. Há pessoas que pensam que a felicidade está nas coisas: casa, carro, trabalho, renda. Mas Paulo era feliz mesmo passando por toda sorte de adversidades (2Co 11:24-27). Mesmo passando por todas essas lutas, é capaz de afirmar: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte" (2Co 12:10).

2. Apesar das perseguições. No princípio da Igreja, os cristãos enfrentaram muitas perseguições por causa da pregação do evangelho de Cristo, entretanto, esta situação não lhes tirava a alegria, senão vejamos:

a) Os discípulos, depois de serem açoitados por ordem do Sinédrio, saíram regozijando, ou seja, cheios de alegria, porque haviam sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus (At 5:40,41).

b) Estêvão, mesmo enfrentando uma multidão enfurecida que o haveria de matar, exultou ao ver o Filho do homem à direita de Deus, alegria esta que não diminuiu com o apedrejamento que se seguiu a esta visão (At 7:54-57).

c) Paulo e Silas, mesmo no cárcere interior (que era o compartimento mais terrível de uma prisão romana, situado no subterrâneo, sem qualquer iluminação, certamente úmido e fétido), com as mãos e pés amarrados, tendo sido açoitados, à meia-noite, cantavam hinos a Deus (At 16:24,25), prova de que toda esta situação não lhes roubara a alegria.

d) Paulo, apesar de estar preso, não só mostrou a sua alegria, mas estimulou a que os filipenses também a sentissem (Fp 3:1; 4:4). Por isso o apóstolo pôde dizer aos crentes de Corinto que, mesmo que contristado, sempre estava alegre (2Co 6:10).

3. Apesar da pobreza – “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação (Fp 4:11). Paulo ressalta que ele é independente de circunstâncias seculares. Ele havia aprendido “a viver contente”, qualquer que fosse a situação financeira. O contentamento é muito melhor que as riquezas porque “mesmo que o contentamento não produza riqueza, ele consegue atingir o mesmo objetivo banindo o desejo delas”.

É válido ressaltar que nos primeiros dias do ministério de Paulo, quando ele partiu da Macedônia, nenhuma igreja se associou a ele financeiramente, a não ser os filipenses(cf Fp 4:15). Mesmo quando Paulo estava em Tessalônica, os filipenses mandaram não somente uma vez, mas duas, o bastante para as suas necessidades(cf Fp 4:16). É evidente que os filipenses mantinham tão estreita comunhão com o Senhor que Deus podia orientá-los com respeito às suas contribuições. O Espírito Santo fez pesar o coração deles com relação às necessidades do apóstolo Paulo, e eles responderam enviando-lhe dinheiro não somente uma vez, mas duas. Contudo, é importante destacar que Paulo põe toda a ênfase de sua alegria no Senhor(Fp 4:10), e não na generosidade dos filipenses. Ele sabia que os crentes de Filipos eram apenas os instrumentos, mas que o Senhor era o inspirador. Paulo tinha profunda consciência de que a providência de Deus, às vezes, opera por meio das pessoas. Assim, Deus supriu suas necessidades por intermédio da igreja. Ele agradece à igreja a provisão, mas sua alegria está no provedor.

III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO

1. Através das experiências. "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade" (Fp 4:12). Neste texto, Paulo expõe sua maturidade, sua experiência na jornada cristã. A Bíblia Sagrada mostra-nos que o crescimento espiritual é progressivo. É um processo. Jesus precisa ser formado em nós (Gl 4:19).

As grandes lições da vida nós as aprendemos no vale da dor. O sofrimento é não apenas o caminho da glória, mas também o caminho da maturidade. O rei Davi afirmou: “Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119:71). O patriarca Jódisse que antes do sofrimento conhecia a Deus só de ouvir falar, mas por meio do sofrimento seus olhos puderam contemplar o Senhor (Jó 42:5).

Paulo, em Romanos 5:3-5, descreve os três estágios para se adquirir a maturidade cristã: “a tribulação produz a paciência; a paciência, a experiência; a experiência, a esperança; a esperança, a certeza”.

Ao comparar a vida espiritual ao desenvolvimento de uma videira, Jesus mostrou que se trata de um processo lento, continuado e não de um toque de mágica. A salvação é instantânea, pois a vida é um milagre, que surge repentinamente, porém, o crescimento já não é desta ordem, exige uma continuidade. A formação de qualquer fruto, da semente gerada ao fruto maduro, será sempre um tempo prolongado. Assim, a formação do Fruto do Espírito na vida do cristão não acontece num único ato, mas, é um processo formado por muitos atos “até que todos cheguemos... a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”(Ef 4:13).

2. Não pela auto-suficiência. A auto-suficiência leva-nos a uma sensação de independência e quando somos tomados por este ilusório sentimento que se aflora em ações inconsequentes, estamos já perto, muito perto, do iminente fracasso. O servo de Deus por mais preparado que possa ser, por mais experimentado que seja, deve sempre compreender que precisamos sempre de Deus, o Todo Poderoso. Torna-se necessário, então, termos cuidado para não incorrermos no errôneo caminho da auto-suficiência. Paulo estava sempre consciente de sua total dependência de Deus. Ele mesmo escreveu: “...a nossa suficiência vem de Deus”(2Co 3:5, ARA).

3. Tudo posso naquele que me fortalece. “Tudo posso naquele que me fortalece”(Fp 4:13 –ARA). Há pessoas que costumam usar esse texto de Paulo aos Filipenses como um aval bíblico ativo para diversas empreitadas pessoais. Os adeptos da Teologia da Prosperidade tomam-no fora do seu contexto e utilizam-no imediatamente, fazendo com que muitos crentes acreditem que podem possuir o que quiserem, já que é Deus quem lhes garante isso. Mas, o contexto em que essa frase está inserida não corresponde ao que está sendo pronunciado em muitos de nossos púlpitos. Como sempre, é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato, Fp 4:10-20, indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11); “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.

Portanto, ao dizer “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado, que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria tudo que ele precisava. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4:19). Amém!

CONCLUSÃO

Em nossa jornada rumo à Formosa Jerusalém, jamais haverá ausência de conflitos. Portanto, devemos saber conviver com eles, sabendo que Jesus está conosco no barco, o que significa que jamais seremos abandonados. Qualquer tempestade, não importando a sua origem ou a sua magnitude, não pode resistir ao poder e à autoridade do Filho do Deus vivo que criou todas as coisas e as tem sob o seu controle. Você precisa estar cônscio dessa realidade. Deve ter convicção de que serve a um Senhor bom, maravilhoso, que o ama, que é todo-poderoso e que detém o controle de tudo. Ele prometeu estar conosco sempre, até a consumação dos séculos; por toda a eternidade, e é fiel para cumprir isto. Lembre-se, todas as coisas contribuem para o bem de quem ama a Deus(Rm 8:28). Quem não ama ao Senhor não tem condição de entender que as aflições e bênçãos, juntas, são os meios com os quais Deus faz com que cresçamos. Então, não importa a tribulação que você esteja vivenciando na sua casa, no seu trabalho. Jesus está com você e irá conduzi-lo em triunfo para fora dessa aflição ou dará uma ordem para que ela cesse, quando tiver cumprido seu propósito em sua vida.

Quero agradecer a todos que me seguiram ao longo deste trimestre letivo. Confesso que as 14 Lições estudadas me deram mais solidez espiritual e maturidade cristã. Espero que você, também, tenha se conscientizado de que, apesar dos percalços, das aflições da vida, é possível ter uma vida plena da graça de Deus. Estamos cientes de que "as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8:18). “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”(Salmo 34:19). Amém!


Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 51 – CPAD.
Buscando as coisas que são de cima – Rev.Hernandes Dias Lopes.
Filipenses(A alegria triunfante no meio das provas) – Rev.Hernandes Dias Lopes.
Paulo(o maior Líder do Cristianismo) – Rev.Hernandes Dias Lopes.
STANLEY, Charles. Como lidar com o sofrimento. Belo Horizonte:Betânia, 1995.

Andando no Espírito




“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde”…Mt.11:29-30

Vida no Espírito é lago que se renova a cada manhã. Infelizmente, hoje existem pessoas sobrecarregadas e até mesmo dentro da igreja. Sobrecarregadas por: circunstâncias, problemas, etc… Deus quer nos liberar de toda carga através desta vida no Espírito. (Gl 5.25-26)

COMO FAZER PARA NÃO DEIXAR DE ANDAR NO ESPÍRITO?

1) SENDO FERVOROSO NO ESPÍRITO – RM.12:11 – SERVINDO AO SENHOR.

Ser fervoroso no Espírito é ser apaixonado pelo Senhor e o seu propósito.

• Infelizmente, hoje a igreja tem perdido esta paixão.

2) COMO A IGREJA TEM PERDIDO ESTA PAIXÃO?

A) Quando nós deixamos as coisas preciosas ser tornarem coisas comuns.

• Hoje em dia o diabo tem tirado o valor de tudo o que tem valor para Deus – Jo.10:10

• O povo de Deus sempre foi conhecido pela sua alegria em toda história.

• A igreja perdeu o fervor na humanização

B) Quando começamos a depender das coisas externas, de fora, e não do fluir verdadeiro de Deus – Jo.4:23-24

• Para os filhos de Deus a base de tudo tem que vir de DEUS, Ele é a única fonte dentro de nós

• Somos o seu templo, e temos que viver como tal

• A cada manhã temos que acordar cheios do Espírito

3) VIVEMOS EM UM MUNDO APÁTICO = RM 12:1-2

• A apatia vem sobre nós quando nós nos conformamos com a situação.

• Temos que tomar muito cuidado com os nosso filhos.

4) A IGREJA TEM PERDIDO A VISÃO DO PROPÓSITO DE DEUS, ELA PERDEU O ALVO.

• Uma Igreja que vê o propósito de Deus com clareza é uma Igreja fervorosa – (Num.13:14)

• Os que perdem o alvo morrem no deserto.

• O alvo de Deus deve estar estampado em nós.

• Hoje em dia a Igreja tem se voltado mais para a estrutura do que para as vidas.

5) PORQUE O FERVOR É TÃO IMPORTANTE?

R: Porque ele é primordial na vida da Igreja, é uma prioridade.

Líderes, pastores, músicos, cada serviço deve ser realizado com paixão a Deus. Amor e paixão pelo os irmãos – (Jo.13:34-35)

• Não podemos fazer a obra de Deus sem paixão!

• Deve ser uma prioridade na minha vida o que eu amo. Temos que observar na vida dos discípulos o que é prioridade.

• O que queima por dentro deve fazer diferença por fora

• O que queima por dentro você sente o cheiro por fora, e o cheiro deve ser o cheiro de Cristo.

• Eu sei o quanto custou o preço da minha vida para Jesus.

• Eu não devo ficar preocupado em ser o melhor, mas em dar o melhor para Deus, o melhor para o Senhor da minha vida.

• Ser apaixonado por tudo aquilo que Deus ama.

COMO RESTAURAR A PAIXÃO PELO O MOVER?

1) OLHANDO PARA JESUS – É IMPOSSÍVEL ALGUÉM OLHAR PARA JESUS E NÃO FICAR APAIXONADO POR ELE . – EF.5:14/ HEB.12:2/ II COR.3:18

• Nós contemplamos o Senhor Jesus, contemplando o verbo = a palavra.

• Contemplar Jesus é contemplar a palavra de Deus.

• Podemos contemplar Jesus olhando para os nosso irmãos – Mt.18:20

2) PODEMOS RESTAURAR A PAIXÃO RETORNADO AO PRIMEIRO AMOR.

• Deve ser uma prioridade – Ap. 2:4

• Voltar ao primeiro amor fala de valores que se perderam

• Temos que resgatar os valores perdidos

• Primeiro amor é comunhão com Deus

3) DEIXE O ESPÍRITO SANTO ATIVAR OS SEUS DONS.

• Muitos não aprendem a desenvolver os seus dons – Ef.4:8

• Muitos enterraram os seus dons

• Temos que ajudar cada discípulo a desenvolver os dons

• Cada um tem um dom pelo menos – I Pe.4:10

• A partir do natural Deus dá o sobrenatural

4) FAÇA TUDO, AINDA QUE SEJA POUCO, FAÇA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS

• Identifique os dons

• Santifique

• Deus unge tudo isso

• Submeta os seus dons ao corpo

• Submeta os seus dons aos líderes

• Submeta os seus dons a palavra de Deus

- Não agrada a Deus o enterrar os talentos – Mt.25:14-30

- A Igreja deve ser um lugar onde os dons precisam ser despertados

5) VIVA E ANDE PERTO DE GENTE APAIXONADA POR DEUS.

• Jovens, olhem para pessoas apaixonadas por Deus

• No trabalho, seja sócio de pessoas apaixonadas por Deus

6) NUNCA SE ESQUEÇA DE TUDO O QUE DEUS FEZ POR VOCÊ

• Um exemplo negativo – o povo de Israel – Num.12 e 14

• Sl.103 – Seja sempre grato ao Senhor por tudo, e nunca se esqueça do que Ele já fez por você.

Andar no Espírito, ser cheio do Espírito, plenitude do Espírito



Autor: Asaph Borba

Fonte:: http://www.reflexoesevangelicas.com.br

Onde você está buscando?




E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Lucas 24:5

É triste ver em nosso tempo como vidas que se dizem cristãos manifestam um vazio dentro deles. A maioria está em busca de um relacionamento maior com o Senhor, mas sem duvida estão buscando entre os mortos. É tempo de tomar uma determinação e buscar lhe em espírito e em verdade. Dessa forma sua gloria e seu poder serão manifestos em nossa vida.

O que implica um relacionamento pessoal com Cristo?

- Definição de relacionamento: conexão, correspondência, trato, comunicação de uma pessoa com outra.

- Para ter um relacionamento, devemos ter um conhecimento pleno da pessoa com a qual estamos nos relacionando.

- Para ter conhecimento de uma pessoa temos que conviver com ela e experimentar seu estilo de vida

- É por isso que para ter um relacionamento com Cristo devemos, não somente ter um relacionamento com Ele, mas também ter um conhecimento pleno de quem Ele é.

Onde você esta buscando?

Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. (Isaías 55:6-9)

Talvez você esta buscando:

- Nos prazeres passageiros deste mundo que nada podem oferecer

- Nos momentos de crises e dificuldades somente

- Na vaidade da vida porque a pressão do mundo te obriga a esse estilo de vida

- Na satisfação pessoal que pode ser obtida nas conquistas pessoais

- Na fama e no reconhecimento que te pode brindar um estilo de vida

Lamentavelmente se não existe um conhecimento pleno e um relacionamento pessoal total com Deus nunca o encontraras onde verdadeiramente Ele se encontra

Onde podes encontrar Deus?

Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. E serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei voltar os vossos cativos e congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei. (Jeremias 29:12-14)

Três fatores determinantes para buscar a Deus e encontrá-lo

- Através de uma invocação pessoal direta – “Então me invocareis” (v. 12ª)

- Através de uma aproximação direta – “e ireis” (v. 12b)

- Através de uma vida de oração “e orareis a mim” (v. 12c)

- Através de uma busca sincera de todo coração – “quando me buscardes com todo o vosso coração“ (v. 13b)

A razão pela qual muitas pessoas não podem encontrar Deus não esta baseado no difícil que seja encontra-lo, mas na falta de disciplina para busca-lo.

Deus pode ser encontrado em todo momento só depende como estão estabelecidas minhas prioridades “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33)

Se você ainda não encontrou se com Deus. Provavelmente você está buscando no lugar errado. Ele não está entre os mortos. Determina busca-lo onde verdadeiramente Ele pode ser encontrado.


Pr. Aldenir Araújo

Fonte:http://www.reflexoesevangelicas.com.br 

Vencendo o Complexo de Inferioridade




“Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte”. (Joel 3:10)

Por que pessoas inteligentes, bonitas, criativas, bem articuladas fracassam?

Uma das causas é o complexo de inferioridade que elas nutrem dentro de si. Segundo o calculo do escritor Maxwell Maltz, 95% de todas as pessoas em nossa sociedade sentem-se inferiores.

Dicas para vencer o complexo de inferioridade:

- Viva consciente da sua identidade como filho de Deus.

Você é príncipe porque o seu pai é o Rei da Glória (Rm 8:14;. Mt 6:9).

- Não confunda amor próprio com atitude de superioridade, vontade própria obstinada ou orgulho (Mc 12:31).

- Maximize o seu potencial (Mt 25:15).

- Afirme para você mesmo eu fui criado à imagem e semelhança de Deus, tenho capacidade intelectual, liberdade para fazer escolhas, conhecimento do que é certo e errado. Eu tenho valor para Deus.

- Feche os ouvidos do teu coração para as palavras negativas que visam destruir sua auto imagem e estima.

- Vença os pensamentos “de inferioridade” recitando textos das Escrituras (1Co 15:10; Fp 4:11-13; Sl 8:4,5; 91:11; Jr 29:11).

- Nunca diga “não valho nada, sou um fracasso” porque isso não é verdade. Você nasceu com potencial para ser um vencedor.

- Tenha alvos na vida e estabeleça metas para alcançá-los.

- Seja uma pessoa que aceita desafios, que não tem medo de assumir riscos com responsabilidade.

- Supere suas limitações com dedicação, esforço e determinação. Pense como o apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”. (Fp 4:13)

- Não meça o seu valor com base no que os outros pensam a seu respeito.

“E uma voz dos céus disse: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. (Mateus 3:17)

Jesus nunca mediu seu valor com base no que as pessoas pensavam e diziam a seu respeito. Se ele tivesse feito isso, com certeza ele seria um fracasso, um homem sem uma grande história.

Se você quer medir o seu valor, faça uma auto avaliação usando como referência aquilo que diz as Escritura a seu respeito.


Pr. Josué Gonçalves
www.kairosministeriomissionario.com


Fonte:http://www.reflexoesevangelicas.com.br

O que você está ouvindo?




Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. (Mt.6.19,20)

Um nativo da América e seu amigo estavam na cidade de Nova York e se encontravam caminhando perto da Times Square, em Manhattan.

Era a hora do almoço, por volta de 12 horas, e as ruas estavam muito cheias. Os carros buzinavam, os táxis cantavam pneus ao dobrar as esquinas e o som da cidade era ensurdecedor, ao ponto de surdez. De repente, o nativo disse:

- “Eu ouvi um grilo”. Seu amigo, admirado e espantado, exclamou:

- “O que! Você deve estar louco. É simplesmente impossível conseguir ouvir um grilo no meio de todo este barulho.”

- “Não, eu tenho certeza de Ter ouvido um grilo”, disse o índio.

- “Isto é loucura”, disse o amigo.

O índio ouviu atentamente por alguns instantes e, com passos firmes, atravessou a rua e dirigiu-se a um lugar onde havia um arbusto. Ele colocou a sua mão no meio do mato e ali, debaixo de algumas plantas, localizou o pequeno grilo. Seu amigo não podia acreditar no que via.

- “Isto é incrível!” ele disse. “Seus ouvidos não são humanos.” Não, ele disse:

- “Meus ouvidos não são diferentes dos seus. Tudo depende daquilo que lhe interessa ouvir.

- “Isto não pode ser!” disse o amigo. “Eu nunca conseguiria ouvir um grilo no meio de todo este barulho.”

- “Sim, é verdade, ele respondeu. “Tudo depende daquilo que é realmente importante para você. Deixe-me mostrar-lhe o que estou tentando dizer.

“Ele colocou a mão no bolso, tirou algumas moedas e as deixou cair na calçada. Então, mesmo com todo o barulho da rua cheia de pessoas, eles observaram que todas as pessoas, a uma distância razoável de onde as moedas caíram, voltaram as suas cabeças para ver se elas lhes pertenciam.

- “Você entende o que estou tentando lhe dizer”? perguntou o nativo. “Tudo depende daquilo que é mais importante para você.”

O QUE É IMPORTANTE PARA VOCÊ? O QUE VOCÊ PROCURA OUVIR?O QUE DESPERTA O SEU INTERESSE?

Algumas pessoas dizem que não há Deus, e que Ele não fala mais nos dias de hoje. Mas, talvez elas não consigam vê-lo ou ouvi-lo por não estarem ouvindo a Ele. Elas estão vivendo para si mesmas, e não para Deus.

Se você estiver sintonizado com Deus, você estará apto a percebê-lo trabalhando em sua vida e no mundo ao seu redor. E estará apto para ouvi-Lo quando Ele falar.

Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz; atendei bem e ouvi o meu discurso. Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear? [...] O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer. Porque a ervilhaca não se trilha com trilho, nem sobre o cominho passa roda de carro; mas com uma vara se sacode a ervilhaca, e o cominho com um pau. O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiuça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavaleiros. Até isto procede do SENHOR dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra. Isaías 28:23-29

Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino. [...] Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias.[...] Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. (Lucas 12:31-37)



Litrazini
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AULA 13 – A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE



Texto Básico: Mc 1:35-45

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará publicamente” (Mt 6:6).

INTRODUÇÃO

A palavra “motivação” pode ser definida como o “motivo para a ação”; é o ímpeto que leva o ser humano ao movimento; é aquela força interna que o dinamiza a realizar o seu intento; é uma mescla entre razão e emoção que se concentram para alcançar algo. A experiência nos ensina que podemos ir muito mais longe se nossa motivação for correta, ao passo que desmotivados teremos pouca chance de triunfo. O cristão motivado é aquele que embora passe por lutas está sempre confiando e sempre aguardando as promessas de Deus para a sua vida (Hb 6:15). A motivação tem uma relação estreita com a fé, pois pela fé somos motivados a crer no impossível (Hb 11:1). Também relaciona-se com a perseverança - a motivação nos encoraja a perseverar na fé (Rm 12:12;Mt 24:13). Também a motivação se relaciona com a alegria, que faz parte do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22) - apesar das circunstâncias o cristão não tem razões para andar triste, cabisbaixo ou carrancudo (1Ts 5:16; 2Co 6:10; 5:6-7).

Cada cristão deve sempre ter uma motivação em sua vida, ou seja, a motivação é um meio importante para nunca desistirmos daquilo que almejamos alcançar. Mas, pode um crente ser tentado com motivação errada? Sim, e o risco disse é ser conduzido por caminhos errados, a fim de receber recompensas erradas. Quando nosso objetivo é a auto-glorificação, deixamos de fazer o que Deus nos chamou a fazer e passamos a administrar nossa própria vida, centrados em nós mesmos.

Nesta Aula, iremos entender qual deve ser a verdadeira motivação do crente, iremos nos conscientizar de que não fomos chamados para a fama e saberemos que o anonimato não é sinônimo de derrota.

I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

1. A verdadeira motivação do crente: Jesus Cristo. Cristo é a fonte de motivação que nos capacita a viver acima de todas as circunstancias e de nossos próprios sentimentos. Era Cristo que enchia continuamente o coração dos apóstolos. O apóstolo Paulo chegou a exclamar com total propriedade: “Porque para mim o viver é Cristo” (Fp 1:21). Ainda que Paulo tivesse de morrer, ele se alegraria. Ele sempre tinha Cristo em mente, e isso lhe dava novas forças todos os dias para vencer as adversidades. Esse é o lema de todos os cristãos que conhecem, amam e buscam servir ao Senhor com fidelidade.

2. A verdadeira motivação do crente: o amor de Cristo - “ Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram”(5:14). O que levava o apóstolo Paulo a servir de forma tão incansável e abnegada na pregação do Evangelho? Neste versículo, uma das mais importantes da carta de 2Corintios, Paulo revela sua motivação: o amor de Cristo. O amor de Cristo nos constrange, nos impele, como uma pessoa é impelida em uma multidão. Ao contemplar o amor extraordinário que Cristo havia demonstrado por ele, Paulo não podia deixar de ser impelido a servir a esse Senhor maravilhoso.

Por causa do sacrifício vicário de Jesus Cristo somos agora nova criatura(2Co 5:17), ou seja, temos uma nova posição em relação a Deus e ao mundo. Temos agora uma nova forma de viver, na qual desaparece a vida pregressa e os velhos costumes. Por ocasião da conversão, não apenas viramos uma página de nossa vida velha, começamos um novo estilo de vida sob o controle do Espírito Santo. Esse novo estilo de vida é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (João 3:16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.

3. A verdadeira motivação do crente: servir a Jesus. Servir a Jesus significa ter a mesma motivação que Ele teve. Tal pessoa é honrada pelo Pai na mesma medida que o próprio Senhor Jesus foi honrado. Isso Ele nos prometeu: “E, se alguém me servir, o Pai o honrará”.

4. A verdadeira motivação do crente: a Santificação -“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12:14). Qual a motivação se sermos santos? Vermos a face do Senhor. A santificação deve ocorrer em ‘todo o vosso espírito, e alma, e corpo’, conforme lemos em 1Tessalonicenses 5:23. Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta — isto é, em nosso caráter, inteiramente —, e em nosso proceder, externamente. Mantenhamo-nos, pois, separados do mundo pecaminoso.

5. A verdadeira motivação do crente: Céu e Eternidade. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25:46, João 3:36, 2Tessalonicenses 1:8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos. Ser salvo ou não ser salvo deve ser um fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé, porque está em jogo a eternidade.

Enquanto vemos Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, devemos estar motivados a servi-lo ainda mais até que Jesus venha. Que o nosso coração se ocupe com Suas palavras: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Ap 22:12-14).

II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

Fama é a “opinião geral sobre a excelência de alguém”; “é a qualidade daquilo que é notório; reputação”. As Escrituras sagradas relatam que a Fama de Jesus era notória em todas as cidades de Israel(cf Mt 4:24;Mt 9:31;Mc 1:28; Lc 4:14, 37; 5:15). Não dava para escapar, as características especiais de Jesus o fazia famoso, mesmo contra a sua vontade. Certa vez Jesus estava em uma cidade e de repente um homem cheio de lepra vendo a Jesus se prostrou e afirmou com muita intensidade: “Mestre! se você quiser, agora mesmo eu posso ser limpo”, e Jesus cheio de compaixão reafirmou dizendo que queria. Nesse exato momento a lepra desapareceu! Mas fez uma exigência para aquele rapaz, que não dissesse nada a ninguém, apenas que se apresentasse ao sacerdote e oferecesse o sacrifício estipulado pela lei de Moisés. No verso seguinte a Bíblia fala que a Fama de Jesus se propagava como o fogo e que muitas pessoas juntavam-se para ouvir as suas palavras e por Ele serem curadas das suas enfermidades(cf Lc 5:12-16). O mais interessante de toda essa história é que em vez de Jesus se inflamar com toda essa repercussão de seu ministério, Ele se retira para o deserto, um lugar solitário para orar. O que chama à atenção aqui é o fato de que a Fama e Jesus não era algo buscado por Ele; pelo contrário, Ele se afastava para estar sozinho. Jesus não veio para exibir fama, não! Ele “veio buscar e salvar o que se havia perdido”(Lc 19:10). Hoje muitos exercem seu ministério para serem famosos e reconhecidos pelas pessoas e não para Deus; fazem de tudo para estarem em evidência. Mas, assim como Jesus, o crente salvo não foi chamado para Fama.

Paulo escrevendo aos crentes de Colossos admoesta-os que, se efetivamente ressuscitaram com Cristo, devem buscar “as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3:1b,2). O autêntico cristão está procurando o Céu e pensando no Céu. Seus pés estão na Terra, mas a cabeça está no Céu. Vive como cidadão do Céu enquanto ainda está na Terra.

Paulo, ao escrever aos seus maiores colaboradores, os crentes de Filipos, disse que “…uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14); “(…) a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20). A autoridade espiritual que Paulo possuía, a sua posição privilegiada na igreja do Senhor não o fazia almejar a glória e a fama nesta Terra, mas seu fim, seu objetivo era morar no Céu, eram as coisas de cima, as bênçãos espirituais.

Lamentavelmente, muitos crentes, nos nossos dias, estão caminhando no mesmo erro dos gnósticos daquele tempo. Buscam não as coisas que são de cima, mas as coisas da Terra. Estão atrás do evangelho e de Jesus para enriquecerem nesta vida, para terem prosperidade material, para terem saúde física, para terem “unção”, ou seja, “poder espiritual” apenas para angariarem reconhecimento dos semelhantes, a fim de serem servidos pelos outros, tendo após si uma série de discípulos e de admiradores. É uma característica dos falsos mestres quererem se cercar de seguidores e discípulos, aparecendo em lugar de Cristo, crescendo em orgulho e soberba, quando, na verdade, os verdadeiros servos do Senhor são humildes e preferem desaparecer em favor de Cristo, assim como procedeu João Batista (João 3:30) que, não por outro motivo, foi apontado por Jesus como o maior dos homens que já existiu (Mt 11:11).

Muitos são os que não temem mentir para alcançar projeção, fama e reconhecimento no meio dos crentes. Quantas “visões”, “revelações”, “profecias” não são simplesmente mentiras? Entretanto, a Bíblia, que é a Palavra de Deus e permanece para sempre (1Pe 1:25a), continua a dizer que os mentirosos não têm parte alguma com Deus e que todos aqueles que amam e cometem mentira ficarão fora da Pátria celestial (Ap 21:8; 22:15). Tomemos muito cuidado, vigiemos e não pratiquemos, de forma alguma, a mentira, nem dela tiremos proveito, amando-a. A pessoa realmente liberta do jugo do pecado, a pessoa realmente liberta por Jesus, não mente (João 8:36).

Devemos parar um pouco e refletir: por que somos crentes? para que somos crentes? o que temos feito tem correspondido ao porquê e ao objetivo de sermos crentes? Por que e para que temos ido para a igreja? Por que e para que temos exercido esta ou aquela função na igreja? Por que e para que temos vivido quando estamos fora do templo, no nosso dia-a-dia? A resposta a estas questões é fundamental para sabermos se estamos buscando ou pensando nas coisas que são de cima ou se estamos voltados para as coisas que são da Terra.

III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

Há um clichê em moda hoje, balbuciado por muitos animadores de auditório: “você vai sair do anonimato!”. Através desse chavão, vemos um exército de novos pregadores, desestabilizados espiritualmente, com o objetivo de chegar ao topo da fama. Ser famoso é o alvo pretendido; é a busca incessante. A mídia é o meio mais pretendido por esses ufanistas para se lançar à fama. Eles gostam de usar o exemplo de Davi, que Deus o tirou de trás da malhada das ovelhas e o tornou rei de Israel. Proliferam esse modismo como se o anonimato fosse sinônimo de derrota.

A verdadeira motivação que existia há um tempo era: tornar-me um pregador ou um cantor para a edificação da igreja e alcançar os perdidos para Deus. Hoje, as reais motivações estão ligadas aos interesses pessoais, como pregar para um grande público, ter o nome conhecido, sair do anonimato. Será que se esqueceram do grande pregador do deserto, João Batista, que pregava até para reis, mas sua motivação era: “que Ele (Jesus) cresça e eu diminua” (João 3:30)?

O apóstolo Paulo tinha poucos amigos que cooperavam incansavelmente no seu ministério, dentre eles estava “Jesus, chamado Justo”(Cl 4:11); não se tem nenhuma informação a seu respeito, é o tipo do crente cooperador, cujo serviço, que é eficaz, só Deus ver.

O próprio Senhor Jesus não buscou fama ou reconhecimento popular, pois pedia que não anunciassem o que Ele estava fazendo(cf Lc 5:13,14).

O caminho da humildade, do anonimato (“Teu Pai que vê em secreto te recompensará” -Mt 6:6), da cruz, está sendo esquecido, e agora está sendo criado um caminho egoísta, diabólico e cheio de orgulho humano.

Gostaria que o Evangelho da cruz, do arrependimento e da renúncia saísse do anonimato e nós permanecêssemos escondidos debaixo das asas do Todo Poderoso! É oportuno observar que o anonimato entre os homens na obra de Deus nada significa diante do Senhor, e querer “aparecer”, “fazer aparecer o nome” pode não ser uma boa conduta entre os servos do Senhor, os quais devem se alegrar “… antes por estarem os seus nomes escritos nos céus”(Lc 10:20).

1. A verdadeira sabedoria. A sabedoria deste mundo é meramente efêmera, e suas qualidades não condizem com o caráter de um povo separado do pecado. É uma sabedoria que exclui Deus, que glorifica a auto-suficiência humana, que faz do homem a autoridade suprema e que se recusa a reconhecer a revelação de Deus em Jesus Cristo. A sabedoria deste mundo direciona as pessoas para a inveja, espírito faccioso, perturbação e toda obra perversa. Por isso Tiago diz que a sabedoria deste mundo é “terrena, animal e diabólica”(Tg 3:15,16). Ela determina o modo ímpio de viver do povo deste mundo.

A verdadeira sabedoria é mais que conhecimento, o qual é simples acumulo de fatos; é mais que percepção humana: é discernimento celestial. Ela envolve o conhecimento de Deus e dos labirintos do coração humano. É mais que simples conhecimento é aplicação correta do conhecimento em assuntos morais, espirituais ao enfrentar situações confusas; na complexidade das relações humanas. O conhecimento é obtido pelo estudo, mas quando o Espírito Santo enche um homem, Ele concede sabedoria para usar e aplicar esse conhecimento de maneira correta.

A verdadeira sabedoria nem sempre é estimada. Para ilustrar essa verdade, Salomão comenta o caso de uma “pequena cidade” habitada por poucas pessoas e, portanto, indefesa. Certo dia, um rei poderoso a sitiou com artilharias com o fito de conquistá-la. A situação parecia perdida quando um “homem pobre, porem sábio”, propôs um plano para salvar a cidade. Naquele momento, o sujeito se tornou um herói, mas pouco tempo depois caiu no esquecimento. Tão logo a cidade se viu livre do perigo, o conselho daquele homem pobre passou a ser desprezado, e ninguém se interessou por ele (cf Ec 9:13-16).

Apesar da ingratidão e da indiferença do ser humano, as palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais que os gritos de um tirano que governa entre tolos( Ec 9:17). O povo logo esqueceu o pobre sábio, mas ele não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por toda, a sua querida cidade das mãos do tirano. Da mesma forma, o que importa, no final, não é o reconhecimento e a gratidão que recebemos pela obra que realizamos, mas as almas das pessoas em quem semeamos sementes de justiça.

É melhor ser um sábio calado e honesto que, apesar de esquecido, deixa um rastro de muitos benefícios, do que um tolo arrogante e vociferante que embora aplaudido por muitos “destrói muitas bens” (Ec 9:18).

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111:10; Pv 9:10).

2. A simplicidade. A simplicidade não tem nada a ver com pobreza. Ao contrário, a riqueza está na simplicidade. Simplicidade é a ausência de artifícios, é o caminho para se chegar a humildade, ser servil, ser menos “eu” para ser mais “o outro” combatendo atos e sentimentos que insistem em nos afastar do centro da vontade de Deus. Jesus foi o maior exemplo de simplicidade que conhecemos, no falar, no agir, no ensinar. Ele que é o Filho de Deus, não ousou ser como Deus. Ele que possui tudo que há na Terra(cf Sl 24:1), nunca a percorreu com soberba e altivez. Jesus ensinava seus discípulos, concedendo-lhes sabedoria, para que pudessem ser enviados para pregar o evangelho com simplicidade no viver e no ensinar, fazendo-se exemplo, como ele, Jesus, foi exemplo, para que soubessem ser prudentes e cheios de amor.

Quando o crente perde a simplicidade cristã torna-se orgulhoso e insuportável, inclusive para o próprio Deus(ler 1Pe 5:5). “Deus vela pelos simples”(Sl 116:6).

3. O equilíbrio. Vivemos num mundo sob pressão, um mundo competitivo que exige que as pessoas seja sempre melhores para que possam suplantar os obstáculos e atinjam os objetivos determinados. A busca convulsa pelas coisas deste mundo tem tornado as pessoas estressadas, ansiosas e egoístas. Isso não ocorre somente no mundo ímpio, não! Infelizmente, o fardo da competitividade tem se alastrado no meio da irmandade cristã, contrapondo, assim, os princípios norteadores da Palavra de Deus, os quais delineiam o viver do genuíno cristão.

Não estamos aqui para adquirir fama ou sucesso, estamos aqui para triunfo(2Co 2:14). E o verdadeiro triunfo, o verdadeiro êxito, é o de obter a salvaçãona pessoa bendita de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Somente neste fim, diz o profeta Malaquias, veremos a diferença entre o justo e o ímpio (Ml 3:18), entenderemos quem, na verdade, é o exitoso, o triunfante, pois de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8:36). Portanto, você não precisa mostrar nada a ninguém. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder.

Devemos estar cônscios de que estamos no mundo mas não somos daqui, o nosso alvo é o Céu, é viver com Cristo eternamente. Se você é talentoso, se Deus te deu capacidade especial de sobressair em determinados aspectos da vida, quer secular, quer espiritual, não deixe que isso lhe ufane e desperte em seu coração o orgulho. Seja equilibrado, moderado, tenha autocontrole. A glória deve ser dada sempre a Deus, o dono de tudo.

CONCLUSÃO

Esta é a motivação do cristão: a fé na Palavra de Deus. Uma fé inabalável onde não podemos ter medo de enfrentar problemas e dificuldades. Devemos sim nos esforçar para dar o melhor de nós. É certo que, em certas alturas da nossa vida, acabamos por falhar. Mas não é por isso que devemos parar de tentar, ficar desmotivados. Todos os dias devemos lutar, esforçar-nos para vencer as barreiras. O medo não é compatível com os vencedores. É preciso substituí-lo com a coragem. Na Bíblia, Deus pronunciou 366 vezes a frase “Não temas!”. Todos os dias Deus diz para mim, para você: “Não temas!”. Cabe a nós procurar a nossa força interior para superar o nosso medo e vencer.


Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:
William Macdonald – Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 51 – CPAD.
Buscando as coisas que são de cima – Rev.Hernandes Dias Lopes.


Descansa no Senhor



Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. Descansa no SENHOR e espera nele. Hebreus 4:10 e Salmos 37:7a.

A palavra descanso na língua original significa “cessação do labor”, “refrigério”. O descanso é um tônico para os cansados, um alívio do trabalho árduo. Restaura e refrigera o corpo, a mente e a alma das muitas preocupações. Mas, estamos vivendo em um mundo onde as pessoas não consegue descansar. Qual é a razão? Espiritualmente falando a razão é a incredulidade, pois a incredulidade impede o descanso. Hebreus 4:3a. Nós, porém, que cremos, entramos no descanso.

A vida cristã parece ser engraçada, porque quando alguém nasce de novo, logo no início de sua caminhada o recém-convertido tenta fazer alguma coisa, mas não vai obter nada do Senhor. Por quê? Porque o cristianismo não começa com um grande faça, mas com um grandioso já foi feito. Quando cremos em nossa inclusão no corpo de Cristo, ou seja, em nossa morte e ressurreição juntamente com Ele, verificaremos que do início até o fim, a vida cristã baseia-se no princípio da nossa total dependência do Senhor Jesus. Com relação a nossa regeneração nada podemos fazer, mas pela graça de Deus, Ele já fez tudo para mim, em Cristo. É quando cremos neste bendito fato consumado lá na cruz é que podemos descansar e sossegar. Isaías 30:15. Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes.

Desde a criação do mundo vemos um maravilhoso princípio de descanso. Deus trabalhou seis dias e depois disso usufruiu seu descanso. Adão iniciou sua vida com o descanso; Deus trabalhou antes de descansar, mas o homem precisa primeiro entrar no descanso de Deus, e só depois é que pode trabalhar. Não se trata de nós trabalharmos para Deus, mas de Deus trabalhar para nós. Deus nos dá nossa posição de repouso. Ele nos traz a obra terminada de Seu Filho e no-la apresenta, dizendo: “Por favor, sente-se”. Nossa vida cristã inicia-se com a descoberta das coisas que Deus já havia providenciado para nós. Penso que a oferta de Deus a nós não pode ser expressa de melhor forma do que nas palavras do convite para o grandioso banquete: À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado. Lucas 14:17.

A partir deste ponto, a experiência cristã continua da forma como iniciou, não com base em nosso próprio trabalho, mas sempre baseada na obra concluída de Cristo. Pensemos um pouco: Como foi que recebemos o perdão de nossos pecados? Diz as Escrituras que foi segundo a riqueza da sua graça. Fomos redimidos pelo sangue de Cristo, ou seja, temos redenção pelo que o Senhor fez. No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência. Efésios 1:7-8.

Irmãos, qual é, então, o critério de Deus para o derramamento de Seu Espírito? É a exaltação do Senhor Jesus. Porque sabemos que quando Cristo morreu na cruz, Ele nos levou a morrer nEle e seu sangue nos perdoou de todos os nossos pecados; porque Ele foi exaltado e colocado no trono, recebo poder do alto. Nem uma nem outra dádiva depende do que eu sou, nem do que eu faço. Jamais mereci o perdão, e jamais mereci o dom do Espírito. Recebo tudo, não mediante o que eu faço, mas mediante o que Cristo fez. Pelo fato de Cristo ser exaltado a destra do Pai, podemos receber a Promessa. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Atos 2:33.

Você não precisa implorar a Deus essa dádiva, não precisa agonizar, nem engajar-se em reuniões demoradas de espera. Essa dádiva lhe pertence não por causa de algo que você tenha feito, mas por causa da exaltação de Cristo. Quando cremos no Senhor, somos selados com o Espírito Santo da promessa. Este selo, tanto quanto a nossa crucificação com Cristo e perdão de pecados, já vem embutidos no “Evangelho da vossa salvação”. Efésios 1:13. Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.

Quando o Espírito Santo nos revela Cristo e nós cremos nEle, imediatamente, sem que haja necessidade de qualquer ato de nossa parte, inicia-se uma vida de união com o Senhor. Mais uma vez descobrimos que o segredo não está em nosso fazer, mas em nosso descansar e crer naquilo que já foi feito. Portanto, a experiência de Cristo tornou-se a nossa experiência espiritual, e Deus pode referir-se a nós como tendo já todas as coisas nEle. Tudo quanto nós temos agora, temos em Cristo Jesus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Romanos 8:17.

De todas as parábolas dos evangelhos, a do filho pródigo constitui a suprema ilustração da maneira de agradarmos a Deus sem canseira. Assim disse o pai em Lucas 15:32 Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.

Com estas palavras Jesus nos revela o que é que, de modo supremo, na esfera da redenção, alegra o coração de seu Pai. Não é o irmão mais velho que trabalha sem cessar para o pai, mas o irmão mais novo que permite que o pai faça tudo por ele. Não é o irmão mais velho que sempre quer ser aquele que dá, mas o irmão mais novo que está sempre disposto a receber. Quando o pródigo voltou para casa, tendo despendido suas forças e seus bens, numa vida de dissolução, o pai não proferiu uma palavra de recriminação contra a passada luxúria do filho, nem uma única palavra a respeito da perda dos bens. O pai não se entristeceu por causa das perdas; apenas alegrou-se pela oportunidade que o retorno do filho lhe concedia de gastar mais ainda com ele. O pai queria era o relacionamento com seu filho. E nós fomos chamados para que? Leiamos 1 Coríntios 1:9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.

Deus é tão rico que sua principal alegria consiste em dar. Suas câmaras de tesouros estão tão repletas que lhe dói o fato de nós nos recusarmos a dar-lhe a oportunidade de despejar sobre nossas vidas as riquezas que Ele armazenou para os seus filhos. A alegria do pai foi poder ver no filho pródigo alguém que poderia usar a melhor túnica, o anel, as sandálias e ser homenageado com um banquete. A tristeza do pai foi que o filho mais velho não se posicionou para receber tantas bênçãos. Mas, nós não temos dado ouvido a Sua Palavra. Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha. Salmos 81:13 e 16.

Quando ouvimos a Sua voz e cremos, somos unidos ao Senhor, então podemos descansar. A vida cristã consiste em estar assentado com Cristo nos lugares celestiais, porque morremos com Ele e Deus nos ressuscitou juntamente com Cristo. E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; Efésios 2:5-6.

Estamos assentados, estamos descansados no Senhor. Amém.





Autor: Claudio Morandi
Divulgação: EstudosGospel.Com.BR 


Corrupção no Ministério de Jesus




SE NÃO FOI A MAIOR em valor envolvido e significado, com certeza a corrupção protagonizada por Judas Iscariotes foi a mais divulgada na história da Humanidade. Está na Bíblia, o livro mais lido de todos os tempos.

Na linguagem jurídica da atualidade, o Traidor cometeu o crime de “corrupção passiva”. Ele usou do conhecimento que detinha sobre o local onde Jesus se encontrava; sua condição de apóstolo era garantia de que podia se aproximar do Mestre sem levantar suspeita; recebeu as trinta peças de prata e executou o “ato de ofício”, isto é, entregou Jesus aos soldados, como combinara.

Judas responderia hoje também pelo crime de “formação de quadrilha”. Ele se encontrou secretamente com os “príncipes dos sacerdotes” para acertar preço e condições da traição e guiou-os até o local onde o Senhor se encontrava (Mt 26.14-16, 47-49; At 1.15).

O Traidor é acusado de mais um delito: o de ladrão. Como tesoureiro, apropriava-se de recursos que lhe eram confiados (Jo 12.6). Pelo visto, não guardara em seu coração as sábias palavras de Jesus, sua doutrina revolucionária, conselhos e exortações. Fazia parte dos Doze, mas era um estranho no ninho. Seu ardente desejo era ser muito rico, possuir muitos bens, certo de que não seria descoberto nem punido.

Trinta moedas de prata mais o que subtraíra da “bolsa” já era um bom começo. De ilicitude em ilicitude, preparou sua própria perdição. “Então, Judas, o que o traíra, vendo que [Jesus] fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.3-5).

Corrupção significa ato ou efeito de subornar, vender e comprar vantagens, desviar recursos, fraudar, furtar em benefício próprio e em prejuízo do Estado ou do bem público. Seja ativa, aquele que compra vantagens, ou passiva, aquele que vende, a corrupção é um ato condenável em todos os aspectos.

Os corruptos desta era seguem semelhante trajetória de ascensão rumo à riqueza e ao poder. Começam com pequenas falcatruas, pequenos atos desonestos. Sabem que precisam de muito dinheiro para constituir uma organização criminosa. São pacientes e persistentes.

Os passivos, como Judas, vendem suas consciências por muito pouco. São os que estão na base da pirâmide. Outros os de maior grau de influência, em nível mais elevado de poder e autoridade, exigem uma “reciprocidade” maior. Concordam em que cada homem tem seu preço.

O julgamento de Judas estava prescrito de há muito: “Ai daquele homem [disse Jesus] por quem o Filho do Homem é traído. Bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24).

Os vendilhões da pátria, roubadores do dinheiro público já estão julgados. Ainda que falhem a justiça dos homens, a de Deus é infalível, ou seja, “os ladrões não herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10). Não passarão apenas uma temporada na cadeia, nem terão direito a prisão domiciliar. O castigo no lago de fogo e enxofre é por toda a eternidade (Ap 20.10). Alheios a essas advertências, os corruptos não sofrerão “a expectação horrível de juízo e ardor de fogo”, de que fala Hebreus 10. 27. Pouco importa o que lhes acontecerá depois da morte. Mas temem, sofrem e se angustiam diante da expectativa de se abrirem as masmorras das prisões terrenas para recebê-los.

Ante a possibilidade de serem julgados e condenados, os réus se arrependem? Sentem remorso? Difícil fazermos incursões na alma humana. Uma coisa é certa: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” e receber a condenação divina (Hb 10.31)


Pr. Airton Evangelista da Costa – Fonte: Palavra da Verdade

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Porque o amor insiste em amar: Oséias e Gomer


Volta Ó Israel para o Teu Deus Os 14:1

Essa história me leva às lágrimas. Como pode alguém insistir tanto em um amor não correspondido? É isso, o amor insiste quando aparentemente, não há motivos para existir. Assim é a história do profeta Oséias que recebe de Deus o conselho de casar-se com uma prostituta. Uma mulher infiel. É um relato verdadeiro, com personagens reais situados em Israel, no reinado de Jeroboão, em 750 a.C. A nação estava em declínio econômico, moral e espiritual. Embaixo de toda e qualquer sombra as pessoas prestavam culto a Baal e Astarote deuses da colheita e da fertilidade: “Eles porém não reconhecem que lhes dei o grão, o mosto, o oléo e lhe multipliquei a prata e o ouro que eles usaram para Baal” Os 2:8

Deus prosperava e sustentava Israel, mas eles não reconheciam, atribuíam o sustento a Baal. A palavra hebraica ba'al significa marido. Esse termo era usado para designar literalmente maridos e proprietários de terras. Israel, portanto, ao cultuar esses deuses, estava dizendo ser casada com eles, Israel e Baal em aliança pagã.

Através da vida do profeta Oséias, Deus estabelece uma alegoria para a nação. Israel representava a prostituta e Oséias a graça Redentora:“Vai toma uma mulher de prostituição e filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor” Os 1:2.

Oséias casou com a prostituta Gomer, em um tempo que as prostitutas eram apedrejadas, discriminadas. O primeiro filho de Gomer foi gerado por Oséias, os outros, foram frutos de relacionamentos extraconjugais. Esse não é um bom exemplo para se seguir, podemos achar a história absurda, mas é justamente o que acontece conosco espiritualmente!

Oséias compra a própria esposa

Gomer passou pouco tempo casada com Oséias até que resolve voltar a sua antiga vida de muitos amantes e recompensas materiais:“Porque sua mãe se prostituiu , aquela que os concebeu houve-se torpemente porque diz: Irei atrás de meus namorados , que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu vinho, o meu óleo e as minhas bebidas “ Os 2:5.

Gomer estava caminhando para destruição, buscando paz e conforto onde não havia. Assim era Israel se prostituindo com Baal em troca de riqueza e paz, mas tudo que lhe sobrevinha era aflição e pobreza. O fim de Gomer poderia ser trágico, desprezada pelos muitos amantes, ela coloca-se a venda em um mercado de escravos. Quem aparece para comprá-la? Oséias! Aquele que nunca deixou de amá-la, que cuidou dos filhos e dos bens enquanto ela esteve ausente. Aquele que chorou e orou pela restauração de Gomer.

Cristo nos resgatou

Que linda história de amor! Gomer representa todos nós que desconhecendo a alegria da Salvação, nos voltamos para deuses e deuses em busca de felicidade, sem contudo, obter paz. Oséias, representa Cristo que através do sacrifício expiatório, nos resgatou do mercado de escravos para uma vida abundante.“Bem como o filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mt 20:28 Quando nos voltamos para esse amor, aliançamos nosso coração com Deus, em vínculo eterno.

Imagino Gomer abatida: suja e pobre naquele mercado, infeliz. Até que chega seu marido, paga o melhor preço que alguém poderia pagar por um escravo na época e coloca de volta a aliança no dedo de Gomer. Essa alegoria é perfeita para ilustrar a graça de Deus e a obra salvadora em Jesus.

A Restauração de Gomer

Mais maravilhosa ainda se tornou para mim estudar sobre o amor de Oséias por Gomer, ao descobrir o significado do nome da esposa do profeta. Deus cuidadosamente providenciou cada detalhe dessa narrativa para transmitir o quanto nos ama, apesar de nossa rebeldia. Sim, mas esse amor, que transcende o compreensível, anseia por nos transformar a ponto de O amarmos acima de tudo e todos. Oséias deve ter sido zombado, humilhado por quem era incapaz de amar como ele, ainda assim amou.

Gomer significa “completo”, cuja raiz é “gamar” ou seja: aperfeiçoar, terminar. Aleluia! Deus amou Gomer de tal maneira que não sossegou enquanto não completou sua obra, comprando-a do mercado de escravos para os braços de Oséias restaurando sua vida e família. Oséias, significa: salvação, libertação.

“Eu a atrairei, a levarei para o deserto e lhe falarei ao coração. Lhe darei as suas vinhas e o Vale de Acor por porta de esperança e ela será como nos dias da mocidade, como no dia em que subiu da terra do Egito. Naquele dia, ela me chamará : Meu marido e não mais:Meu Baal” Os 2:14-16.

Deus não desiste de nós, fomos comprados com sangue, do mercado de escravos que é o pecado e a morte eterna. Essa é a obra que nos completa, que nos faz retornar e restaurar o espírito. Deus nos busca diligentemente, até que Sua obra se complete em nós.

A completude sob perdão e arrependimento

O final do livro reserva uma promessa aos que voltam para os braços do Marido que é Deus: "Os que se assentam de novo à Sua sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano. Quem é sábio que entenda estas coisas, quem é prudente que. as saiba, porque os caminhos do Senhor são retos e os justos andarão neles". Os 14:7,9.

Em Cristo, O que nos resgata.



Wilma Rejane
 Bíblia de Estudo Plenitude, revista e corrigida, SBB -São Paulo-1995.
Fonte:http://www.atendanarocha.com


Bem-Aventurado o Varão (Salmos 1)




“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. (Salmos 1.1-6).

“Bem-aventurado o varão” (v.1)

O Salmo 1 serve como introdução a todo o livro dos Salmos.

Ele contrasta os dois únicos tipos de pessoas do ponto de vista de Deus, tendo cada tipo um conjunto distintivo de princípios de vida:

(1) os justos, que são caracterizados pela retidão, pelo amor, pela obediência à Palavra de Deus e pela separação do mundo (vv. 1,2); e

(2) os ímpios que representam o modo de ser e as ideias do mundo, que não permanecem na Palavra de Deus, e que por isso não têm parte na assembleia do povo de Deus (vv.4,5). Deus conhece e abençoa o justo, mas o ímpio não tem parte no Reino de Deus (1 Co 6.9) e perecerá (v.6).

A separação entre esses dois grupos de pessoas existirá no decurso da história da redenção e continuará na eternidade.

“Que não anda segundo o conselho dos ímpios” (v.1)

O primeiro versículo do livro dos Salmos ressalta a distinção entre os justos e os ímpios. Os crentes verdadeiros podem ser conhecidos pelas coisas que praticam, pelos lugares que frequentam e pelas pessoas com as quais convivem. Ninguém pode experimentar a bênção de Deus sem evitar as coisas danosas ou destrutivas.

“Tem o seu prazer na lei do Senhor” (v.2)

Os crentes de Deus não somente evitam o mal como também edificam a sua vida em torno das palavras do Senhor. Procuram obedecer à vontade de Deus porque seus corações têm prazer nos caminhos e mandamentos do Senhor (ver 2 Ts 2.10, onde os ímpios perecem porque não querem amar a verdade).

A motivação dos atos dos salvos provém dos seus espíritos e emoções redimidos, conquistados pela verdade de deus conforme a temos na sua Palavra.

“Na sua lei medita de dia e de noite” (v.2)

Aqueles que procuram viver na bênção de Deus, meditam sua lei (i.e., na sua Palavra), a fim de moldarem seus pensamentos, atitudes e ações. Leem as palavras das Escrituras, meditam nelas e as comparam com outros trechos bíblicos.

Ao meditarem num texto bíblico, vêm às suas mentes perguntas com estas:

- O Espírito de Deus está aplicando este versículo à minha condição no momento? Há aqui uma promessa para eu buscar? Este texto revela um pecado específico que devo empenhar-me para em evitar? Meu espírito está em harmonia com o que o Espírito Santo está dizendo aqui? Este texto revela uma verdade a respeito de Deus, da salvação, do mundo, ou da minha obediência pessoal a Deus, a respeito, a respeito da qual preciso receber a iluminação do Espírito Santo?

“Ribeiros de águas” (v.3)

O resultado, para os que fielmente buscam a Deus e à sua Palavra, é ter vida no Espírito. Uma vez que a água comumente representa o Espírito de Deus (e.g., Jo 7.38,39). Os que são instruídos por Deus e guardam a sua palavra terão em si uma fonte de vida inesgotável da parte do Espírito.



A expressão “tudo quanto fizer prosperará” não significa que o crente nunca terá problemas nem revezes, mas, sim, que o justo conhecerá a vontade de Deus e a sua bênção.

“Os ímpios” (vv.4-6_)

O Salmo 1 descreve os pecadores impenitentes sob três quadros horríveis:

(1) são como a “moinha” lançada para longe por forças que não conseguem ver (v. 4);

(2) serão condenados na presença de Deus no dia do juízo (v. 5 ; cf. Ml 3.2; Mt 25.31-46; Ap 6.17);

(3) perecerão eternamente (v.6).



Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal
Por Litrazini
http://www.kairosministeriomissionario.blogspot.com.br/