Lição 09 - Um lugar de adoração a Deus no deserto



INTRODUÇÃO
 
I. AS INSTRUÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
II. O PÁTIO DO TABERNÁCULO
III. O LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS
 
CONCLUSÃO
 
UM LUGAR DE ADORAÇÃO NO DESERTO
Silas Daniel
 
“Do capítulo 25 ao capítulo 40 do livro de Êxodo, encontramos a instituição dos métodos de adoração a Deus entre o povo de Israel. As instruções divinas para o culto são dadas a Moisés, que as repassa ao povo; e elas consistem não só de orientação quanto à confecção de objetos a serem usados na organização dessa adoração, mas também de orientações voltadas para a liturgia do culto a Deus.
 
Entretanto, o que chama muito a atenção nesses capítulos é que, em meio a essa série de orientações sobre a montagem do santuário e a liturgia a ser adotada, Moisés também narra a apostasia do povo no deserto, quando os israelitas tiveram que ser fortemente confrontados e ocorre a quebra do concerto de Deus com seu povo, o qual só foi restaurado após o arrependimento dos israelitas e a intercessão de Moisés em favor deles (Êx 32.1—34.35). Notemos que essa apostasia envolvia, principalmente, uma adoração equivocada (Êx 32.1-8).
 
Como afirma o Comentário Bíblico Beacon, “esta seção final do Livro do Êxodo revela a paciência de Deus em lidar com seu povo rebelde e mostra os detalhes minuciosos que são requisitos para o povo adorá-lo”.  Ou seja, a adoração equivocada, a misericórdia de Deus e a adoração correta são os assuntos que, não por acaso, perpassam os capítulos que compreendem a última seção do livro de Êxodo. Sim, não por acaso esses assuntos se encontram aqui, porque, na verdade, eles só poderiam estar aqui. As instruções para o Tabernáculo e a apostasia do povo de Israel no deserto são episódios que estão entrelaçados não apenas cronologicamente, mas também tematicamente, porque evidenciam o tremendo contraste entre a verdadeira e a falsa adoração.
 
É chocante ver que enquanto Deus estava manifestando a Moisés o desejo de habitar no meio dos israelitas e dava-lhe as instruções para que houvesse um maior relacionamento dEle com o povo por meio da instituição de um santuário, os judeus estavam envolvidos em um projeto pessoal de religião, criando seus próprios símbolos de adoração, seu próprio culto e se chafurdando no pecado. Esses capítulos mostram o contraste entre a verdadeira e a falsa adoração, entre os frutos e o espírito do verdadeiro culto a Deus e os do falso culto. E a suma desse contraste é: enquanto o verdadeiro culto a Deus, através do ritual dos sacrifícios e do significado dos símbolos que ele carregava, evoca arrependimento, quebrantamento, humildade e conclamava à santidade, o culto apóstata leva o povo à licenciosidade (Êx 32.6,25).
 
Eis a grande lição desses últimos capítulos do livro de Êxodo.
 
A seguir, vejamos e analisemos as orientações divinas dadas a Moisés para uma verdadeira adoração a Ele, e notemos como elas refletem verdades neotestamentárias sobre a verdadeira adoração. Afinal, a adoração a Deus no Antigo Testamento pode se diferenciar externamente da adoração no Novo Testamento — além, claro, do fato de contarmos hoje com um acesso maior a Deus por meio do sacrifício perfeito e definitivo de Cristo —, mas os princípios que subjazem na adoração a Deus no Antigo Testamento são os mesmos no Novo Testamento.
 
Como afirma o escritor da Epístola aos Hebreus, tudo que envolvia o ritual de adoração a Deus no Antigo Testamento era “sombra” das verdades celestiais evidenciadas no Novo Testamento por meio de Cristo (Hb 8.5). Ou, como bem resume a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal ao comentar essa passagem de Hebreus, “o padrão para o Tabernáculo construído por Moisés foi dado por Deus. Era um padrão da realidade espiritual do sacrifício de Cristo e, deste modo, antecipava a realidade futura. [...] O Tabernáculo terrestre era uma expressão dos princípios eternos e teológicos”. 
 
Aprendamos, portanto, um pouco mais sobre a verdadeira adoração com os princípios eternos subjacentes nas instruções divinas para a construção do Tabernáculo.
 
“E Habitarei no Meio Deles”
 
Depois da entrega da Lei, encontramos, bem no início do capítulo 25, as primeiras instruções de Deus a Moisés para a construção do Tabernáculo. O homem de Deus estava já há algum tempo na presença divina no alto do monte, quando o Senhor começa a transmitir-lhe o projeto de um santuário a ser erguido entre o povo e o propósito de sua construção: “... e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).
 
“Habitarei no meio deles.” Até aquele momento, Deus já havia se manifestado várias vezes em favor de Israel, mas não fora visto ainda “no meio deles”. Quando Deus falava a Moisés no monte, o povo assistia a distância, impactado pela visão dos raios projetados lá de cima. Agora, porém, Deus está dizendo que a sua presença, que os assistira até ali, estaria permanentemente no meio do arraial, representada por e habitando um santuário erguido sob sua orientação.
 
Enfim, Deus queria que o povo tivesse um relacionamento mais íntimo com Ele, e hoje não é diferente: Ele deseja o mesmo conosco por meio do seu Santo Espírito, que, como asseverou Jesus, habita em nós desde o dia em que entregamos nossa vida a Cristo: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (Jo 14.16,17 – grifo meu).
 
Os Recursos e o Modelo para a Construção do Tabernáculo
 
Os capítulos 25 a 31 apresentam as diretrizes para a construção do Tabernáculo, e os capítulos 35 a 40, a execução dessas diretrizes. Alguns pontos chamam a atenção nessas instruções divinas.
 
O primeiro deles é que esse santuário, onde Deus estaria habitando no meio do seu povo, deveria ser construído com ofertas espontâneas (Êx 25.2). As ofertas deveriam ser voluntárias. Essa mesma orientação é vista em outras passagens bíblicas relativas a ofertas alçadas (1 Cr 29.17; 2 Co 9.7). Isso nos ensina que o princípio basilar para encetar qualquer relação mais íntima do homem com Deus é a disposição sincera do coração. Não se pode construir um relacionamento com Deus sem esse item inicial. Ele vem antes de qualquer “tijolo” a ser colocado e permanece durante todo o processo, porque, como bem disse Davi, ainda que tenhamos um templo belo e o sacrifício que levemos ao altar seja perfeito, se não há, antes de tudo, esse coração aberto, sensível e voltado para Deus, não adianta nada: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).
 
O segundo ponto é que o Tabernáculo também não poderia ser feito de qualquer jeito. Seus detalhes não foram entregues ao gosto de Moisés ou do povo. Não! O Tabernáculo deveria ser construído seguindo as minuciosas diretrizes divinas: “Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis” (Êx 25.9). Deus não habitaria no meio do povo em um Tabernáculo construído como o povo queria, mas em um Tabernáculo construído como Ele queria.
 
O modelo tanto do santuário como de seus utensílios foi dado pelo próprio Deus. E justamente por causa desse modelo preestabelecido, as ofertas alçadas também teriam que se enquadrar dentro de uma lista predeterminada pelo Senhor (Êx 25.3-7). O povo deveria ofertar espontaneamente, mas não poderia ofertar qualquer coisa. Ofertar espontaneamente não significa ofertar o que você quer, mas ofertar porque você quer.
 
Isso nos ensina que não podemos nos relacionar com Deus e chegar a Ele como nós queremos, mas segundo os parâmetros estabelecidos por Ele para as nossas vidas. Não podemos apresentar ao altar de Deus qualquer coisa, mas só aquilo que lhe agrada, que está dentro de sua vontade. Mais à frente, vemos Deus afirmando que não receberia sacrifícios com animais imperfeitos nem aceitaria fogo estranho no seu altar (Lv 1.1-3; 10.1-3). Ou seja, a verdadeira adoração se dá segundo os parâmetros estabelecidos pelo próprio Deus, os quais nos são expressos pela sua Palavra. Por exemplo: só podemos chegar a Deus por meio de Cristo (Jo 14.6); a verdadeira adoração deve ser em espírito e em verdade (Jo 4.23); o nosso culto deve ser racional (Rm 12.1); devemos envolver todo o nosso ser na adoração a Ele (Sl 103.1; Rm 12.1); nosso zelo diante de Deus deve ser com entendimento (Rm 10.2); devemos viver uma vida de santidade (Hb 12.14); devemos pedir a Deus somente o que está dentro da sua vontade (1 Jo 5.14); devemos fazer tudo para glória de Deus (1 Co 10.31); devemos colocar em primeiro plano em nossas vidas o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33); em tudo o que fizermos deve haver uma intenção pura e genuína norteada pelo verdadeiro amor (1 Co 13.1-7); tudo que ocorrer no culto público deve ser “para edificação” (1 Co 14.26); o culto público deve ter louvor, Palavra e manifestação sadia de dons (1 Co 14.26); tudo deve ser feito “com decência e ordem” (1 Co 14.40); etc” (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé: Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.88-92.



A importância da família na Bíblia

Provérbios 22:6

"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviarádele."

1 > A palavra família aparece 90 vezes na Bíblia (68 no Antigo e 22 no Novo Testamento).
2 > Logo depois de ter criado todas as coisas, a atenção de Deus foi voltada em criar o homem (Gn 1:26), e logo em seguida lhe deu uma mulher (Gn 2:18), com a qual, em pouco tempo, ele teve filhos (Gn 4:1,2), constituindo assim, a primeira família da face da terra. 
3 > A família é tão importante para Deus que quando Ele decidiu mandar um dilúvio pra destruir todo o povo da terra, devido aos seus grandes pecados, Ele fez questão de preservar uma família, a família de Noé, que era um homem fiel (Gn 3:6-8); e um fato bastante interessante é que Ele não se limitou a salvar simplesmente a família dele para dar seguimento à raça humana (Gn 7:1); mas Ele mandou que Noé também colocasse na arca um casal de cada espécie de animal (Gn 7:2,3), demonstrando também assim preocupação com a preveservação das famílias dos seres irracionais. 
4 > Abraão, o maior pai da história, teve Ismael, o seu primeiro filho, aos 86 anos de idade com Agar, sua escrava (Gn 16:15,16); e teve Isaque, seu primeiro filho com Sara, sua legítima esposa, quando ele já estava com 100 anos de idade e ela com 90 (Gn 17:17; 21:5), e ela era estéril (Gn 11:30).
5 > O segredo para se ter uma família saudável é, simplesmente, dar aos seus filhos uma boa educação espiritual (Pr 22:6); a Bíblia nos mostra isso de várias maneiras:
a - Os que são ensinados a güardar o caminho do Senhor aprendem a agir com justiça e juízo:
Gênesis 18:19 = Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para agirem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
b - Devemos passar aos nossos filhos tudo o que temos aprendido de Deus: Deuteronômio 4:9 = Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.
c - O nosso lar deve ser um santuário de constante adoração e ensinamento da Palavra de Deus:
Deuteronômio 6:6,7 = E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; 7 = e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
d - Para que a Palavra de Deus e suas doutrinas não sejam esquecidas ao longo do tempo, ela tem que ser passada de pai para filho:
Salmos 78:1-6 = Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca. 2 = Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade, 3 = os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. 4 = Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. 5 = Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, 6 = para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos;e - É necessário ensinarmos aos nossos filhos que eles pertencem a Deus e que devem adora-lo:1 Samuel 1:28 = Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR.f - Aquele que é criado no caminho do Senhor desenvolve um bom caráter, tornando-se assim uma pessoa agradável:1 Samuel 2:26 = E o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o SENHOR como também para com os homens.g - Aquele que, desde a sua meninice, é instruído no caminho em que deve andar, ensina isso aos seus filhos, e até no final de sua velhice güarda os mandamentos que aprendeu:1 Samuel 12:2,3 = Agora, pois, eis que o rei vai diante de vós; e já envelheci e encaneci, e eis que meus filhos estão convosco; e eu tenho andado diante de vós desde a minha mocidade até ao dia de hoje. 3 = Eis-me [aqui,] testificai contra mim perante o SENHOR e perante o seu ungido: a quem tomei o boi? A quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem tenho oprimido e de cuja mão tenho tomado presente e com ele encobri os meus olhos? E vo-lo restituirei.h - Os pais devem criar os filhos com amor e compreensão, e não simplesmente com rancor e repreensão:Efésios 6:4 = E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.i - Aquele que é ensinado no Caminho Certo desde pequeno, cresce com sabedoria:2 Timóteo 3:15 = E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.6 > O que os jovens mais precisam saber sobre namoro, noivado e casamento:a - É necessário haver amor num relacionamento?
> O mais importante num relacionamento entre duas pessoas é o amor; mas o amor só pode ser verdadeiro se for gerado por Deus:
1 João 4:7 = Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a {ou o amor} caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 = Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade. {ou o amor}
b - Por que não devemos ter união conjugal com pessoas que não servem a Deus?> Porque aquele que não serve a Deus, também não serve pra nós; pois quem não leva a sério um compromisso com Ele, certamente também não levará a sério um compromisso conosco. Todos os que se casaram com pessoas que não serviam a Deus, tiveram sérios problemas: Sansão foi traído (Jz 16:18-21), Salomão saiu da presença da Deus (Ne 13:26)...:2 Co 6:14-18 = Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 15 = E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? 16 = E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 17 =Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; 18 = e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.

c - Como saber qual é a pessoa certa?- Pedindo a direção de Deus:Gn 24:2-7 = E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa, 3 = para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito, 4 = mas que irás à minha terra e à minha parentela e daí tomarás mulher para meu filho Isaque. 5 = E disse-lhe o servo: Porventura não quererá seguir-me a mulher a esta terra. Farei, pois, tornar o teu filho à terra de onde saíste? 6 = E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho. 7 = O SENHOR, Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra, ele enviará o seu Anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para meu filho.

d - Por que não é lícita a prática da relação sexual fora do casamento?- Porque o adultério é abominável aos olhos de Deus (Dt 22:13-30), e para Ele agir em nossa vida, fazendo morada em nosso ser interior devemos manter nosso corpo purificado:1 Co 6:18-20 = Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 = Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 = Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
7 - O que a Bíblia diz sobre o divórcio?a - No tempo de Moisés, um homem podia se divorciar de sua mulher simplesmente por acha-la feia:
Deuteronômio 24:1 = Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.
b - Ainda no início do Novo Testamento, os homens usavam a lei de Moisés como pretexto para o divórcio:
Marcos 10:4 = E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.
c - Mas Jesus combateu isso, mostrando-lhes o único motivo que poderia dar a alguém o direito de divorciar-se:
Mateus 5:32 = Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
d - E Ele ainda deixou bem claro que aquilo que Deus uniu, o homem não tem o direito de separar:Marcos 10:6-9 = porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. 7 = Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. 8 = E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. 9 = Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.8 > Agora vamos falar da família mais importante de toda a história da humanidade, a família do nosso Senhor Jesus Cristo:
a - Jesus foi a única criança do mundo que pôde ser gerada num ventre materno sem a necessidade de um pai biológico (Mt 1:18-25).
b - Maria foi a única mãe virgem da história (Mt 1:23).
c - Deus escolheu o casal ideal para ser a família de Jesus aqui na terra: pois Maria era uma mulher honrada e José era um homem justo (Mt 1:19).
d - Embora tivessem o maravilhosíssimo privilégio de receber na terra, Jesus Cristo, Deus encarnado como homem, esse casal continuou tendo uma vida comum como qualquer outra família: Maria não era uma mulher de destaque, José era um humilde carpinteiro e Jesus seguiu essa mesma profissão (Mt 13:55).
e - Eles nos deixaram um grande exemplo de como criar nossos filhos: pois eles criaram Jesus na igreja (Lc 2:41,42,52).
f - Como em qualquer família comum, entre eles também havia problemas, e, Jesus, por ser diferente, nem sempre era compreendido por sua mãe, seus irmãos e seus parentes (Mt 12:46-50; Mc 3:21; Jo 7:5).
g - Como um bom filho, nem na hora da morte Jesus se esqueceu de tua mãe (Jo 19:25-27).
9 > Quando servimos fielmente a Deus, Ele abençoa grandemente não somente a nós, mas também a toda a nossa família:Gênesis 45:11 = E ali te sustentarei, porque ainda [haverá] cinco anos de fome, para que não pereças de pobreza, tu, e tua casa, e tudo o que tens.Salmos 37:25 = Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.
10 > Deus tem um grande e maravilhoso plano de salvação para toda a humanidade, e nele estão incluídos você e a tua família: Gênesis 7:1 = Depois, disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.Atos 16:31 = "... Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa!" Por Luis Fernando de Souza. Gentileza Estudos Biblicos.


LIÇÃO Nº 8 – MOISÉS – SUA LIDERANÇA E SEUS AUXILIARES
           
1º SLIDE  INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro de Êxodo, estudaremos a liderança de Moisés e seus auxiliares, com centro no capítulo 18 daquele livro.
- Moisés foi preparado para ser o líder de seu povo desde o seu nascimento.
2º SLIDE  I – O PREPARO DE MOISÉS PARA LIDERAR ISRAEL
- Em Êxodo, Deus formou três dos quatro elementos necessários para que se tenha uma nação, quais sejam, o povo, a cultura e o governo.

- Neste processo de formação, um ponto que se deve aqui destacar foi o cuidado que Deus teve em preparar o governo de Israel.
3º SLIDE
- Como afirmou em Sua proposta a Israel no monte Sinai, o Senhor queria fazer de Israel um “reino sacerdotal” (Ex.19:6).
- O governante do povo seria o próprio Deus, que, naturalmente, se serviria dos homens para a administração do Seu povo, para que estivessem à frente do povo, seguindo as orientações do Senhor.
4º SLIDE
- O Senhor, ao estabelecer o Seu governo sobre Israel, não desprezaria a própria estrutura social que se formara, com base na família, entre os israelitas.
- Por isso, um líder jamais pode desconsiderar a estrutura familiar subjacente a toda sociedade e que, certamente, interfere na própria tessitura dos demais grupos sociais, inclusive a Igreja, que é formada de famílias.
5º SLIDE
- Moisés mostrou ter aprendido bem esta lição, pois, quando foi para o Egito, sua primeira tarefa foi se reunir com os anciãos de Israel, ou seja, com os líderes das tribos e das famílias (Ex.4:28), tendo igualmente a eles se dirigido quando foi levar a proposta de Deus para o pacto com Israel no monte Sinai (Ex.19:7).
- Para que o Senhor pudesse governar sobre o povo de Israel, entretanto, seria preciso que se estabelecessem leis que regessem o povo, leis dadas pelo próprio Deus, bem como que houvesse homens que executassem e aplicassem estas leis. Como se não bastasse isso, indispensável que houvesse alguém que estivesse à frente do povo, inclusive para libertá-lo do Egito e para levá-lo até a terra de Canaã.
6º SLIDE
- O Senhor providenciou a Israel um líder, a saber, Moisés, que foi escolhido pelo Senhor para esta tarefa desde o seu nascimento.
- O cuidado divino para a preparação de Moisés, preparação esta que durou 80 anos, mostra-nos como é absolutamente necessário que o povo de Deus seja liderado por homens que tenham o devido preparo, não somente um preparo intelectual, mas, sobretudo, um preparo espiritual.
7º SLIDE
Etapas da preparação de Moisés
a) “formação do caráter” - na primeira infância, ensinado nos valores e princípios do povo de Israel, para poder assumir identidade hebreia;
b) “carreira vocacional” – instruído em toda a ciência do Egito, para ter conhecimento suficiente para liderar o povo e confrontar com Faraó e seus servos;
c) “carreira espiritual” – aprender das coisas sagradas e a ter comunhão com Deus, para poder apascentar o povo de Israel.
8º SLIDE
- Na “escola do deserto”, Moisés aprendeu a ser líder, pois, no Egito, aprendera a ser apenas “chefe”.
- O chefe sabe apenas mandar. O líder aprende a convencer os liderados, a persuadi-los, também tendo ciência de sua dependência de Deus e dos outros. O líder precisa ser humilde.
9º SLIDE
- Mo monte Horebe, quando de sua chamada, Moisés mostrou que sentia a necessidade de convencer o povo, de se mostrar como alguém mandado por Deus, alguém que era mero administrador da vontade divina, não o dono da situação.
- Diante deste pedido de Moisés, o Senhor não só Se fez a conhecer pelo Seu nome a Moisés (Ex.3:13,14), como também Lhe deu poder para fazer sinais e prodígios diante do povo, a fim de confirmar a Sua chamada (Ex.4:1-9), como também um canal de comunicação permanente com o povo – seu irmão Arão.
10º SLIDE  II – A LIDERANÇA DE MOISÉS É APRIMORADA COM AUXILIARES
- Moisés fez-se reconhecer como líder no meio de Israel, fazendo os sinais necessários para a sua confirmação (Ex.4:31).
- Quando veio a opressão mais acirrada, o povo o acusou (Ex.5:20,21), mas Moisés dá outra lição de liderança: foi buscar em Deus a solução dos problemas e das crises.
11º SLIDE
- Devidamente orientado por Deus, Moisés pôde ordenar as pragas sobre o Egito e, com esta demonstração de poder, pôde ser, uma vez mais, angariar a confiança do povo de Israel, que lhe obedeceu em tudo quanto determinou com relação à páscoa (Ex.11:2,3).
- É na obediência a Deus que a liderança se firma diante do povo de Deus e isto não se dá sem resistência inicial, sem a necessidade de uma maior aproximação do líder em relação a Deus e fiel observância de Sua orientação.
12º SLIDE
- Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar (Hb.3:5).
- Moisés assumiu a sua condição de servo, aprendeu que deveria sempre buscar a orientação de Deus e não modificar coisa alguma que lhe fosse falado e mandado pelo Senhor.
13º SLIDE
- Quando das pragas, o Senhor já indicou a Moisés que ele não poderia jamais atuar sozinho, mas dependeria de ajuda e cooperação. Tanto assim é que:
a) Foi Arão quem fez o milagre de tornar a vara em serpente diante de Faraó (Ex.7:9,10), como também quem realizou as três primeiras pragas sobre o Egito (Ex.7:19; 8:5,16);
b) agiu conjuntamente com Arão quando da sexta praga (Ex.9:8).


14º SLIDE
- Na travessia do Mar Vermelho, Moisés deu outra mostra de que havia se tornado um líder. Após a estupenda vitória que o Senhor havia dado, manifestando a Sua glória, Moisés fez um cântico e convidou todo o povo a cantar com ele, para celebrar aquela grande vitória.
- Moisés não quis os louros da vitória para si, mas, entendendo que o nome do Senhor tinha de ser glorificado, no momento mesmo em que o povo lhe reconhecia a liderança de modo consolidado (Ex.14:31), fez com que todo o povo glorificasse a Deus.
15º SLIDE
- Na peregrinação em direção ao Sinai, Moisés continuou se conduzindo bem, buscando sempre a Deus nos momentos de crise (Ex.14:13-15; 15:25; 16:4-6; 17:4), bem como tendo o auxílio de Arão (Ex.16:9,10).
- No entanto, após a contenda em Refidim, que, inclusive, mudou o nome do lugar para Massá e Meribá (Ex.17:7), Amaleque veio guerrear contra Israel. Naquele momento, diante da iminência da guerra, Moisés não assumiu, como seria de se esperar, o comando das tropas, mas incumbiu Josué, um jovem da tribo de Efraim, para fazê-lo (Ex.17:9).
16º SLIDE
- Moisés aprendeu que o governo não era solitário, que havia necessidade de ajuda de outros, além da dependência de Deus.
- Assim, subiu ao monte para interceder pelo povo, acompanhado tanto de Arão, quanto de Hur (Ex.17:10).
17º SLIDE
- Mesmo combatendo com suas orações, Moisés pôde perceber que, quando suas mãos estavam levantadas, o povo de Israel prevalecia, mas, quando ele as abaixava, os amalequitas é que tinham vantagem.
- Por isso, Arão e Hur ajudaram a Moisés, fazendo-o assentar uma pedra, que puseram debaixo dele, em como sustentando as mãos de Moisés e, deste modo, Josué pôde desfazer a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada (Ex.17:10-13).
18º SLIDE
- Quando tudo demonstrava que Moisés entendera que o Senhor queria que compartilhasse a administração do povo de Israel com outras pessoas, as circunstâncias demonstraram que isto não ocorrera ainda.
- Moisés havia tomado a decisão de assumir sozinho todo o encargo de julgar as causas do povo.
19º SLIDE
- Jetro bem verificou que o que Moisés fazia não era bom, visto que isto significaria a falência da justiça no meio do povo, já que Moisés era incapaz de, sozinho, julgar todas as causas.
- Jetro fez ver a Moisés que a centralização não é um correto meio de administração. Não se pode administrar o povo de Deus solitariamente (Ex.18:18).
20º SLIDE
- Jetro fez ver a Moisés que sua liderança impunha que ele se dedicasse a cuidar apenas das causas maiores, que deveria ser o mediador entre Deus e o povo, o que lhe exigia dedicação às coisas sagradas, deixando as coisas de menor importância aos cuidados de juízes que fossem devidamente escolhidos para estes negócios.
- Moisés, demonstrando ser uma pessoa humilde, ouviu os conselhos de seu sogro e criou, então, um sistema judicial para auxiliá-lo no governo dos filhos de Israel.
21º SLIDE
- Era preciso que a carga de Moisés fosse levada também por outros, pois, se assim não ocorresse, não haveria paz no meio do povo de Deus, não haveria condições para que o povo possa caminhar seguramente para o seu destino.
- Jetro fez ver a Moisés que havia necessidade de distribuir as tarefas judiciais com outros, mas outros que fossem qualificados, de modo a que a tarefa de julgamento fosse devidamente desempenhada.
22º SLIDE
- A descentralização não é mera delegação de tarefas a outras pessoas, mas a delegação de tarefas a pessoas devidamente preparadas, que possam desempenhar bem o encargo que estão a receber, a saber (Ex.18:21):
a) capacidade
b) temor a Deus
c) ser homem de verdade
d) ser aborrecedor da avareza
23º SLIDE
- Na própria entrega da lei, o Senhor fez ver a Moisés que a liderança não é solitária, tanto que mandou que Moisés subisse ao monte na companhia de Arão, Nadabe, Abiú e setenta dos anciãos de Israel (Ex.24:1).
- Moisés tanto aprendeu esta lição que, quando chamado pelo Senhor para subir ao monte, onde haveria de receber outras instruções, em especial, as referentes à edificação do tabernáculo, pôde fazê-lo sem qualquer temor, deixando Arão e Hur para cuidar, inclusive, dos “negócios graves”, durante a sua ausência (Ex.24:14).
24º SLIDE
- Moisés subiu sozinho ao cume do monte, onde entrou no meio da nuvem da escuridade, pois só ele poderia exercer esta função, vez que fora feito o medianeiro da aliança, consoante o pedido do próprio povo de Israel (Ex.20:19; Gl.3:19,20).
- A descentralização não significa a omissão, a autorização para não se fazer o que somente o líder pode fazer.

25º SLIDE
- Moisés não deixou de inquirir Arão a respeito do episódio do bezerro de ouro (Ex.32:21-24), prova de que o líder deve sempre chamar à responsabilidade seus auxiliares quando estes cometem algum deslize.
- Amizade e companheirismo não se confundem com omissão e leniência.
26º SLIDE
- Depois de retornar da sua segunda ida ao monte Sinai, Moisés chamou Arão e os príncipes de Israel, para lhes falar tudo quanto Deus lhe havia falado no monte, prova de que não entendeu que tivesse errado ao compartilhar o encargo do povo com outros (Ex.34:32).
- Os líderes devem seguir este exemplo dado por Moisés, de modo a que os seus liderados, a começar de seus auxiliares, possam ver em seu rosto a glória de Deus.
27º SLIDE
- Depois de falar com os auxiliares, Moisés dirigiu-se a todo o povo e lhes ordenou tudo o que o Senhor falara com ele no monte Sinai (Ex.34:32).
- O líder autêntico e legítimo deve sempre transmitir aquilo que o Senhor lhe der, a mensagem que o Senhor lhe conceder.
28º SLIDE
- Na construção do tabernáculo, mais uma vez Moisés verificaria a necessidade de ter auxiliares para que a liderança fosse efetiva.
- O próprio Deus disse-lhe que havia chamado Bezaleel, neto de Hur, bem como Aoliabe, filho de Aisamaque, este da tribo de Dã, para que fizessem as peças do tabernáculo, eles mesmos devidamente auxiliados por outros homens, que também eram “sábios de coração” para fazer toda a obra para o serviço do santuário (Ex.36:1).
29º SLIDE
- Com a construção do tabernáculo, Moisés teve de constituir a Arão e a seus filhos como sacerdotes (Ex.28:1), passando, portanto, a não mais desempenhar as tarefas sacerdotais próprias do cerimonial da lei, que passaram a ser incumbência de Arão e de seus filhos.
- A repartição de funções é, portanto, imposta por Deus e devidamente acatada por Moisés, que jamais se arrogou o direito de exercer o sacerdócio, como poderia até, humanamente falando, reivindicar.
30º SLIDE
- Jamais vemos Moisés se indispondo com seus auxiliares por causa do crescimento deles diante de Deus.
- Moisés sempre foi um entusiasta de surgimento de novas lideranças, tanto que escolheu mancebos para que estivessem a seu serviço (Nm.11:28), um dos quais, aliás, haveria de ser o seu sucessor, a saber. Josué, filho de Num (Nm.27:18).
31º SLIDE
- O próprio Moisés, posteriormente, chegou mesmo a pedir ao Senhor que tivesse auxiliares na própria condução do povo, pois seu encargo era pesado, tendo o Senhor atendido a seu pedido e repartido do Espírito Santo que estava sobre Moisés com setenta anciãos do povo (Nm.11:14-17).
- Com este gesto, Moisés mostra ter entendido, claramente, que o povo de Deus não poderia ser guiado solitariamente, mesmo nos assuntos espirituais.
Por/ Pr. Luis Fernando de Souza. COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL

10 erros que os jovens não podem cometer.

1. NÃO LEVAR A SÉRIO A LEI DA SEMEADURA. (Gl 6:7)
A) Semear é opcional, colher é obrigatório.
B) Tudo na vida é uma questão de semeadura.
C) Quem semeia honra colhe longevidade.
D) Palavras são sementes que lançamos no solo do coração da pessoas.
2. DAR MAIS VALOR À APARÊNCIA FÍSICA, DO QUE PARA A BELEZA DO CARÁTER. (1 Pe 3:2-4)
A) Não basta ter casca, mas não ter conteúdo.
B) Não basta ser aplaudido pelos homens, e não ser aprovado por Deus.
C) Quem você é, é mais importante do que aquilo que você faz.
D) Talento é um dom, caráter uma escolha.
3. NÃO PROTEGER A ÁREA DA SUA VIDA QUE É MAIS VULNERÁVEL AO PECADO. (Mt 26:41)
A) Sansão terminou sua vida de forma trágica, porque brincou onde não deveria brincar. Sansão flertou com o pecado, brincou com a tentação.
B) Ele não protegeu seu ponto fraco.
C) Qual é o seu ponto fraco, comer demais, falar demais, o sexo ilícito, o temperamento, a Ira, o dinheiro, a pornografia etc…
4. NÃO TER COMPROMISSO COM UMA LISTA DE PRIORIDADES ORDENADAS. (Mt 6:33)
A) O que deve vir em primeiro lugar na vida de alguém que nasceu de novo, que serve ao Senhor?
B) Diz a Palavra: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus…”
5. NÃO INVESTIR NO SEU FUTURO.
A) Quem pensa só no momento, amanhã sofrera com a dor do arrependimento.
B) Planejar significa pensar antecipadamente.
C) Quem investe no seu futuro, tem visão, sabe aonde quer chegar, tem objetivos na vida.
6. NÃO INVESTIR NO SEU CRESCIMENTO PESSOAL.
A) Quem escolhe a mediocridade, não se destaca e sua história nunca será contada.
B) Não há crescimento sem pré-disposição para as mudanças necessárias.
C) Não há crescimento sem a dor da disciplina. Aceite a dor da disciplina para não chorar com a dor do arrependimento.
7. FAZER PORQUE TODOS ESTÃO FAZENDO. (1 Co 10:23)
A) Quem faz só porque todos estão fazendo, não tem opinião própria e nem personalidade.
B) Suas decisões revelam qual é o seu código de valores.
C) Seu código de valores revela a qualidade do seu caráter.
D) O jovem que tem um caráter cristão decide sempre com base em princípios, ainda que a maioria esteja fazendo, se é contra as escrituras ele não faz.
8. NÃO PERDOAR OS PAIS… (Mt 18:21,22)
A) Pais ausentes. (Nunca tem tempo para os filhos.)
B) Pais agressivos (Ele passou a cueca suja no rosto do filho. )
C) Pais que foram infiéis. (Ela pegou a mãe beijando outro na cozinha.)
D) Pais que abandonaram. (O pai foi embora, sem Dar satisfação à ninguém.)
E) Pais que são homossexuais. (A mãe abandonou o pai e foi morar com outra mulher.)
F) Pais que abusaram dos filhos física ou psicologicamente. (Com 7 anos ela foi abusada pelo pai.)
G) Pais alcoólatras – (Meu pai FICA irreconhecível quando chega embriagado.)
Quem não perdoa:
· Destrói a Ponte que um dia vai precisar usar.
· Desenvolve um câncer na alma.
· Nunca vai experimentar o milagre da transformação em sua Casa.
· Coloca-se debaixo da Ira de Deus.
· Não tem Paz.
· Abre uma brecha enorme na alma para a depressão.
· Não tem suas emoções conquistadas.
· Diz não para Deus e sim para o diabo.
· Vive como um prisioneiro dos sentimentos negativos.
9. SEMPRE TRANSFERIR A CULPA PARA ALGUÉM, NUNCA ASSUMINDO RESPONSABILIDADE. (Gn 3:10-13)
A) A sua vida é o resultado das escolhas que você faz.
B) Ninguém pode decidir por você.
C) Quando transferimos toda culpa para o diabo, não sentimos necessidade de mudar.
D) Não há mudança quando a pessoa não reconhece que precisa mudar.
10. NÃO TER PARCEIROS DE ORAÇÀO E NEM CONSELHEIROS .
A) Daniel, Ananias, Misael e Azarias eram parceiros de oração. (Dn 2:17,18)
B) Um conselho pode nos livrar do caminho da morte. (Pv 16:25; Pv.12:15; Pv 27:9).
Por Pr. Luis Fernando de Souza. Fonte Estudos Cristãos.


1º Trimestre de 2014
Lição 7
1Trim2014_Lição 7: Os Dez Mandamentos do Senhor
16 de fevereiro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
VERDADE PRÁTICA

A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.

HINOS SUGERIDOS

262, 285, 306.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.16,17
A lei de Moisés e a graça de Deus
Terça - Rm 1.16,17
O crente vive em Cristo a partir da fé
Quarta - Gl 4.4,5
Cristo veio alcançar os que estavam sob a Lei
Quinta - 1Co 1.30,31
Cristo — sabedoria, justiça, santificação e redenção
Sexta - Rm 10.8,17
A fé pela Palavra quando crida e obedecida
Sábado - Gl 2.16
A justificação nos vem pela fé em Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.1-5,7-10,12-17.
Êxodo 19
1 - Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 - Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 - Não terás outros deuses diante de mim.
4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso [...].
7 - Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra,
10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas.
12 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.
13 - Não matarás.
14 - Não adulterarás.
15 - Não furtarás.
16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Conhecer os propósitos dos Dez Mandamentos.
  • Compreender o conceito de cada mandamento.
  • Saber que os Dez Mandamentos referem-se a relação do homem com Deus e o próximo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Mandamento: Disposição escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato.

Hoje estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso precisamos conhecê-los. [Comentário: Em continuidade ao estudo de Êxodo, chegamos ao capítulo 20, onde há o registro do Decálogo - escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (Êx 31.18; Dt 4.1 3; 1 0.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra Prometida (Dt 41.14; 14). Os Dez Mandamentos são dez leis na Bíblia que Deus deu à nação de Israel logo após o êxodo do Egito. Os Dez Mandamentos são essencialmente um resumo dos mais de 600 mandamentos contidos na Lei do Antigo Testamento. Os primeiros quatros mandamentos lidam com a nossa relação com Deus. Os outros seis mandamentos lidam com os nossos relacionamentos com os outros. Os Dez Mandamentos estão registrados na Bíblia em Êxodo 20:1-17 e Deuteronômio 5:6-21. Jesus Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do Novo Testamento (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.1 4; Lv 1 9.1 8; Dt 6.5; 1 0.1 2; 30.6). Conforme esses trechos do Novo Testamento, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade. Os preceitos civis e cerimoniais do Novo Testamento que regiam o culto e a vida social de Israel já não são obrigatórios para o crente do Novo Testamento. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.145).]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. OS PROPÓSITOS DA LEI

1. O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa “dez enunciados” ou “declarações” (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.[Comentário: Decálogo significa dez palavras (Êx 34,28). Estas palavras resumem a Lei, dada por Deus ao povo de Israel, no contexto da Aliança, por meio de Moisés. Este, ao apresentar os mandamentos do amor a Deus (os quatro primeiros) e ao próximo (os outros seis), traça, para o povo eleito e para cada um em particular, o caminho de uma vida liberta da escravidão do pecado. Os Dez Mandamentos foram entregues no Monte Sinai ao povo hebreu, por Deus, através de Moisés, separadamente do restante da Torá (ensinamentos). De acordo com a Bíblia, os Mandamentos escritos nas duas tábuas da Lei, foram escritas pelo dedo do próprio Deus sendo que os demais foram ditados e escritos em pergaminhos por Moisés e ambos falados diretamente ao povo. Em hebraico (língua original dos Mandamentos), o número de letras dos Dez Mandamentos é equivalente a 613, o número total dos mandamentos da Torá.].
2. Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:
a) Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12). [Comentário: Estes dizeres não foram copiados do Egito ou de outras nações, como alguns suspeitam. “As declarações do monte Sinai são nobres e inteiramente diferentes de qualquer coisa encontrada em todo o conjunto da literatura egípcia.” Deus deu estas palavras não como meio de salvação, porque este povo já estava salvo do Egito, mas como norma de conduta. Levando em conta que a obediência era uma cláusula para a continuação do concerto (Êx 19.5), estas palavras se tornaram a base de perseverança na qualidade de povo de Deus. Paulo deixou claro que a observância da lei não é meio de salvação pessoal, pois a justificação é pela fé em Cristo (G1 2.16). A lei conduz a Cristo, mas não salva (G1 3.24). Deduzimos que esta lei moral foi dada como fundamento providencial para a fé do povo de Deus. Quem o ama observa sua lei. Dividir a lei em lei moral, lei cerimonial e lei civil é, por um lado, útil, e, por outro, enganoso. Lógico que a lei moral do Decálogo é básica e expressa a responsabilidade de todos os homens. Mas as outras leis dadas a Israel também eram igualmente obrigatórias.].
b) Identificar e expor a malignidade do pecado. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). “Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7). [Comentário: As leis de Deus eram demonstração de sua justiça por meio de símbolos e forneciam uma disciplina pela qual os israelitas poderiam ser conformados à santidade de Deus. Verdade é que, como nos ensina o apóstolo, a lei veio para que a ofensa abundasse (Rm 5.20). Isto mostra-nos claramente o verdadeiro objetivo da lei: veio a propósito para que o pecado se fizesse excessivamente maligno (Rm 7.13). Era, em certo sentido, como um espelho perfeito enviado para revelar ao homem o seu desarranjo moral. Se eu me puser diante de um espelho com o meu vestuário desarranjado, o espelho mostra-me o desarranjo, mas não o põe em ordem. Se eu fizer descer sobre um muro tortuoso um prumo, o prumo mostra a tortuosidade, mas não a altera. Se eu sair numa noite escura com uma luz, esta revela-me todos os obstáculos e dificuldades que se acham no caminho, mas não os remove. Além disso, o espelho, o prumo, e a luz não criam os males que revelam distintamente: nem os criam nem os afastam, apenas os revelam. O mesmo acontece com a lei: não cria o mal no coração do homem nem tampouco o tira; mas revela-o com infalível exatidão (C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé).].
c) Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4). [Comentário: Mas, pode perguntar-se, "a lei não é perfeita? E se é perfeita que mais pode desejar-se? A lei é divinamente perfeita. Na verdade, a própria perfeição da lei é a razão de amaldiçoar e matar aqueles que não são perfeitos e pretendem subsistir perante ela. "A lei é espiritual, mas eu sou carnal" (Rm 7.14). É inteiramente impossível fazer-se uma ideia justada perfeição e espiritualidade da lei. Porém, esta lei perfeita estando em contato com a humanidade caída—esta lei espiritual entrando em contato com a mente carnal—só podia produzir a "ira" a "inimizade" (Rm 4.15; 8.7). Por quê?- É porque a lei não é perfeita?- Ao contrário, é porque ela o é e o homem é pecador. Se o homem fosse perfeito cumpriria a lei em toda a sua perfeição espiritual; e até mesmo no caso de crentes verdadeiros, embora tragam ainda consigo uma natureza corrompida, o apóstolo ensina-nos: "Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito" (Rm 8.4): "...porque quem ama aos outros cumpriu a lei... O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13.8 e 10). Se eu amar o próximo não furtarei aquilo que lhe pertence; pelo contrário, procurarei fazer-lhe todo o bem que puder. Tudo isto é claro e fácil de compreender por uma alma espiritual; mas não toca na questão da lei, quer seja como fundamento de vida do pecador ou de regra de vida para o crente. (C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé).].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel: prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.

II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)

1. O primeiro mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10). [Comentário: Não terás outros deuses. Temos aqui a regra do monoteísmo (ver a respeito no Dicionário). Neste ponto, o monoteísmo substitui todas as outras possíveis noções de Deus. Todavia, não basta acreditar na existência de um Deus. Esse Deus único precisa ser reconhecido e obedecido como a autoridade moral de todos os atos humanos. Também só há um Deus no atinente à questão da adoração e do serviço espirituais. O Deus único merece toda honra. Isso labora contra 0 panteísmo e todo 0 seu caos. Este último adiciona muitas informações àquilo que comentamos aqui (ver também Êx 23.13). A nação de Israel estava cercada por povos que eram leais a um número impressionante de divindades. As pragas do Egito tinham mostrado que só YAHWEH é Deus (Êx 5.2 e 6.7). Há uma profunda verdade na ideia que um homem só pode adorar a um Deus. Jesus abordou essa questão em Mateus 6.24. Os homens adoram aquelas coisas que lhes parecem importantes, incluindo o dinheiro. Há deuses externos e internos. Mas todos eles são deuses falsos. Os versículos 4-6 descrevem e ampliam 0 primeiro mandamento. Os católicos-romanos e os luteranos (e também muitos intérpretes judeus) pensam que esses versículos formam, conjuntamente, o primeiro mandamento. Mas a maioria dos outros grupos protestantes e evangélicos fazem desses versículos um mandamento distinto. YAHWEH é um Deus zeloso que não tolera rivais (vs. 5; 34.14). Naturalmente, temos nisso uma linguagem antropomórfica. Divindades rivais seriam algo contrário ao caráter único de Deus. E um deus que não é único não é 0 verdadeiro Deus. A desobediência ao primeiro mandamento foi a principal razão dos cativeiros que, finalmente, Israel sofreu. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 388).].
2. O segundo mandamento. “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito”, disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse “ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do coração”.[Comentário: “Como o primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a idolatria e o materialismo.” Embora certas formas de idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a sensualidade (Fp 3.19) —, o segundo mandamento condena primariamente a fabricação de imagens na função de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A história de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira. Estas imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu, na terra e nas águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração: Não te encurvarás a elas. Os versículos 4 e 5 devem ser considerados juntos. Não há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo (25.31-34) e no primeiro Templo (1 Rs 6.18,29) havia obras esculpidas. A idolatria consiste em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos. Deus apresentou os motivos para esta proibição. Ele é Deus zeloso, no sentido de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem. Deus não regateia o sucesso ou a felicidade para as pessoas, como faziam os deuses gregos. E para o bem dos filhos de Deus que eles devem consagrar e reverenciar o nome divino. Deus pune a desobediência e recompensa a obediência. Muitos questionam o julgamento nos filhos de pais ofensores, mas tais julgamentos são temporários (Ez 18.14-17) e aplicam-se às consequências, como, por exemplo, doenças, que naturalmente seguem as más ações. O medo de prejudicar os filhos deveria exercer coibição salutar na conduta dos pais. As perdas que os filhos sofrem por causa da desobediência parental podem levar os pais ao arrependimento. Na pior das hipóteses, a pena vai até à terceira e quarta geração, ao passo que a misericórdia é mostrada a mil gerações quando há amor e obediência. (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 189-190).].
3. O terceiro mandamento. “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.[Comentário: Tomar o nome do SENHOR, teu Deus, em vão é “recorrer ao irrealismo, ou seja servir-se do nome de Deus para apelar ao que não é expressão do caráter divino”. Tal uso profano do nome de Deus ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este mandamento não obsta o uso do nome de Deus em juramentos verdadeiros e solenes.” Deus odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de Cristo, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são culpados diante de Deus e só recebem misericórdia depois de se arrependerem. Os justos veneram o nome de Deus por ser santo e sagrado. (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 190). Alan Cole afirma que “No judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer uso impensado e irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por ano, pelo sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv 23:27). Em sua forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar falsamente pelo nome de YHWH (Lv 19:12). Este parece ser o verdadeiro sentido do texto hebraico. A lei permitia abençoar e amaldiçoar em nome de YHWH (Dt 11:26): isso equivalia virtualmente a proclamar Sua vontade e Seu propósito para com várias classes de indivíduos. Jurar pelo Seu nome era, então, permitido, embora fosse proibido por Cristo, séculos mais tarde (Mt 5.34). Na verdade, jurar pelo Seu nome (e não pelo de qualquer outro deus) era um sinal de que tal pessoa era um adorador de YHWH (Jr 4.2), e por isso era algo digno de louvor. Uma razão mais profunda para tal proibição pode ser vista no fato de que Deus era a única realidade viva para a mentalidade israelita. É por isso que Seu nome era sempre envolvido nos votos e juramentos, normalmente na fórmula “tão certo como vive o Senhor” (2 Sm 2:27). Usar tal frase e depois deixar de cumprir o voto era questionar a realidade da própria existência de Deus. Pois YHWH não terá por inocente. A explicação, embora correta, provavelmente não fazia parte do abrupto mandamento apodítico original” (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 150).].
4. O quarto mandamento. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus “descansou” (literalmente “cessou”, no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A expressão “lembra-te”, usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um “sinal” do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são “sinais”. Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3). [Comentário: O uso do verbo lembra-te insinua que é fácil negligenciar o dia santo de Deus. Tinha de ser mantido em ininterrupta consciência e santificado, ou seja, “retirado do emprego comum e dedicado a Deus”. Todo o trabalho comum seria feito em seis dias, ao passo que o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus. Era um dia dedicado, separado, a ser dado inteiramente a Deus. Ninguém deveria trabalhar neste sétimo dia. O senhor não deveria fazer seus servos trabalharem. Até os animais tinham de descansar do trabalho cotidiano. Havia proibições específicas, como a ordem de não colher maná (16.26), não acender fogo (35.3), não apanhar lenha (Nm 15.32-36). Embora o foco seja negativo, a lei permitia o trabalho necessário, como o trabalho de sacerdotes e levitas no Templo, o atendimento a doentes e o salvamento de animais (cf. Mt 12.5,11). A razão para observar o sábado é que Deus fez a terra em seis dias e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou. As Escrituras não fazem uma lista de coisas que se deve fazer no sábado. A inferência inequívoca é que o dia é de descanso e adoração. As ocupações seculares e materialistas devem ser substituídas por atividades espirituais. CRISTO condenou o legalismo que deu ao dia a forma severa e insensível, embora não tenha anulado a sacralidade do dia. Foi ordenado para o bem do homem (Mc 2.23-28). A observância do dia do Senhor (domingo) como o sábado cristão preserva o princípio moral que há neste mandamento. A mudança do sábado judaico para o sábado cristão foi feita gradualmente sem perder necessariamente o propósito de Deus para este dia santo. Notamos que os versículos 9 e 10 não especificam o sábado nem “o sétimo dia da semana” como o dia do descanso sabático. A letra do mandamento é cumprida pela observação do dia seguinte aos seis dias de trabalho, como faz o cristão. (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 190-191).].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Do primeiro ao quarto mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação do homem com Deus.

III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS

1. O quinto mandamento. “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus dias”. [Comentário: Tal como o versículo 8, este é um mandamento categórico formulado positivamente. O mesmo princípio sob outra forma pode ser encontrado em 21.15,17: “Quem ferir/amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será morto” . Este é chamado” o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2), e assim o é, no sentido mais estrito da palavra, embora o versículo 6, onde Deus demonstra “o amor da aliança” aos que O amem e obedeçam, também seja virtualmente uma promessa. A promessa divina, contudo, é mais clara aqui, produzindo seus resultados na sociedade. Os que constroem uma sociedade na qual a velhice ocupa lugar de honra podem esperar confiantemente desfrutar do mesmo lugar algum dia. Tal doutrina não é muito popular em nossos dias, quando a juventude é adorada, e a velhice temida ou desprezada. O resultado é a loucura que leva homens e mulheres a lutarem por permanecer eternamente jovens, e acabar descobrindo ser isso impossível. Este mandamento é parte da atitude geral para com a Velhice em Israel (como símbolo e, idealmente, personificação da sabedoria prática da vida), elogiada em todo o Velho Testamento (Lv 19.32), e encontrada em muitos outros povos antigos, notavelmente entre os chineses. Não se pode precisar se o mandamento está relacionado à ideia de que sendo a vida sagrada e dom de Deus, os doadores humanos da vida devem ser tratados com respeito: talvez um israelita não analisasse o mandamento deste modo. Para que se prolonguem os teus dias. Às vezes, indivíduos supersensíveis questionam a validade de uma promessa ligada a um mandamento. O hebraico, entretanto, não implica necessariamente em que a bênção prometida seja nosso motivo para obedecer o mandamento, ao passo que assegura definitivamente qual seja o resultado de tal obediência. Outros questionam a natureza material da promessa. Em dias do Velho Testamento, todavia, as promessas divinas eram normalmente formuladas em termos materiais, compreensíveis para aqueles que, por assim dizer, ainda estavam no jardim-de-infância de Deus. Para aqueles que, até àquela altura, não tinham conhecimento definido de uma vida futura, “dias prolongados” significavam possibilidade de continuada comunhão com Deus, e eram por isso muito importantes. Por outro lado, alguns consideram esta promessa como um seguro de propriedade da terra que Deus lhes daria: isto, por sua vez, traria glória a Deus, por demonstrar Sua fidelidade às Suas promessas. Nós, com revelação mais completa, podemos “espiritualizar” tal promessa sem esvaziá-la de seu conteúdo. Este mandamento é o ponto em que a atenção é desviada do relacionamento para com Deus e se concentra no relacionamento com a comunidade que Ele criou. Assim, o conteúdo total dos dez mandamentos pode ser resumido em duas “palavras”, não uma apenas: amor a Deus e amor ao nosso próximo (Dt 6.5; Lv 19.18). Mais uma vez, não há contradição: a realidade de nosso amor declarado a Deus é demonstrada pela realidade de nosso amor expresso para com nossos semelhantes (Jr 22.16). (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 151-152).].
2. O sexto mandamento. “Não matarás” (Êx 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1Jo 3.15). Atualmente há muitos que foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente “morreram”. [Comentário: O Antigo Testamento justificava, contudo, certas formas de homicídio. Um escravo podia ser morto sem que seu proprietário fosse punido (Êx 21.21). Quem invadisse uma casa podia ser morto, sem sanções contra quem lhe tirasse a vida (Êx 22.2). O sexto mandamento não proibia os sacrifícios de animais. Matar alguém, durante as batalhas, não era considerado um crime (Dt. 20.1-4). É possível que, em alguns casos, fosse permitida a eutanásia (segundo nos é sugerido em 1Sm 31.4,5). Presume-se que o suicídio era proibido, embora não seja especificamente mencionado. De fato, os trechos de 1Sm 17.23 e 31.4,5 até podem ser usados como defesa de alguns casos de suicídio. A eutanásia, quando aprovada, é a mais conspícua exceção ao sexto mandamento. A lei proíbe o abuso da propriedade por meio do furto (Êx 20.15, o oitavo mandamento). Ora, a vida de um homem é sua mais preciosa possessão, bem como o veículo de que ele precisa para cumprir o desígnio divino em sua vida. Portanto, o homicídio insulta Deus, e não somente o homem, porquanto interfere no propósito de Deus que se está cumprindo nos homens. Desde os dias do Antigo Testamento, tem aumentado o respeito peia vida humana; mas o homem está ainda muito longe de ter um autêntico respeito pela sacralidade da vida humana. O trecho de Mateus 5.21,22 expande o sexto mandamento para que inclua o ódio, a inveja, a má vontade e o assassinato de caráter. A ira indevida e pensamentos maliciosos, que se expressem em palavras ou ações, devem ser compreendidos como implicações desse sexto mandamento.(CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 392-392).].
3. O sétimo mandamento. “Não adulterarás” (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além — condena os motivos ocultos no coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo. [Comentário: A Lei permitia poligamia (talvez uma instituição social necessária à proteção de mulheres solteiras), mas jamais permitiu poliandria (caso em que uma mulher tem vários maridos simultaneamente). O fato de um homem ter relações sexuais com a esposa de outro homem era considerado um pecado hediondo tanto contra Deus como contra o homem, já bem antes da lei, ao tempo dos patriarcas (Gn 39.9). Talvez este mandamento esteja relacionado ao “furto” e à “cobiça” proibidos nos dois mandamentos seguintes, já que a esposa pertencia a outrem. Talvez isto explique um dos aspectos mais intrigantes para nós que vivemos sob a nova aliança: apesar de que relações sexuais com prostitutas não sejam recomendadas, também não são proibidas (embora fosse proibido aos israelitas o permitir que suas filhas se entregassem a tais práticas degradantes, Lv 19.29). Talvez isso não infringisse os direitos de outrem, como no caso de um adultério. Por outro lado, é claro (ver Mt 19.4-6) que a monogamia era o plano de Deus para o homem na criação: e sem sombra de dúvida, tal como o divórcio, a poligamia e mesmo a fornicação eram toleradas na economia mosaica devido à dureza do coração humano (Mt 19.8). Em CRISTO, elas se tornam absolutamente impensáveis (1Co 6.15). Longe de anular este mandamento, CRISTO o intensificou, incluindo como” adultério” muito do que não é apenas tolerado, mas justificado por nossa sociedade permissiva (Mt 5.28). Semelhantemente Ele incluiu os pensamentos maldosos na proibição de assassinato: os mandamentos têm como alvo o pensamento e a motivação, não apenas o ato(R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 154).].
4. O oitavo mandamento. “Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder. [Comentário: O ser humano tem direito possuir coisas. E uma vez que as possua, não pode ser privado delas por parte de quem quer que seja. Fica entendido, contudo, que tal ser humano entrou na possessão de suas coisas de maneira honesta, pois, em caso contrário, ele já roubou tais coisas de alguém, quebrando assim 0 oitavo mandamento. O comunismo oficializou o furto de propriedade privada, por parte do estado, mediante o decreto de alguns poucos mandamentos. O ladrão às vezes apenas furta sub-repticiamente, mas muitas vezes também rouba mediante a violência, incluindo à mão amada. Neste último caso há violência física, mas todo furto ou roubo é um ato egoísta. Por muitas vezes, as coisas que as pessoas possuem foram adquiridas em troca de trabalho árduo e longo. E contra a natureza privar um homem daquilo que ele chegou a possuir mediante trabalho e sacrifício pessoal. Os impostos, embora decretados oficialmente, também podem ser exorbitantes e pecaminosos, como modos ilegítimos de que os governantes se valem para lesar os governados. Logo, taxas excessivas devem ser classificadas como quebras do oitavo mandamento. E também há uma maneira passiva de fazer a mesma coisa. Devemos mostrar-nos generosos, compartilhando com outros de nossos valores monetários. Se assim não fizermos, então estaremos furtando o que deveria ser dado a pessoas menos afortunadas do que nós. Dificilmente pode ser mantida uma sociedade estável quando os ladrões fazem o que bem entendem. A desonestidade, em todas as suas formas, é um grande mal social, custando aos governos um alto preço na tentativa de controlá-la. Como já dissemos, há formas violentas e não-violentas de roubo, como também há formas particulares e públicas. E também há desonestidades individuais e coletivas. A sacralidade da propriedade fica implícita no oitavo mandamento. Alguns estudiosos ampliam esse mandamento, por implicação, para o que envolvem os danos causados pela maledicência e pelos ataques vertais contra outrem (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 393). Este mandamento regula o direito da propriedade particular. E errado tomar de outro o que é legalmente dele. Constitui roubo quando a pessoa se apossa do que legalmente pertence a uma empresa ou instituição. Não há justificativa para a “apropriação” mesmo quando a pessoa sente que o produto lhe é devido. Este mandamento é quebrado quando a pessoa intencionalmente preenche a declaração do Imposto de Renda com informações falsas, desta forma retendo tributos devidos ao governo. Esta prática é imprópria mesmo que o cidadão desaprove o governo. Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem na venda de propriedades ou produtos, ou na administração de transações comerciais. E impróprio pagar salários mais baixos do que devem receber por direito. O amor do dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração puro (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 191). Mais uma vez aqui esta proibição visa preservar a comunhão da comunidade da aliança. Talvez a proibição original visasse o rapto com propósito de escravidão (ver a experiência de José em Gn 37), mas sem dúvida todos os tipos de furto estão incluídos. O código da aliança esclarece os detalhes (por exemplo, 22.1-4), de modo que não há necessidade de explicações aqui. Numa sociedade camponesa onde a vida é árdua, qualquer roubo pode levar à morte, de modo que o furto se torna um crime sério. Há uma clara ligação entre este mandamento e o décimo (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 154).].
5. O nono mandamento. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11). [Comentário: Parece que o objetivo central deste mandamento é a proteção ao sistema judicial. Os tribunais seriam inúteis se os homens chegassem ali para mentir. Se tiver de ser feita uma acusação contra outra pessoa, e se o acusado tiver de defender-se, a verdade terá de ser dita por ambas as parles, sob pena da justiça naufragar. Mas esse mandamento também se aplica a questões individuais. A sociedade em geral perturba-se quando as pessoas saem a espalhar mentiras e calúnias sobre seus semelhantes. O trecho de Êx 23.1 condena o falso testemunho em nível pessoal. Ver Dt 19.16-20 que requeria juízo apropriado contra falsas testemunhas que perturbavam o sistema judicial. A linguagem e os fatos devem concordar entre si (Ver Dt 13.14; 17.4; 22.20; Jr 9,5; Sl 9.5; 15.2; Pv 12.19; 14.25; 22.21). A verdade precisa ser dita como tempero do amor (Ef 4.15). Algumas vezes, as meias verdades prejudicam mais do que as mentiras francas. O amor, porém, guarda-nos tanto da mentira aberta quanto das meias verdades. A mentira artística vem sendo aprovada desde os tempos mais antigos, conforme muitos eruditos supõem. Ver o caso de Labão (Gn 29.21-27), e o caso um tanto anterior de Jacó (Gn 27.6-36). Por outro lado, a luz que brilhou por meio de Moisés por certo condenava qualquer tipo de mentira ou abuso de linguagem. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 393).].
6. O décimo mandamento. “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado. [Comentário: Este último mandamento está por baixo dos quatro precedentes, visto que atinge o propósito do coração. Matar, adulterar, roubar e mentir são resultados de desejos errados que inflamam nosso ser. E singular que a lei hebraica inclua este desafio ao nosso pensamento e intenção. “Os antigos moralistas não reconheciam esta condição” e não condenavam os desejos maus. Mas é no coração onde se inicia toda a rebelião, e este mandamento revela o aspecto interior de todos os mandamentos de Deus. Paulo reconheceu este aspecto interior da lei quando se conscientizou de sua condição pecaminosa (Rm 7.7). Muitas pessoas são absolvidas de crimes com base em atos exteriores, mas são condenadas quando levam em conta os pensamentos interiores. Estes desejos cobiçosos são, por exemplo, pela propriedade ou pela mulher pertencente ao próximo. Tais desejos criminosos precisam ser purgados pelo Espirito de Deus; só assim viveremos em obediência perfeita à santa lei de Deus (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 192). O termo hebraico hãmaçl, “ desejar”, é em si mesmo neutro. É apenas quando mal orientado para aquilo que pertence a outrem que tal “desejo” se torna errado. Alguns consideram que este é o único dos dez mandamentos a proibir uma atitude mental e não o simples ato externo; mas fazer tal distinção é, provavelmente, uma falsa compreensão da mentalidade israelita. Tal como no caso de “amar” e “odiar”, “desejar” é uma atividade, quase equivalente a uma tentativa de aquisição. Esta mesma identificação pode ser vista no comportamento infantil. Casa indica família, no sentido antigo da palavra, e a ideia de esposa é primária. Isto é explicitamente demonstrado em Deuteronômio 5.21, onde a esposa é mencionada em primeiro lugar. Boi e jumento são a riqueza típica do camponês ou seminômade da Idade do Bronze, para quem as perplexidades da sociedade desenvolvida ainda não haviam surgido. “Escravos” eram a única outra forma de propriedade móvel. Em última análise, desejar, e tentar obter a propriedade alheia é estar insatisfeito com o que se recebeu de Deus, e assim demonstrar falta de fé em Seu amor. Além do mais, a inveja estimulada por tal atitude levará mais cedo ou mais tarde a que se prejudique de alguma maneira o próximo, o que não se coaduna com o dever essencial do amor. Alt, citado por Hyatt, entende o oitavo mandamento como uma proibição ao rapto de israelitas ao passo que o décimo se referiria a uma proibição ao rapto de suas esposas ou roubo de suas possessões. Tal divisão parece forçada: se há alguma distinção a ser feita, seria melhor fazê-la entre “ato” (oitavo) e “motivo” (décimo), embora, como já foi dito acima, mesmo esta distinção não deva ser exageradamente enfatizada. (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 155).].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Do quinto ao décimo mandamento, o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do homem com o próximo.

CONCLUSÃO
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé. [Comentário: Devem os cristãos hoje guardar os Dez mandamentos? A unidade da Escritura assume a continuidade da Lei de Deus. A Palavra de Deus nos revela uma ética contínua e justa: “A Escritura não pode ser anulada” (João 10.35b). “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3.16-17). O manual do viver santo para o cristão é “toda a Escritura”. Toda a Escritura, não apenas o Novo Testamento, foi dada para que o cristão pudesse ser “perfeito” e “perfeitamente instruído para toda a boa obra”. Paulo ensina claramente a importância de “guardar os mandamentos de Deus”, quando escreve: “A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus” (1Co 7.19). Esse é o motivo dele escrever num capítulo mais adiante: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei” (1Co 14.34). João concorda com Paulo: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2.3-4). “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”. 


P/ Pr. Luis Fernando de Souza, Setorial